Santa Matilde
Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.
Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.
Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.
Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.
Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.
Santa Matilde, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quinta-feira, 14 de março de 2013
Santo do dia - 14 de março
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quarta-feira, 13 de março de 2013
Roupa do Papa - curiosidades
Tudo que a roupa do papa sempre te disse e você nunca percebeu
O Papa é a figura mais representativa da Igreja Católica. Por isso, suas roupas são cuidadosamente confeccionadas. Cada peça é muito mais que uma simples vestimenta. Elas transmitem boa parte da história da Igreja, da hierarquia dentro da instituição, das crenças e da fé dos praticantes do catolicismo. Alguns itens causam polêmicas por ser adornados com ouro, mas todas as peças que compõem o traje do papa têm um significado espiritual ou histórico, que muitas vezes passam despercebidos pela maioria. Os sapatos vermelhos, o anel de ouro, os chapéus, a roupa e até a cor do tecido, tudo tem um significado simbólico. Para cada período do ano e para cada situação, o Papa tem um traje específico para usar. É assim, há anos e anos. Veja a seguir, quais são os trajes do Papa e o que cada um deles representam:
Traje Comum
Para que serve? O Traje Comum do Papa é a roupa que ele usa para as atividades rotineiras. É usado quando o Papa não está realizando celebrações.
No que consiste o traje? Consiste em uma batina branca, aliás, a cor branca é considerada a cor oficial do Papa. Também faz parte do traje uma faixa branca e um cordão amarrados na cintura. O Traje Comum ainda é composto pelo amito, que cobre os ombros e o pescoço e simboliza disciplina, e o tradicional sapato vermelho, que representa o sangue de todos que morreram por Cristo.
Traje Ordinário
Para que serve?
O Papa também é um chefe de Estado e em seus encontros políticos, ele usa o Traje Ordinário, que também é usado em cerimônias oficiais e em outras atividades ordinárias. No que consiste o traje? Esse traje também possui uma batina branca, com 33 botões, que representa a idade de Cristo. A roupa ordinária é composta ainda, por uma estola cor de vinho, que representa o poder supremo do Papa e a sua sujeição a Deus. Também faz parte do traje a mozeta, uma espécie de manto vermelho, colocado sobre o ombro do pontífice.
Traje Solene
Para que serve?
Esse traje só é usado em ocasiões muito especiais, como missas solenes e beatificações. No que consiste o traje? No Traje Solene, a tradicional batina branca fica por baixo da casula, que geralmente cobre boa parte da vestimenta do Papa. Também compõe o traje a estola, que é uma faixa de cerca de 2 metros, com símbolos litúrgicos. O Traje Solene também é composto pelo báculo, que é uma espécie de cajado, e a mitra, que é aquele chapéu comprido, com bordados dourados. A mitra é o maior símbolo do poder do Papa.
Casula
Para que serve?
A casula simboliza a sujeição do Papa a Deus como um fado que não é pesado. Ela tem uma cor apropriada para cada ocasião. No que consiste o traje? A casula possui duas variações, uma na forma de um manto longo, casula gótica, ou parecida com um colete, casula romana. Essa peça é sempre bem ornada, geralmente em dourado. A casula sempre possui uma cruz nas costas e há uma cor específica para cada período do ano e para cada ocasião. A casula vermelha, por exemplo, é usada no Domingo de Ramos, no Domingo de Pentecostes, na Sexta-Feira Santa e em datas excepcionais. Já a casula roxa é usada antes do Natal e na Quaresma. E a casula verde é a mais usada durante o ano, ela é utilizada no chamado Tempo Comum, que ao todo, possui entre 33 e 34 semanas.
Solidéu
Para que serve?
No início, o Solidéu era usado como proteção contra o frio, mas a peça acabou se tornando um símbolo de hierarquia. No que consiste o acessório? O Solidéu é uma espécie de chapéu, muito parecido com aquele usado pelos judeus. O Solidéu não é usado somente pelo Papa. Cardeais, Bispos e Abades também o usam, mas só o Papa pode usá-lo na cor branca. Os Bispos e Abades utilizam os de cor roxa, já os Cardeais usam os de cor vermelha. O Solidéu é um dos itens mais usados pelo Papa, mas no momento das orações mais solenes, ele deve ser retirado.
Pálio
Para que serve?
O Pálio, também conhecido como Pálio de Arcebispo, simboliza a união entre os arcebispos e o Papa. No que consiste o acessório? O Pálio tem despertado a curiosidade de alguns brasileiros, por possuir seis cruzes muito semelhantes às cruzes de malta (aquelas, tão ligadas ao Vasco da Gama). Essa peça é uma espécie de colarinho, é feita de lã de ovelha e possui cerca de 5 cm de largura. Inicialmente, era usado somente pelo Papa, mas o seu uso foi estendido aos arcebispos como símbolo de jurisdição delegada a eles pelo Papa.
Anel de São Pedro
Para que serve?
O Anel de São Pedro, também chamado de Anel do Pescador, representa a fidelidade do Papa à Igreja Católica. No que consiste o acessório? O Anel de São Pedro é feito de ouro, é único e exclusivo, cada papa possui o seu. Assim que o papa morre ou renuncia, o anel é destruído, para então ser fundido e com o mesmo material ser feito o anel do novo papa. O acessório possui uma imagem, em baixo-relevo, de São Pedro, e o nome do atual papa, em latim.
Traje do ex-Papa
Para que serve?
Não é comum um papa renunciar, mas já que aconteceu, o agora Papa Emérito Bento XVI, não poderá mais usar os trajes oficias de um papa, ele vestirá um traje especial para ex-papas. No que consiste o traje? A roupa utilizada por Bento XVI a partir de agora será uma batina branca, mas os sapatos não serão mais os vermelhos, e sim sapatos marrons. O solidéu não será mais o branco e sim o roxo, o mesmo que os bispos usam. O Papa Emérito também não poderá mais usar o Anel de São Pedro.
O Papa é a figura mais representativa da Igreja Católica. Por isso, suas roupas são cuidadosamente confeccionadas. Cada peça é muito mais que uma simples vestimenta. Elas transmitem boa parte da história da Igreja, da hierarquia dentro da instituição, das crenças e da fé dos praticantes do catolicismo. Alguns itens causam polêmicas por ser adornados com ouro, mas todas as peças que compõem o traje do papa têm um significado espiritual ou histórico, que muitas vezes passam despercebidos pela maioria. Os sapatos vermelhos, o anel de ouro, os chapéus, a roupa e até a cor do tecido, tudo tem um significado simbólico. Para cada período do ano e para cada situação, o Papa tem um traje específico para usar. É assim, há anos e anos. Veja a seguir, quais são os trajes do Papa e o que cada um deles representam:
Traje Comum
Para que serve? O Traje Comum do Papa é a roupa que ele usa para as atividades rotineiras. É usado quando o Papa não está realizando celebrações.
No que consiste o traje? Consiste em uma batina branca, aliás, a cor branca é considerada a cor oficial do Papa. Também faz parte do traje uma faixa branca e um cordão amarrados na cintura. O Traje Comum ainda é composto pelo amito, que cobre os ombros e o pescoço e simboliza disciplina, e o tradicional sapato vermelho, que representa o sangue de todos que morreram por Cristo.
Traje Ordinário
Para que serve?
O Papa também é um chefe de Estado e em seus encontros políticos, ele usa o Traje Ordinário, que também é usado em cerimônias oficiais e em outras atividades ordinárias. No que consiste o traje? Esse traje também possui uma batina branca, com 33 botões, que representa a idade de Cristo. A roupa ordinária é composta ainda, por uma estola cor de vinho, que representa o poder supremo do Papa e a sua sujeição a Deus. Também faz parte do traje a mozeta, uma espécie de manto vermelho, colocado sobre o ombro do pontífice.
Traje Solene
Para que serve?
Esse traje só é usado em ocasiões muito especiais, como missas solenes e beatificações. No que consiste o traje? No Traje Solene, a tradicional batina branca fica por baixo da casula, que geralmente cobre boa parte da vestimenta do Papa. Também compõe o traje a estola, que é uma faixa de cerca de 2 metros, com símbolos litúrgicos. O Traje Solene também é composto pelo báculo, que é uma espécie de cajado, e a mitra, que é aquele chapéu comprido, com bordados dourados. A mitra é o maior símbolo do poder do Papa.
Casula
Para que serve?
A casula simboliza a sujeição do Papa a Deus como um fado que não é pesado. Ela tem uma cor apropriada para cada ocasião. No que consiste o traje? A casula possui duas variações, uma na forma de um manto longo, casula gótica, ou parecida com um colete, casula romana. Essa peça é sempre bem ornada, geralmente em dourado. A casula sempre possui uma cruz nas costas e há uma cor específica para cada período do ano e para cada ocasião. A casula vermelha, por exemplo, é usada no Domingo de Ramos, no Domingo de Pentecostes, na Sexta-Feira Santa e em datas excepcionais. Já a casula roxa é usada antes do Natal e na Quaresma. E a casula verde é a mais usada durante o ano, ela é utilizada no chamado Tempo Comum, que ao todo, possui entre 33 e 34 semanas.
Solidéu
Para que serve?
No início, o Solidéu era usado como proteção contra o frio, mas a peça acabou se tornando um símbolo de hierarquia. No que consiste o acessório? O Solidéu é uma espécie de chapéu, muito parecido com aquele usado pelos judeus. O Solidéu não é usado somente pelo Papa. Cardeais, Bispos e Abades também o usam, mas só o Papa pode usá-lo na cor branca. Os Bispos e Abades utilizam os de cor roxa, já os Cardeais usam os de cor vermelha. O Solidéu é um dos itens mais usados pelo Papa, mas no momento das orações mais solenes, ele deve ser retirado.
Pálio
Para que serve?
O Pálio, também conhecido como Pálio de Arcebispo, simboliza a união entre os arcebispos e o Papa. No que consiste o acessório? O Pálio tem despertado a curiosidade de alguns brasileiros, por possuir seis cruzes muito semelhantes às cruzes de malta (aquelas, tão ligadas ao Vasco da Gama). Essa peça é uma espécie de colarinho, é feita de lã de ovelha e possui cerca de 5 cm de largura. Inicialmente, era usado somente pelo Papa, mas o seu uso foi estendido aos arcebispos como símbolo de jurisdição delegada a eles pelo Papa.
Anel de São Pedro
Para que serve?
O Anel de São Pedro, também chamado de Anel do Pescador, representa a fidelidade do Papa à Igreja Católica. No que consiste o acessório? O Anel de São Pedro é feito de ouro, é único e exclusivo, cada papa possui o seu. Assim que o papa morre ou renuncia, o anel é destruído, para então ser fundido e com o mesmo material ser feito o anel do novo papa. O acessório possui uma imagem, em baixo-relevo, de São Pedro, e o nome do atual papa, em latim.
Traje do ex-Papa
Para que serve?
Não é comum um papa renunciar, mas já que aconteceu, o agora Papa Emérito Bento XVI, não poderá mais usar os trajes oficias de um papa, ele vestirá um traje especial para ex-papas. No que consiste o traje? A roupa utilizada por Bento XVI a partir de agora será uma batina branca, mas os sapatos não serão mais os vermelhos, e sim sapatos marrons. O solidéu não será mais o branco e sim o roxo, o mesmo que os bispos usam. O Papa Emérito também não poderá mais usar o Anel de São Pedro.
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Mundo tem 1,2 bilhão de católicos, maioria na América Latina, África e Ásia
Mapa-múndi do catolicismo sofreu mudanças radicais: em 1910, a Europa tinha 70% dos católicos; hoje tem apenas 23%
Em
dois mil anos de história, o mapa-múndi do catolicismo sofreu mudanças radicais. Mas poucas foram tão dramáticas como
a transformação dos últimos cem anos. Dados do projeto Pew Fórum sobre Religião
e Vida Pública revelam que, se em 1910 a Europa tinha 70% dos católicos do
mundo, hoje tem apenas 23%.
Papa Francisco - Primeiro Papa não europeu em mais de mil anos
Dois terços dos fiéis da Igreja estão agora na América Latina, África e Ásia. Na América Latina, o número absoluto passou de 70 milhões para 425 milhões de católicos em cem anos, 45% do total. Na Ásia, o número subiu de 14 milhões para 131 milhões. A maior explosão, porém, foi na África. O continente tinha cerca de 1 milhão de fiéis em 1910 (1% do total mundial). Hoje, são 171 milhões (16%).
Os dados também apontam para uma mudança importante no ranking dos principais países católicos do mundo. Em 1910, o maior deles era a França, com 40 milhões de pessoas, seguido pela Itália com 35 milhões. O Brasil aparecia em terceiro, com 21 milhões, comparado a 16 milhões na Alemanha e 14 milhões, no México. Em 2010, o Brasil se consolidou como o maior país católico do mundo, com 126 milhões de fiéis - ainda que o número proporcional de católicos no País tenha caído de 96% da população para 65%.
A segunda posição hoje é do México, com 96 milhões, seguido pelas Filipinas e pelos Estados Unidos, cada um com 75 milhões. Pela primeira vez, um país africano entrou na lista dos dez maiores. Na República Democrática do Congo já há 31 milhões de católicos. Se a queda na Europa foi acentuada, o instituto de pesquisas insiste que a queda no número de europeus católicos se estabilizou desde 2005, quando Joseph Ratzinger foi eleito papa, ainda que em níveis muito baixos do que era cem anos atrás. Naquele momento, o papa colocou a Europa como sua prioridade, escolhendo até mesmo o nome de Bento, em uma homenagem ao padroeiro do Velho Continente.
Ainda assim, os números revelam como a religiosidade está marginalizada na região. Apenas uma minoria aponta que a fé é ainda importante em suas vidas. Na França, a taxa é de apenas 15%. Na Espanha, isso chega a 30%, comparado a 27% na Itália. Na Alemanha, o número chegou a subir com a eleição de Bento XVI, passando de 36% para 52%. Mas, já em 2007, o número tinha caído de novo para 37%. Apenas 10% dos franceses que se dizem católicos vão às missas, comparado a 24% dos espanhóis. Há menos de dez anos, a taxa na Espanha era de 31%. O Pew Fórum sobre Religião e Vida Pública é um projeto do Centro de Pesquisas Pew, em Washington.
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Escolha do cardeal Bergoglio, argentino e jesuíta, prova que a eleição de um Papa não é uma eleição comum
O argentino Jorge Mario Bergoglio é eleito o novo Papa
Aos 76 anos, o jesuíta é cardeal de
Buenos Aires e primeiro Pontífice latino-americano
Ele adotou o nome de
Francisco
Papa argentino
adota o nome de Francisco
O
cardeal jesuíta Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, de 76 anos, é
o escolhido pelo conclave
Novo papa foi ordenado sacerdote aos 33 anos e, aos 36, já comandava os jesuítas na Argentina
Após dois dias e cinco reuniões, uma
mais que na eleição de Bento XVI,
os 115 cardeais eleitores escolheram o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76
anos, para assumir o Trono de Pedro. A escolha surpreendeu os analistas, já que
o cardeal de Buenos Aires não constava em nenhuma das listas de papáveis. Ele é
o primeiro Papa latino-americano e o primeiro jesuíta a se tornar Pontífice. O novo Papa adotou o nome de Francisco. - Vocês sabem que o objetivo do conclave era dar um bispo a Roma. E
parece que meus amigos cardeais foram buscar quase no fim do mundo. Mas aqui
estamos. Obrigado. E antes de mais nada, gostaria de fazer uma oração pelo
nosso Papa Emérito, Bento XVI. Oremos todos juntos por ele, para que o Senhor o
abençoe e Nossa Senhora o receba - disse o novo Papa na sacada da Basílica
de São Pedro, antes de rezar o Pai Nosso.
O arcebispo de Buenos Aires é um jesuíta intelectual que viaja de ônibus e tem uma abordagem própria da pobreza: quando foi nomeado cardeal, Bergoglio convenceu centenas de argentinos a não voar até Roma para celebrar com ele e, em vez disso, doar o dinheiro que gastariam para os pobres. Considerado um moderado, de carreira acadêmica, ele é aberto ao diálogo com outras religiões e nunca foi acusado de nada relacionado à pedofilia. A reforma da Curia está ente suas prioridades. Bergoglio também foi um forte oponente à legalização do casamento gay na Argentina em 2010, argumentando que “crianças necessitam do direito a serem criados e educados por um pai e por uma mãe”. - É interessante que seja alguém da América Latina, mas ninguém falava do Bergoglio, não era cotado. Ele realmente não se dá bem com Cristina Kirchner. Definitivamente não é progressista. É uma pessoa de centro, conservadora, passeia pelos bairros pobres de Buenos Aires. Intelectualmente, não se alinha com Ratzinger. Não me surpreenderia se Scherer fosse secretário de Estado, mas talvez fosse poder demais para a América Latina. Ele é contra o aborto, seu posicionamento em relação ao sexo é o mesmo de Ratzinger - disse ao GLOBO Maria Clara Bingemer, professora de Teologia da Puc-Rio.
Poucos minutos depois do anúncio, o símbolo do Vaticano para o período de Sé Vacante foi retirado do site oficial da Santa Sé e substituído pela inscrição “Habemus Papam”. O teólogo brasileiro Leonardo Boff declarou à agência Ansa, que ficou “surpreso com a rápida” eleição do novo Papa. - A verdade é que estou surpreso, eu não posso dizer nada sobre o novo Papa, é preciso esperar, mas a escolha foi rápida, tão rápida, que é surpreendente. Só gostaria que o Papa eleito seja um Francisco I, um Papa de sandálias para caminhar - disse Boff em uma entrevista telefônica, pouco antes de Bergoglio ser anunciado.
Fiéis comemoram anúncio
A imagem da fumaça
branca levou ao delírio os milhares de pessoas que enfrentavam a chuva fina e um
temperatura de 9 graus na Praça de São Pedro. Além do mau tempo, muitos fiéis
deixaram de ir até a praça devido à expectativa de que a escolha aconteceria
apenas na quinta-feira. O jornal italiano “La Stampa” publicara em
sua manchete de quarta “Um novo Papa
amanhã”. Pela manhã já haviam sido feitas duas votações sem que nenhum
cardeal conseguisse os 77 votos mínimos para ser escolhido. Uma explosão de gritos da multidão de fiéis
presentes na Praça de São Pedro saudou a fumaça branca. “Viva o Papa, viva o Papa”, é o grito que vinha da praça. “Eu não esperava assistir esta noite a uma
coisa tão bonita”, contou um jovem, quase em lágrimas. "Nós viemos aqui, viemos aqui para ver o novo Papa",
gritaram outros fieis.
Santo do dia - 13 de março
Eis-nos em plena "sede vacante". Peçamos ao Espírito de Deus que ilumine os cardeais para que tenhamos um Papa santo!
Eufrásia, cujo nome em grego significa alegria, nasceu no ano 380, na Ásia Menor e cresceu durante o reinado do imperador Teodósio, de quem seus pais eram parentes. Portanto, foi educada para viver na corte, rodeada pelos prazeres e luxos. Mas, nunca se sentiu atraída por nada disso, mesmo porque, seus pais também viviam na humildade, apesar da fortuna que possuíam.
Depois que ela nasceu, filha única, o casal decidiu fazer voto de castidade. Desejavam viver como irmãos, para melhor se dedicarem a Deus. Quanto à jovem, desde pequena fazia jejuns e orações que chegavam a durar alguns dias. Com a morte de seu pai, a sua mãe que começou a ser cortejada, resolveu se retirar para o Egito. Lá, com sua fortuna, também intensificou a caridade da família, levando com freqüência Eufrásia em suas visitas aos conventos e hospitais que ajudava a manter.
Numa dessas visitas a um convento, quando Eufrásia tinha apenas sete anos, ela pediu para não voltar para casa. Queria ficar definitivamente alí. Os registros mostram que, apesar da pouca idade, acompanhava as religiosas em todos os seus afazeres com disciplina e pontualidade, que chegavam a impressionar por sua maturidade. O tempo passou, sua mãe faleceu e Eufrásia continuava no convento.
Vendo-a assim órfã, o imperador, seu parente, procurou por ela e lhe ofereceu a proposta que recebera de um senador, que a desejava desposar. O que, além de lhe dar estabilidade social aumentaria consideravelmente sua já enorme fortuna. Contudo Eufrásia recusou, confirmando que desejava continuar na condição de virgem e seguir a vida religiosa. Aliás, não só recusou como pediu ao governante para distribuir todos seus bens entre os pobres.
Os registros narram inúmeras graças e fatos prodigiosos ocorridos através de Eufrásia. Consta que curou um menino à beira da morte com o sinal da cruz.
Certo dia sua superiora teve uma visão, onde era avisada da morte de Eufrásia e sua futura proclamação como santa. A jovem nada sentia, mas mesmo assim fez questão de receber os sacramentos e como previsto, no dia seguinte, foi acometida de uma febre fortíssima e ela morreu. Era o ano 412 e Eufrásia foi sepultada no convento que tanto amava.
O culto à Santa Eufrásia é muito difundido no Oriente e Ocidente, pela singeleza de sua vida e pelas graças que até hoje ocorrem por sua intercessão. Sua festa litúrgica acontece no dia 13 de março, data provável de sua morte.
Santa Eufrásia, rogai por nós!
Santos Rodrigo e Salomão
Pertenceram ao bispado de Córdova. Rodrigo tornou-se um sacerdote muito zeloso na busca da santidade e cumprimento dos seus deveres, em um tempo onde os cristãos eram duramente perseguidos.
Seus irmãos de sangue começaram uma contenda, a qual tentou apartar. Não compreendendo tal ato, um deles o feriu, deixando-o inconsciente. Aproveitou então para difamá-lo, espalhando que o sacerdote Rodrigo tinha renunciado a fé cristã. Um escândalo foi gerado e o caluniado refugiou-se numa serra, em oração e contemplação, indo a cidade somente para buscar alimentos.
Numa dessas ocasiões, o irmão agressor resolveu denunciá-lo. Ao ser questionado pelo juiz, Rodrigo declarou: “Nasci cristão e cristão hei de morrer”.
Foi preso, e ali na cadeia conheceu outro cristão, Salomão. Ambos transformaram a cadeia num oratório, travando uma linda amizade. Ameaçados e questionados, não renunciaram a fé. Foram separados, mas permaneceram fiéis a Deus. Condenados à morte, ajoelharam-se, abraçaram o crucifixo e degolados, foram martirizados.
Santos Rodrigo e Salomão, rogai por nós!
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terça-feira, 12 de março de 2013
Conclave - dez curiosidades
Eis-nos em plena "sede vacante". Peçamos ao Espírito de Deus que ilumine os cardeais para que tenhamos um Papa santo!
Curiosidades sobre os conclaves
1ª/10 - Conclave mais longo
Conhecida como a Cidade dos Papas, por ter
acolhido a sede do papado por 24 anos, de 1257 a 1281, Viterbo entrou
para a história de recordes da Igreja Católica por ter sido palco da
mais longa eleição de um Pontífice até hoje, com uma duração de quase
três anos. Após a morte de Clemente IV, em 29 de novembro de 1268, o
conclave que elegeu seu sucessor, Gregório X, se estendeu até 1º de
setembro de 1271. A interminável disputa no conclave exasperou os fiéis e
as autoridades de Viterbo. O eleito, finalmente, foi Teobaldo Visconti,
que nem padre era.
2ª/10 - Cardeais começaram a votar apenas em 1179
Depois de vários abusos no sistema eleitoral
para escolha do Papa - um aristocrata, Sergio di Caere, chegou a ser
eleito duas vezes, segundo o livro "Conclave", de John Allen - o Papa
Nicolau II propôs restringir a eleição a cardeais, na época arcebispos
que dirigiam importantes paróquias romanas. E em 1179, Alexandre III
especificou que a eleição papal era prerrogativa apenas e exclusivamente
de cardeais.
3ª/10 - Sigilo total
Até o início do século XX, a eleição de um papa poderia ser vetada por reis europeus ou pelo Imperador Romano. Esse poder, raramente invocado, foi ultilizado no conclave de 1903 que iria substituir o Papa Leão XII. O secretário do Vaticano liderava a votação quando sua eleição foi vetada pelo imperador austríaco Francisco José. O vencedor, Giuseppe Melchiorre Sarto, tornou-se Pio X - e prontamente aboliu o poder de veto real. Ainda assim, a memória da intervenção externa continuou a pesar sobre o Colégio dos Cardeais. Agora eles dispõem de um hotel no Vaticano para estada antes de as votações começarem e estão proibidos de ter qualquer contato com o mundo exterior: sem telefones, jornais ou Twitter.
4ª/10 - Aclamação espontânea
Eleito em 1621, o Papa Gregório XV foi o
último a ser escolhido por "aclamação espontânea", quando todos os
cardeais, que acreditam estar agindo sob a influência do Espírito Santo,
proclamam o nome do mesmo candidato. Logo depois de tomar posse,
Gregório mudou as normas do conclave exigindo o fim da regra e
determinando que o nome do eleito deveria ser confirmado por escrito em
uma cédula.
5ª/10 - Papa aos 18
O Papa João XII tinha apenas 18 anos quando
foi eleito, em 955. Inexperiente como governante, reivindicou os
direitos temporais da Igreja e criou os bispos-condes. Foi descrito por
alguns historiadores como libertino, criminoso e sanguinário e, assim,
devido à sua vida imoral - e inadequada para o posto - foi deposto pelo
imperador germânico, nove anos depois de ter sido eleito. Foi
substituído por Leão VIII (963-964) e assassinado um ano depois, por um
marido traído, reza a lenda.
6ª/10 - Só para menores de 80
O Papa Paulo VI foi o primeiro a excluir da
eleição membros do Colégio Cardeal que tivessem mais de 80 anos, regra
confirmada por João Paulo II. A mudança fez parte de uma reforma mais
ampla de Paulo VI, que incluía a idade obrigatória de 75 anos para a
aposentadoria dos bispos. A ideia era tentar estabelecer limites para os
cargos de liderança da Igreja Católica, garantindo que nenhum grupo de
pessoas, e portanto de ideias, dominasse a Igreja por muito tempo.
7ª/10 - Entrevista polêmica
A entrevista pré-conclave mais famosa foi
concedida pelo cardeal italiano Siri Giuseppe, antes do segundo conclave
de 1978. Ele teria concordado em falar a um jornal italiano, desde que
sua entrevista fosse publicada depois do início do conclave. Mas as
declarações - em que ele rejeitava explicitamente a colegialidade
episcopal - foram divulgadas antes do previsto. Boatos sugerem que
Giovanni Benelli, seu principal rival, induzira a Gazzetta del Popolo a
publicar a reportagem antes da data acordada.
8ª/10 - Doentes podem ser acompanhados
Regras instituídas por João Paulo II permitem
que cardeais que estejam gravemente doentes sejam acompanhados por um
enfermeiro dentro do conclave, mesmo durante o período da eleição. Os
enfermeiros, além do pessoal de limpeza e cozinheiros que permanecerem
na Capela Sistina devem fazer um juramento para guardar segredo.
9ª/10 - Dois terços dos votos
Para pôr fim à discórdia criada quando dois ou
mais candidatos recebiam o mesmo número de votos, o papa Alexandre II
estabeleceu, em 1169, a regra de que um candidato deve receber dois
terços para ser eleito como Papa.
10ª/10 - Batalhão da imprensa
Mais de cinco mil jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas já se credenciaram na Santa Sé para acompanhar o conclave deste ano. Além das 600 credenciais permanentes, o Vaticano emitiu 4.432 temporárias. Somente em um dia, na segunda-feira passada, foram 207 novos credenciados. Os jornalistas representam 1.004 veículos editoriais de 65 países, em 24 idiomas diferentes.
12 de março - Santo do dia
Eis-nos em plena "sede vacante". Peçamos ao Espírito de Deus que ilumine os cardeais para que tenhamos um Papa santo!
Santo Inocêncio
O santo recordado hoje foi Papa da nossa Igreja nos anos de 401 a 417; nasceu perto de Roma. Pertencia ao Clero até chegar à Cátedra de Pedro. Trabalhou na construção de muitas igrejas, no culto aos mártires, elaborou e definiu os livros consagrados e inspirados da Bíblia.
Dentre tantos acontecimentos, que marcaram o pontificado de Santo Inocêncio, foram três os que se destacaram: a luta contra o Pelagianismo; corrigiu um temível imperador; protegeu como pôde Roma dos invasores. Pelágio foi um monge que semeava a mentira doutrinal sobre o pecado original e outras mentiras que invalidavam a necessidade da graça e da redenção do Cristo. Santo Inocêncio, com a ajuda do Doutor da Graça – Santo Agostinho – e de outros mais condenou a heresia pelagiana.
Quanto ao imperador, denunciou a traição deste para com São João Crisóstomo, e com relação aos invasores, que assaltaram Roma, Santo Inocêncio fez de tudo para afastar esses bárbaros da Cidade Eterna. Este grande santo, empenhado pela paz e conversão dos pagãos, é considerado um dos maiores Santos Padres do Cristianismo.
Santo Inocêncio, rogai por nós!
São Luís Orione
Luís Orione nasceu no dia 23 de junho de 1872, em Pontecuore, Itália. A família era pobre e honesta, de trabalhadores rurais. Sua mãe foi uma sábia e exemplar educadora que lhe serviu como modelo, mais tarde. Ao sair da adolescência aspirava ser sacerdote. Com o apoio da família entrou no Oratório salesiano em Turim, cujo fundador João Bosco, depois venerado pela Igreja, ainda estava vivo. O fundador dedicou ao jovem Orione grande estima e lançou no seu coração a semente da futura vocação.
Luís Orione fez o ginásio no Oratório salesiano, mas concluiu os estudos de filosofia e teologia no seminário da sua cidade natal. Em 1892, ainda seminarista fundou duas escolas para crianças e jovens. Sua ordenação sacerdotal foi em 1895 e desde então se dedicou com ardor à ação pastoral e a obra em favor dos necessitados.
Se, São João Bosco foi o exemplo para a educação dos jovens, para as obras de caridade o foi São José Benedito Cottelengo. Incansável, Luís Orione, viajou por toda a Itália, várias vezes, pedindo donativos e ajuda material para as suas múltiplas obras de caridade. Ele foi um dócil instrumento nas mãos da Divina Providência, para aliviar as necessidades e os sofrimentos humanos.
Em 1908, Luís Orione ajudou a socorrer as numerosas vítimas do terrível terremoto que sacudiu a região da Sicília e Calábria, na Itália. A pedido do Papa Pio X ficou lá por três anos. Em 1915, fundou uma congregação religiosa, a Pequena Obra da Divina Providência, para dar atendimento aos pobres, trabalhadores humildes, aos doentes, aos necessitados, enfim, aos totalmente esquecidos pela sociedade. Ele também foi o fundador da Congregação dos Padres Orionitas, das Irmãzinhas Missionárias da Caridade, das Irmãs Sacramentinas e dos Eremitas de Santo Alberto, nessas duas últimas admitindo inclusive religiosos cegos.
Luís Orione plantou bem a semente, pois logo se tornaram árvores espalhando raízes em diversos paises. As Congregações dos Filhos da Divina Providência e das Irmãs passaram a atuar em vários países da Europa, das Américas e da Ásia. Possuem milhares de Casas ou Instituições dos mais variados tipos, sobretudo no setor assistencial e educativo. No Brasil, onde estão desde 1914, mantêm várias casas de órfãos, de excepcionais, abrigos para velhos e hospitais. A obra da Divina Providência foi e continua sendo mantida exclusivamente por esmolas e doações.
Faleceu consumido pelas fadigas apostólicas, com sessenta e oito anos de idade, na cidade de San Remo, Itália, no dia 12 de Março de 1940.
O Papa João Paulo II no ano 2004, em Roma, proclamou a canonização do humilde sacerdote Luís Orione, que viveu como o gigante apóstolo da caridade, pai dos pobres, singular benfeitor da Humanidade sofredora e aflita.
São Luís Orione, rogai por nós!
Santa Serafina ou Fina
São Geminiano é uma pequena, mas belíssima, cidade medieval, situada na região da Toscana, Itália. Essa cidade é curiosamente cercada por numerosas torres. No passado, as famílias nobres mandavam construir torres como símbolo de poder e riqueza. Assim, quanto mais alta ou mais bonita fosse a torre, mais aristocrata era essa família. A nobre família Ciardi também mandou erguer sua torre, mas, não foi ela que eternizou o nome da família, foi sua filha Serafina, a pequena e frágil "Fina", como era chamada.
Serafina nasceu no ano de 1238, seus pais, Impéria e Câmbio Ciardi, nessa época, eram nobres decadentes. Ela teve uma vida breve, mas de intensa religiosidade. Sempre foi uma menina modesta, pura, bondosa e caridosa para com todos. Com receio que, pela sua inocência, alguém pudesse se aproveitar dela, seus pais sempre a alertavam quanto aos perigos mundanos. Por isso, se acentuou nela um maior amor à pureza, tanto que resolveu consagrar sua virgindade a Cristo, que desejava como único esposo.
Serafina tinha dez anos de idade, quando adoeceu gravemente. Ficou com o corpo coberto de chagas, incuráveis e dolorosas, e incapacitada de se movimentar. Como se não bastasse, seu sofrimento aumentou ainda mais, com a morte de sua mãe. Durante cinco anos permaneceu imóvel numa cama de tábua se mantendo feliz por sofrer, tendo como conforto seu amor à Cristo, sua devoção à Virgem Maria e aos Santos mártires da Igreja.
Josefina era devota de São Gregório Magno. Em sonho, ele a avisou que a levaria para a vida eterna no dia em que ele próprio morrera, ou seja, 12 de março. De fato, Serafina morreu com quinze anos de idade, no dia 12 de março de 1253. No momento de sua morte, todos os sinos das torres ecoaram, sem que nenhuma mão tivesse tocado nas cordas. Esse relato faz parte da sua biografia escrita no século XIV, pelo padre João do Coppo.
Extremamente amada, o culto a Serafina começou logo após sua morte. A ela foram atribuídas inúmeras graças de cura, e fatos prodigiosos ocorreram no local de sua sepultura, que fizeram crescer cada vez mais sua fama de santidade e sua popularidade entre os fiéis.
Em sua honra foi construído um hospital e em 1457 seu corpo foi transferido para o túmulo construído na nova na catedral da cidade. A Igreja a declarou Santa e padroeira da cidade de São Geminiano e o dia 12 de março escolhido para suas homenagens litúrgicas.
Santa Serafina, rogai por nós!
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segunda-feira, 11 de março de 2013
Santo do dia - 11 de março
Eis-nos em plena "sede vacante". Peçamos ao Espírito de Deus que ilumine os cardeais para que tenhamos um Papa santo!
São Constantino
Constantino faz parte da heróica história do cristianismo na Escócia. Ele era rei da Cornualha, pequena região da Inglaterra e se casou com a filha do rei da Bretanha. Depois se tornou o maior evangelizador de sua pátria e o responsável pela conversão do país.O rei Constantino não foi um governante justo, até sua conversão. No início da vida cometeu sacrilégios e até assassinatos, em sua terra natal. Para ficar livre de cobranças na vida particular, divorciou-se da esposa. Foram muitos anos de vida mundana, envolvido em crimes e pecados. Mas quando soube da morte de sua ex-esposa, foi tocado pela graça tão profundamente que decidiu transformar sua vida. Primeiro abriu mão do trono em favor de seu filho, depois se converteu, recebendo o batismo. Em seguida se isolou no mosteiro de São Mócuda, na Irlanda, onde trabalhou por sete anos, executando as tarefas mais difíceis, no mais absoluto silêncio.
Os ensinamentos de Columbano, que também é celebrado pela Igreja, e que nesse período estava na região em missão apostólica, o levaram a se ordenar sacerdote. Assim, partiu para evangelizar junto com Columbano, e empregou a coragem que possuía, desde a época em que era rei, para a conversão do seu povo. As atitudes de Constantino passaram a significar um pouco de luz no período obscuro da Idade Média.
A Inglaterra e a Irlanda, naquela época, viviam já seus dias de conversão, graças ao trabalho missionário de Patrício, que se tornou mártir e santo pela Igreja, e outros religiosos. Constantino que recebera orientação espiritual de Columbano não usava os mantos ricos dos reis e sim o hábito simples e humilde dos padres. Lutou bravamente pelo cristianismo, pregou, converteu, fundou vários conventos, construiu igrejas e, assim, seu trabalho deu muitos frutos. Sua terra, antes conhecida como "o país dos Pitti", assumiu o nome de Escócia, que até então pertencia a Irlanda.
Porém, antes de se tornar um estado católico, a Escócia viu Constantino ser martirizado. Foi justamente lá que, quando pregava em uma praça pública, um pagão o atacou brutalmente, amputando-lhe o braço direito, o que causou uma hemorragia tão profunda que o sacerdote esvaiu-se em sangue até morrer, não sem antes abraçar e abençoar a cada um de seus seguidores. Morreu no dia 11 de março de 598, e se tornou o primeiro mártir escocês.
O seu culto correu rápido entre os cristãos de língua anglo-saxônica, atingiu a Europa e se propagou por todo o mundo cristão, ocidental e oriental. Sua veneração litúrgica foi marcada para o dia de seu martírio.
São Constantino, rogai por nós!
Santo Eulógio
Eulógio talvez seja a vítima mais célebre da invasão da Espanha pelos árabes vindos da África ao longo dos séculos VIII ao XIII. Entretanto, inicialmente todos os cristãos espanhóis não eram candidatos ao martírio ou à escravidão e os Califas não eram tidos como intolerantes e sanguinários. Ao contrário, a Espanha gozava, sob a dominação dos árabes, longos períodos de paz e de benesses, determinantes para o desenvolvimento de um alto padrão de civilização, diferente do concedido pela dominação dos romanos.
Também na religião, eles pareciam tolerantes. Não combatiam o Cristianismo, mas o mantinham na sombra e abafado, sem força para se difundir, para fazer progressos, para que não entrasse em polêmica com a religião do Estado, ou seja, a muçulmana. Desejavam um Cristianismo adormecido.
Mas os católicos da Espanha não se submeteram aos desejos dos árabes. E não por provocação aos muçulmanos, mas porque a sua fé, vivida com coerência , não podia se apagar pela renúncia e pelo silêncio. Também Eulógio, nascido em Córdoba de uma família da nobreza da cidade, foi um desses cristãos íntegros. Ele era sacerdote de Córdoba quando a perseguição aos cristãos começou e já era famoso pela cultura e atuação social audaciosa, ao mesmo tempo em que trabalhava com humildade junto aos pobres e necessitados. Formado na Universidade de Córdoba, muito requisitada na época , ele lecionava numa escola pública e se reciclava visitando dezenas de museus, mosteiros e centros de estudos.
Escrevia muito, como por exemplo os livros: "Memorial" e "Apologia", nos quais fez uma contundente análise da religião muçulmana confrontada com a cristã, pregando a verdade que é a liberdade pela fé em Cristo. Essa defesa da fé e dos fiéis ele apregoava na escola pública onde lecionava bem como nos conventos e igrejas que visitava, aprimorando os preceitos do cristianismo aos fiéis e às pessoas que o escutavam, conseguido milhares de conversões.
Por isso, e por assistir aos cristãos presos, os quais amparava na fé, o valoroso padre espanhol irritou as autoridades árabes que, apesar do respeito que tinham por ele, mandaram prende-lo. Baseado no que ocorria nos calabouços, onde eram jogados os cristãos antes da execução da pena de morte, escreveu a "História dos Mártires da Espanha". Uma obra que registrou para a posteridade o martírio de pessoas cujo único crime era manter sua convicção na fé em Cristo.
Depois, libertado graças à influência de familiares e autoridades locais, voltou a atuar com a mesma força. Falecido o bispo de Córdoba, Eulógio foi nomeado para o cargo. Passou então a ser considerado líder da resistência aos muçulmanos e, quando conseguiu converter a filha de um influente chefe árabe, a paciência dos islâmicos chegou ao fim. Eulógio, foi novamente processado, preso e, desta vez, condenado à morte.
Sua execução se deu no dia 11 de março de 859. Data que a Igreja manteve para sua festa, já muito antiga para os cristãos espanhóis e os da África do Norte, depois estendida para todos os cristãos, pela tradição de sua veneração.
Santo Eulógio, rogai por nós!
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