Nossa Senhora de Guadalupe
Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é
emocionante também. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo
milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um bispo sobre sua
aparição a um simples índio mexicano.
Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já
haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamente
por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados.
O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem
Maria. Assim, foi o escolhido para ser o portador de sua mensagem às
nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a ele várias vezes.
A primeira vez, quando o índio passava pela colina de Tepyac, próxima da
Cidade do México, atual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu
que levasse uma mensagem ao bispo. Ela queria que naquele local fosse
erguida uma capela em sua honra. Emocionado, o índio procurou o bispo,
João de Zumárraga, e contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu
muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou não,
iniciar a construção.
Passados uns dias, Maria apareceu novamente a João Diogo, que desta vez
procurou o bispo com lágrimas nos olhos, renovando o pedido. Nem as
lágrimas comoveram o bispo, que exigiu do piedoso homem uma prova de que
a ordem partia mesmo de Nossa Senhora.
Deu-se, então, o milagre. João Diogo caminhava em direção à capital por
um caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões
aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a
unção dos enfermos a um tio seu, que agonizava. De repente, Maria
apareceu à sua frente, numa visão belíssima. Tranqüilizou-o quanto à
saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava
curado. Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse rosas no alto
da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o
pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país
atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso,
encontrou muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu
manto e, como a Senhora ordenara, foi entrega-las ao bispo como prova de
sua presença.
E assim fez o fiel índio. Ao abrir o manto cheio de rosas, o bispo viu
formar-se, impressa, uma linda imagem da Virgem, tal qual o índio a
descrevera antes, mestiça. Espantado, o bispo seguiu João até a casa do
tio moribundo e este já estava de pé, forte e saudável. Contou que Nossa
Senhora "morena" lhe aparecera também, o teria curado e renovado o
pedido. Queria um santuário na colina de Tepyac, onde sua imagem seria
chamada de Santa Maria de Guadalupe. Mas não explicou o porquê do nome.
A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto
com a imagem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal.
Várias construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo,
pois as romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e
dos séculos.
O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa
Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra
Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito
estado, apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a
única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao
das populações indígenas. Por isso o povo a chama, carinhosamente, de
"La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última
aparição.
Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em
1979, como extremado devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o
santuário e consagrou, solenemente, toda a América Latina a Nossa
Senhora de Guadalupe.
Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um
indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim
de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de
Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego
(canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe
pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e
glória de Deus.
O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao
indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu
quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute,
meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado;
não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou
eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para
mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não
permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela
não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está
curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao
Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a
cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando
chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que
carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu,
nada omita…”
O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa
Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde
indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a
capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o
dia 12 de dezembro de 1531.
Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu
também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que
desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem
seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado
o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria
imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já
existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve
totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até
hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum
sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido
nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo
estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia
descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos
se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do
referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do
quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de
que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são
pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma
Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no
qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão
rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus
não agiu assim com nenhuma outra nação”.
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de
Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII
no dia 12 de outubro de 1945.
No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao
México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de
Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a
Virgem de Guadalupe é Padroeira.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
12 de dezembro - Santo do dia
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
11 de dezembro - Santo do dia
São Dâmaso I
Dâmaso era espanhol, mas não se descarta que ele possa ter nascido em Roma, no ano 305. Culto e instruído, ocupou o trono da Igreja de 366 a 384. Foi considerado um dos mais firmes e valentes sucessores de Pedro. Sem temer as ameaças e protecionismos imperiais, demitiu de uma só vez todos os bispos que mantinham vínculo com a heresia ariana, trazendo estabilidade à Igreja através da unidade, da obediência e respeito ao papa de Roma.
Sua eleição foi tumultuada por causa da oposição. Houve até luta armada entre as facções, vitimando cento e trinta e sete pessoas. Mas, ao assumir, o então papa Dâmaso I trouxe de volta a tradição da doutrina à Igreja, havendo um florescimento de ritos, orações e pregações durante seu mandato. Devem-se a ele, por exemplo, os estudos para a revisão dos textos da Bíblia e a nova versão em latim feita pelo depois são Jerônimo, seu secretário.
Em seu governo, a Igreja conseguiu uma nova postura e respeito na sua participação na vida pública civil. Os bispos podiam escrever, catequizar, advertir e condenar. Esse papa sabia como ninguém fazer-se entender com os impérios e reinados e conseguia paz para que a Igreja se autogerisse. Foi uma figura digna do seu tempo, pois conviveu com grandes destaques do cristianismo, como os santos: Ambrósio, Agostinho e Jerônimo, só para citar alguns.
Além de administrador, era, também, um poeta inspirado pelas orações e cânticos antigos e um excelente arqueólogo. Graças a ele as catacumbas foram recuperadas, com o próprio papa percorrendo-as para identificar os túmulos dos mártires e dar-lhes as devidas honras. Nesse mesmo local exaltou os mártires em seus famosos "Títulos", ou seja, epigramas talhados nas pedras pelo calígrafo Dionísio Filocalo, com os lindos poemas que escrevia especialmente para cada um.
Dâmaso I escolheu, pessoalmente, o túmulo no qual gostaria que fossem depositados seus restos mortais. Na cripta dos papas, localizada nas Catacumbas de São Calisto, ao término dos seus escritos em honra deles, deixou registrado: "Aqui, eu, Dâmaso, gostaria que fossem depositados meus espólios. Mas temo perturbar as piedosas cinzas dos mártires".
Ao morrer, em 384, com quase oitenta anos, foi sepultado num solitário e humilde túmulo na via Andreatina, que ele, discreto, preparara para si. Santo papa Dâmaso I é venerado no dia 11 de dezembro.
São Dâmaso I, rogai por nós!
Sabina era como se chamava, antigamente, a região nordeste da cidade
de Roma, fecunda de cristãos exemplares. Em alguns lugares, adotou-se a
variação de Saviana, porque a letra "b" do latim tende a ser suavisada
com a "v" do idioma italiano. Foi assim que surgiu esse nome que se
perpetuou através do povo europeu.
Em meados do século IV, temos um Sabino como bispo de Piacenza, cidade próxima a Milão, na Itália. Segundo consta da tradição, ele nasceu naquela cidade e era diácono da Igreja. O papa Dâmaso I, que agora é santo como ele, o enviou, em 372, ao Concílio do Oriente, no qual seria discutida a doutrina ariana.
Ele retornou para a Itália com várias cartas para os bispos do Ocidente, e pouco depois foi investido com a mitra episcopal e com o bastão pastoral. Foi o bispo de Piacenza por quarenta e cinco anos e, também pela tradição, teve uma longa vida, morrendo próximo dos cento e dez anos.
Sabino se distinguiu pelo seu saber, pelo zelo pastoral e pelas suas exímias virtudes, que foram enaltecidas mais tarde pelo futuro grande papa Gregório Magno. O qual narrou um comovente milagre que Sabino realizou para salvar a cidade, por ocasião de uma enchente do rio Pó. Além disso, Sabino sempre se manteve muito próximo aos fiéis. Foi por eles considerado um pai caridoso, penitente e humilde, andando pelas ruas com roupas simples e, às vezes, sem sapatos.
Foi contemporâneo e amigo do bispo Ambrósio, outro ilustre santo da Igreja, com quem manteve numerosa correspondência. Sabino foi um natural e zeloso defensor da doutrina católica contra os erros dos arianos. Em sua extensa trajetória de vida religiosa, a Igreja assinalou a sua presença em vários sínodos, como o de Aquiléia, em 381; de Milão, em 387; e de Roma, em 390.
Várias cidades do centro da Itália consideravam Sabino seu bispo, talvez por ele ter vivido um pouco em cada uma delas, mas sempre como o bispo de Piacenza. A pedido da Santa Sé, tinha de ficar longos período em outras cidades, preparando e corrigindo os bispos mais jovens, para que a verdadeira doutrina católica não se perdesse no meio dos erros e excessos dos arianos: que era o perigo da Igreja na época.
O bispo Sabino morreu no dia 11 de dezembro de 420. Depois, foi canonizado pela Igreja, que escolheu essa data para a homenagem litúrgica. Mas a cidade de Piacenza o celebra também, com uma grande festa solene, no dia 17 de janeiro, porque nessa data suas relíquias foram transferidas para a igreja dos Apóstolos, que naquela ocasião foi dedicada ao santo.
Dâmaso era espanhol, mas não se descarta que ele possa ter nascido em Roma, no ano 305. Culto e instruído, ocupou o trono da Igreja de 366 a 384. Foi considerado um dos mais firmes e valentes sucessores de Pedro. Sem temer as ameaças e protecionismos imperiais, demitiu de uma só vez todos os bispos que mantinham vínculo com a heresia ariana, trazendo estabilidade à Igreja através da unidade, da obediência e respeito ao papa de Roma.
Sua eleição foi tumultuada por causa da oposição. Houve até luta armada entre as facções, vitimando cento e trinta e sete pessoas. Mas, ao assumir, o então papa Dâmaso I trouxe de volta a tradição da doutrina à Igreja, havendo um florescimento de ritos, orações e pregações durante seu mandato. Devem-se a ele, por exemplo, os estudos para a revisão dos textos da Bíblia e a nova versão em latim feita pelo depois são Jerônimo, seu secretário.
Em seu governo, a Igreja conseguiu uma nova postura e respeito na sua participação na vida pública civil. Os bispos podiam escrever, catequizar, advertir e condenar. Esse papa sabia como ninguém fazer-se entender com os impérios e reinados e conseguia paz para que a Igreja se autogerisse. Foi uma figura digna do seu tempo, pois conviveu com grandes destaques do cristianismo, como os santos: Ambrósio, Agostinho e Jerônimo, só para citar alguns.
Além de administrador, era, também, um poeta inspirado pelas orações e cânticos antigos e um excelente arqueólogo. Graças a ele as catacumbas foram recuperadas, com o próprio papa percorrendo-as para identificar os túmulos dos mártires e dar-lhes as devidas honras. Nesse mesmo local exaltou os mártires em seus famosos "Títulos", ou seja, epigramas talhados nas pedras pelo calígrafo Dionísio Filocalo, com os lindos poemas que escrevia especialmente para cada um.
Dâmaso I escolheu, pessoalmente, o túmulo no qual gostaria que fossem depositados seus restos mortais. Na cripta dos papas, localizada nas Catacumbas de São Calisto, ao término dos seus escritos em honra deles, deixou registrado: "Aqui, eu, Dâmaso, gostaria que fossem depositados meus espólios. Mas temo perturbar as piedosas cinzas dos mártires".
Ao morrer, em 384, com quase oitenta anos, foi sepultado num solitário e humilde túmulo na via Andreatina, que ele, discreto, preparara para si. Santo papa Dâmaso I é venerado no dia 11 de dezembro.
São Dâmaso I, rogai por nós!
São Sabino
Em meados do século IV, temos um Sabino como bispo de Piacenza, cidade próxima a Milão, na Itália. Segundo consta da tradição, ele nasceu naquela cidade e era diácono da Igreja. O papa Dâmaso I, que agora é santo como ele, o enviou, em 372, ao Concílio do Oriente, no qual seria discutida a doutrina ariana.
Ele retornou para a Itália com várias cartas para os bispos do Ocidente, e pouco depois foi investido com a mitra episcopal e com o bastão pastoral. Foi o bispo de Piacenza por quarenta e cinco anos e, também pela tradição, teve uma longa vida, morrendo próximo dos cento e dez anos.
Sabino se distinguiu pelo seu saber, pelo zelo pastoral e pelas suas exímias virtudes, que foram enaltecidas mais tarde pelo futuro grande papa Gregório Magno. O qual narrou um comovente milagre que Sabino realizou para salvar a cidade, por ocasião de uma enchente do rio Pó. Além disso, Sabino sempre se manteve muito próximo aos fiéis. Foi por eles considerado um pai caridoso, penitente e humilde, andando pelas ruas com roupas simples e, às vezes, sem sapatos.
Foi contemporâneo e amigo do bispo Ambrósio, outro ilustre santo da Igreja, com quem manteve numerosa correspondência. Sabino foi um natural e zeloso defensor da doutrina católica contra os erros dos arianos. Em sua extensa trajetória de vida religiosa, a Igreja assinalou a sua presença em vários sínodos, como o de Aquiléia, em 381; de Milão, em 387; e de Roma, em 390.
Várias cidades do centro da Itália consideravam Sabino seu bispo, talvez por ele ter vivido um pouco em cada uma delas, mas sempre como o bispo de Piacenza. A pedido da Santa Sé, tinha de ficar longos período em outras cidades, preparando e corrigindo os bispos mais jovens, para que a verdadeira doutrina católica não se perdesse no meio dos erros e excessos dos arianos: que era o perigo da Igreja na época.
O bispo Sabino morreu no dia 11 de dezembro de 420. Depois, foi canonizado pela Igreja, que escolheu essa data para a homenagem litúrgica. Mas a cidade de Piacenza o celebra também, com uma grande festa solene, no dia 17 de janeiro, porque nessa data suas relíquias foram transferidas para a igreja dos Apóstolos, que naquela ocasião foi dedicada ao santo.
São Sabino, rogai por nós!
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Santo do dia - 10 de dezembro
São João Roberts

A biografia de são John Roberts, para nós João Roberts, nos mostra um inglês profundamente católico que, fora de sua pátria, conseguia pregar e professar sua fé e sua religião. Mas bastava pôr os pés em sua terra natal, era preso. Várias vezes retornou à liberdade só por intervenção de estrangeiros importantes. Acabou se tornando o primeiro monge a ser executado na Inglaterra, logo após a coroação do rei Henrique VIII.
João Roberts nasceu no condado de Merioneth, em 1576. Seus pais eram os nobres João e Ana Roberts, protestantes cujos antepassados foram príncipes de Gales. Estudou na famosa Faculdade de São João, em Oxford, mas saiu sem graduação. Depois, formou-se em direito, aos vinte e um anos, em Londres.
Em 1598, estava estudando na faculdade inglesa de Valladoid, na Espanha. Já muito interessado no cristianismo, foi estudar na abadia dos beneditinos daquela cidade no ano seguinte. A conversão total aconteceu durante uma viagem a Paris, quando entrou para a Igreja de Roma pelas mãos de um cônego de Notre-Dame. Em 1600, finalmente, ingressou como noviço no Mosteiro beneditino de São Martinho de Compostela, Espanha.
Na época, Roma determinou que uma missão beneditina fosse enviada à Inglaterra. João Roberts, que acabara seus estudos em Salamanca, passou a integrar as fileiras da missão. Bastou desembarcar na Inglaterra, foi imediatamente preso, sendo libertado quando o rei Jaime assumiu o poder, em 1603.
Londres, no verão daquele ano, foi abalada pela epidemia da peste. João, então, trabalhou, incansavelmente, atendendo aos doentes. Tanto destaque teve durante esse período que foi preso novamente durante um ano, até 1606, em Gatehouse. Conseguiu a liberdade por intervenção de uma senhora espanhola, Luísa de Carvajal, muito influente na Corte inglesa, apesar de católica, por causa dos negócios existentes entre os dois países na época.
Assim, João se exilou na Espanha. Depois, organizou o Mosteiro de São Gregório em Douai, na França, do qual foi o primeiro prior. Em outubro de 1607, João Roberts voltou à Inglaterra e foi preso novamente. Mais uma vez, escapou, mas foi recapturado e, dessa vez, só conseguiu a liberdade por intervenção do embaixador da França. Saiu do país, mas, quando voltou, foi preso outras duas vezes, sendo, finalmente, em 1610, conduzido à presença do bispo protestante Abbot e condenado à morte na fogueira.
Foi queimado no dia 10 de dezembro do mesmo ano, na praça pública de Londres. Na sua fala, pouco antes de morrer, lamentou o monstro da heresia, o rei dos ingleses, e rezou por todos. Alguns séculos depois, foi beatificado, em 1929. O papa Paulo VI canonizou são João Roberts em 1970. A sua homenagem litúrgica ocorre no dia de sua morte.
São João Roberts, rogai por nós!
Durante os quatro anos de seu Pontificado, as piores ameaças nasceram no interior da Igreja com os hereges. São Melquíades foi grande defensor da Fé, por isso combateu principalmente o Donatismo, que contestava a legitimação da eleição dos ministros de Deus e fanaticamente se substituía a qualquer autoridade.
Aproveitou Melquíades, a liberdade religiosa para organizar as sedes paroquiais em Roma e recuperar os bens da Igrejas perdidos durante a perseguição. São Melquíades através da Eucaristia semeou a unidade da Igreja de Roma com as demais igrejas. Entrou no céu em 314 e foi enterrado na Via Ápia, no cemitério de Calisto. Do Doutor Santo Agostinho, São Melquíades recebeu o seguinte reconhecimento: “Verdadeiro filho da paz, verdadeiro pai dos cristãos”.
São Melquíades, rogai por nós!

A biografia de são John Roberts, para nós João Roberts, nos mostra um inglês profundamente católico que, fora de sua pátria, conseguia pregar e professar sua fé e sua religião. Mas bastava pôr os pés em sua terra natal, era preso. Várias vezes retornou à liberdade só por intervenção de estrangeiros importantes. Acabou se tornando o primeiro monge a ser executado na Inglaterra, logo após a coroação do rei Henrique VIII.
João Roberts nasceu no condado de Merioneth, em 1576. Seus pais eram os nobres João e Ana Roberts, protestantes cujos antepassados foram príncipes de Gales. Estudou na famosa Faculdade de São João, em Oxford, mas saiu sem graduação. Depois, formou-se em direito, aos vinte e um anos, em Londres.
Em 1598, estava estudando na faculdade inglesa de Valladoid, na Espanha. Já muito interessado no cristianismo, foi estudar na abadia dos beneditinos daquela cidade no ano seguinte. A conversão total aconteceu durante uma viagem a Paris, quando entrou para a Igreja de Roma pelas mãos de um cônego de Notre-Dame. Em 1600, finalmente, ingressou como noviço no Mosteiro beneditino de São Martinho de Compostela, Espanha.
Na época, Roma determinou que uma missão beneditina fosse enviada à Inglaterra. João Roberts, que acabara seus estudos em Salamanca, passou a integrar as fileiras da missão. Bastou desembarcar na Inglaterra, foi imediatamente preso, sendo libertado quando o rei Jaime assumiu o poder, em 1603.
Londres, no verão daquele ano, foi abalada pela epidemia da peste. João, então, trabalhou, incansavelmente, atendendo aos doentes. Tanto destaque teve durante esse período que foi preso novamente durante um ano, até 1606, em Gatehouse. Conseguiu a liberdade por intervenção de uma senhora espanhola, Luísa de Carvajal, muito influente na Corte inglesa, apesar de católica, por causa dos negócios existentes entre os dois países na época.
Assim, João se exilou na Espanha. Depois, organizou o Mosteiro de São Gregório em Douai, na França, do qual foi o primeiro prior. Em outubro de 1607, João Roberts voltou à Inglaterra e foi preso novamente. Mais uma vez, escapou, mas foi recapturado e, dessa vez, só conseguiu a liberdade por intervenção do embaixador da França. Saiu do país, mas, quando voltou, foi preso outras duas vezes, sendo, finalmente, em 1610, conduzido à presença do bispo protestante Abbot e condenado à morte na fogueira.
Foi queimado no dia 10 de dezembro do mesmo ano, na praça pública de Londres. Na sua fala, pouco antes de morrer, lamentou o monstro da heresia, o rei dos ingleses, e rezou por todos. Alguns séculos depois, foi beatificado, em 1929. O papa Paulo VI canonizou são João Roberts em 1970. A sua homenagem litúrgica ocorre no dia de sua morte.
São João Roberts, rogai por nós!
São Melquíades
Hoje nos deixamos atingir pela santidade de vida de um Papa que buscou no Pastor Eterno e Universal toda a graça que necessitava para ser fiel num tempo de transição da Igreja. São Melquíades, de origem africana, fez parte do Clero Romano, até que em 310 faleceu o Papa Eusébio e foi eleito sucessor de São Pedro.
No período de seu governo, Melquíades sofreu com a perseguição aos cristãos pelo Imperador Máximo. Esta perseguição só teve um descanso quando Constantino venceu Máximo na histórica batalha em Roma (312) a qual atribuiu ao Deus dos cristãos. Com isto, surgiu o Edito de Milão em 313, concedendo a liberdade religiosa; assim, São Melquíades passou do Papa da perseguição para o Papa da liberdade dos cristãos.Durante os quatro anos de seu Pontificado, as piores ameaças nasceram no interior da Igreja com os hereges. São Melquíades foi grande defensor da Fé, por isso combateu principalmente o Donatismo, que contestava a legitimação da eleição dos ministros de Deus e fanaticamente se substituía a qualquer autoridade.
Aproveitou Melquíades, a liberdade religiosa para organizar as sedes paroquiais em Roma e recuperar os bens da Igrejas perdidos durante a perseguição. São Melquíades através da Eucaristia semeou a unidade da Igreja de Roma com as demais igrejas. Entrou no céu em 314 e foi enterrado na Via Ápia, no cemitério de Calisto. Do Doutor Santo Agostinho, São Melquíades recebeu o seguinte reconhecimento: “Verdadeiro filho da paz, verdadeiro pai dos cristãos”.
São Melquíades, rogai por nós!
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Santo do dia - 9 de dezembro
São João (Juan) Diego Cuauhtlatoatzin
Os registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na calpulli, ou melhor, no bairro de Tlayacac ao norte da atual Cidade do México. Era um índio nativo, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como "águia que fala" ou "aquele que fala como águia".
Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.
Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.
A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer. Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado "Capela do Cerrinho", onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: "Joãozinho, João Dieguito", "o mais humilde de meus filhos", "meu filho caçula", "meu queridinho".
A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.
Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinqüenta e sete anos.
Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.
João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.
O papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou são João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.
São João Diego, rogai por nós!
Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo. Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.
Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.
Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.
São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
Pedro Fourier nasceu em 30 de novembro de 1565, em Mirecourt, uma pequena aldeia da Lorena, na França. Ainda jovem, tornou-se um professor admirado e respeitado por seu caráter e competência, que quase todas as famílias desejavam lhe entregar seus filhos para educar. Percebendo o chamado para a vida religiosa, ao completar vinte anos entrou para a Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, onde cursou teologia e filosofia, para finalmente ser ordenado sacerdote.
Mas Pedro era tão rigoroso e disciplinado consigo mesmo e com os irmãos de Ordem, que estes logo fizeram com que fosse transferido do convento. Assim, ele foi designado para ocupar uma das três paróquias que estavam vagas. Preferiu a mais pobre e carente, numa região onde dominavam a corrupção moral e os protestantes calvinistas.
Nessa paróquia permaneceu trinta anos, o suficiente para mudar o comportamento de praticamente toda a população. Incansável, conseguia tempo para percorrer os arredores, arrebanhando centenas de convertidos com sua pregação simples e eficiente. Também fundou em sua paróquia três associações apostólicas: a de São Sebastião, para homens; a do Rosário, para mulheres; e a da Nossa Senhora Imaculada, para moças. Todas voltadas para a educação e formação das crianças e jovens daquela região e arredores.
Entretanto Pedro não obteve sucesso quando criou a primeira escola para os meninos. Por isso, antes de fundar a das meninas, decidiu preparar pessoalmente, e muito bem, as professoras. Reuniu quatro moças, dirigidas pela jovem Alix Le Clerc, e começou a ensinar-lhes as técnicas pedagógicas de ensino, valendo-se da sua grande cultura e didática. Foi assim que fundou a Congregação de Nossa Senhora das Cônegas de Santo Agostinho. A nova Ordem foi aprovada pelo sumo pontífice em 1616, tendo como co-fundadora Alix Le Clerc, hoje bem-aventurada.
Cumprida essa missão, recebeu a tarefa de reformar a própria Ordem, expulsando dela qualquer indício do espírito calvinista, que ameaçava instalar-se. Pedro, em 1622, foi eleito superior dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Mas encontrou muita oposição dentro do clero e, principalmente, do governo.
Em 1636, o rei da França exigiu que Pedro fizesse um juramento que ia contra sua consciência e contra o papa. Em vez disso, preferiu o exílio. Teve, então, de mudar-se para a diocese de Gray, na Borgonha. Embora tivesse o cargo de superior da Ordem, os últimos quatro anos ele passou exercitando o que mais gostava e que fizera em toda sua vida: ensinando as crianças e os jovens numa escola gratuita que ele mesmo ali fundara.
O grande educador, fundador e pregador Pedro Fourier morreu no dia 9 de dezembro de 1640, em Gray. Foi canonizado, em 1897, pelo papa Leão XIII.
São Pedro Fourier, rogai por nós!
Os registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na calpulli, ou melhor, no bairro de Tlayacac ao norte da atual Cidade do México. Era um índio nativo, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como "águia que fala" ou "aquele que fala como águia".
Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.
Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.
A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer. Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado "Capela do Cerrinho", onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: "Joãozinho, João Dieguito", "o mais humilde de meus filhos", "meu filho caçula", "meu queridinho".
A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.
Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinqüenta e sete anos.
Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.
João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.
O papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou são João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.
São João Diego, rogai por nós!
Santa Joana Francisca de Chantal
Neste dia queremos lembrar a vida da santa que na liturgia comemoraremos amanhã, Joana Francisca de Chantal, modelo de jovem, mãe, irmã e, por fim, de religiosa. Nasceu em Dijon, centro da França, em 1572 e foi pelas provações modelada até a santidade.
A mãe tão amada faleceu quando Joana era criança; o pai, homem de caráter exemplar, era presidente da câmara dos vereadores e por causa de maquinações políticas chegou a sofrer pobreza e muitas humilhações. Joana, que recebeu da família a riqueza da fé, deu com 5 anos um exemplo marcante quanto a presença de Jesus no Santíssimo Sacramente, pois falou a um calvinista que questionava o pai: “O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis dele um mentiroso”.Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo. Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.
Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.
Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.
São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
São Pedro Fourier
Pedro Fourier nasceu em 30 de novembro de 1565, em Mirecourt, uma pequena aldeia da Lorena, na França. Ainda jovem, tornou-se um professor admirado e respeitado por seu caráter e competência, que quase todas as famílias desejavam lhe entregar seus filhos para educar. Percebendo o chamado para a vida religiosa, ao completar vinte anos entrou para a Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, onde cursou teologia e filosofia, para finalmente ser ordenado sacerdote.
Mas Pedro era tão rigoroso e disciplinado consigo mesmo e com os irmãos de Ordem, que estes logo fizeram com que fosse transferido do convento. Assim, ele foi designado para ocupar uma das três paróquias que estavam vagas. Preferiu a mais pobre e carente, numa região onde dominavam a corrupção moral e os protestantes calvinistas.
Nessa paróquia permaneceu trinta anos, o suficiente para mudar o comportamento de praticamente toda a população. Incansável, conseguia tempo para percorrer os arredores, arrebanhando centenas de convertidos com sua pregação simples e eficiente. Também fundou em sua paróquia três associações apostólicas: a de São Sebastião, para homens; a do Rosário, para mulheres; e a da Nossa Senhora Imaculada, para moças. Todas voltadas para a educação e formação das crianças e jovens daquela região e arredores.
Entretanto Pedro não obteve sucesso quando criou a primeira escola para os meninos. Por isso, antes de fundar a das meninas, decidiu preparar pessoalmente, e muito bem, as professoras. Reuniu quatro moças, dirigidas pela jovem Alix Le Clerc, e começou a ensinar-lhes as técnicas pedagógicas de ensino, valendo-se da sua grande cultura e didática. Foi assim que fundou a Congregação de Nossa Senhora das Cônegas de Santo Agostinho. A nova Ordem foi aprovada pelo sumo pontífice em 1616, tendo como co-fundadora Alix Le Clerc, hoje bem-aventurada.
Cumprida essa missão, recebeu a tarefa de reformar a própria Ordem, expulsando dela qualquer indício do espírito calvinista, que ameaçava instalar-se. Pedro, em 1622, foi eleito superior dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Mas encontrou muita oposição dentro do clero e, principalmente, do governo.
Em 1636, o rei da França exigiu que Pedro fizesse um juramento que ia contra sua consciência e contra o papa. Em vez disso, preferiu o exílio. Teve, então, de mudar-se para a diocese de Gray, na Borgonha. Embora tivesse o cargo de superior da Ordem, os últimos quatro anos ele passou exercitando o que mais gostava e que fizera em toda sua vida: ensinando as crianças e os jovens numa escola gratuita que ele mesmo ali fundara.
O grande educador, fundador e pregador Pedro Fourier morreu no dia 9 de dezembro de 1640, em Gray. Foi canonizado, em 1897, pelo papa Leão XIII.
São Pedro Fourier, rogai por nós!
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Virgem Maria
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Rainha de todos os santos - 08 de dezembro
Imaculada Conceição de Maria
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.
A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.
A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.
Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.
Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.
Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.
Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.
Mais do que memória ou festa de um dos santos de Deus, neste dia estamos solenemente comemorando a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a Rainha de todos os santos. Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.
A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.
Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós:
“Eu Sou a Imaculada Conceição".
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!
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Nossa Senhora Desatadora dos Nós - 8 de dezembro
Novena Infalível da Nossa Senhora Desatadora dos Nós

Nossa Senhora Desatadora dos Nós nasceu na Alemanha, em 1700, como Maria Knotenlöserin (do alemão knot, “nó”, e löser, “desatar”).
Na época, o presbítero da capela de St. Peter Am Perlach, na cidade de Augsburg, encomendou ao pintor Johann Schmittdner um quadro de Nossa Senhora. Para compor o painel foi buscar inspiração nos dizeres de Santo Irineu, Bispo de Lyon, no Século III: “Eva atou o nó da desgraça para o gênero humano; Maria por sua obediência o desatou”.
Maria é representada como a Imaculada Conceição e
encontra-se entre o céu e a terra. O Espírito Santo derrama sua luzes
sobre a Virgem. Em sua cabeça vemos 12 estrelas. Um dos anjos
entrega-lhe uma faixa com nós grandes e pequenos, separados e juntos.
Estes nós simbolizam o pecado original e nossos pecados cotidianos,
que impedem de a graça frutificar em nossas vidas. Na parte inferior
do quadro vemos que a faixa cai livremente e que um nó está desatado.
Há um anjo, um homem e um cachorro que dirigem-se à uma igreja. Parece
ser uma referência ao livro de Tobias (6,13) onde este empreende uma
longa e penosa viagem quando conhece Sara que já casara sete vezes e
que na noite de núpcias seus maridos morriam devido a um demônio que
dela se enamorara. Tobias casa-se com ela e volta à casa de seu pai.
Isto significa que há de se desatar primeiro os nós para que dois
corações venham se encontrar.
Assim, Nossa Senhora Desatadora dos Nós é
invocada como aquela que nos ajuda a tirar todos os males de aflições
que nos escravizam e nos tornam infelizes e pessimistas, dando-nos a
verdadeira liberdade que só seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo pode
nos dar.
A pintura não demorou a se tornar objeto de culto dentro dos limites de Augsburg e depois se espalhando pelo mundo.
Novena de Nossa Senhora Desatadora dos Nós
1ª Oração
Reze o Ato de Contrição. Peça perdão por seus pecados e faça o firme propósito de confessar as faltas graves.
Ato de Contrição Meu Deus, eu
me arrependo de todo coração de Vos ter ofendido, porque sois bom e
amável. Prometo com a Vossa graça não mais pecar. Meu Jesus
misericórdia. Amém.
Reze o terço (as três primeiras dezenas)
Reflexão do dia
Em silêncio diga a intenção pela qual está
rezando esta novena e ao final, reze: Nossa Senhora Desatadora dos Nós,
rogai por nós!
Santa Maria dai-me perseverança em meu amor a Deus e
que eu não recorra a Ele só nos momentos difíceis, mas que eu aprenda
também a dar graças por tudo o que Dele recebo e não chego a ver. Que eu
seja generoso(a) em minha entrega.
Complete rezando as duas dezenas finais do terço e a Salve-Rainha.
Oração de súplica a Nossa Senhora Desatadora dos Nós
Virgem bendita, soberana Senhora e Mãe dos
pecadores, confio e recorro à Tua proteção neste momento de grande
aflição e angústia. Querida Mãe, toma-me sob a Tua proteção e sede
consolo para o meu coração pecador. Maria Desatadora dos Nós, fonte
riquíssima de graças e de bondade, socorrei-me. Auxiliai-me nos
intrincados problemas da minha vida, santa esperança e sublime
conselheira das famílias. Prostrado(a) aos Teus pés, venho suplicar-Te ó
Virgem Imaculada, que desate os nós da minha vida que tanto me
flagelam.
(Peça novamente a graça)
Refugio-me sob a Tua imensa misericórdia e
abrigo-me sob o Teu manto, cheio(a) da mais viva confiança que serei
atendido(a) em minhas humildes súplicas. Livrai-me das tentações e
alcançai o perdão dos meus pecados junto ao Teu amado filho Jesus. Nunca
me desampare, Mãe medianeira e intercessora. Amém.
Nossa Senhora Desatadora dos Nós, rogai por nós.
Nossa Senhora Desatadora dos Nós, desatai os nós de nossas vidas.
Nossa Senhora Desatadora dos Nós, atendei aos nossos pedidos.
Oração a "Nossa Senhora Desatadora dos Nós" | ||||||||
Virgem Maria, Mãe do belo amor,
Mãe que jamais deixa de vir em socorro a um filho aflito, Mãe cujas mãos não param nunca de servir seus amados filhos, pois são movidas pelo amor divino e a imensa misericórdia que existem em teu coração, volta o teu olhar compassivo sobre mim e vê o emaranhado de nós que há em minha vida. Tu bem conheces o meu desespero, a minha dor e o quanto estou amarrado por causa destes nós.
Maria, Mãe que Deus
encarregou de desatar os nós da vida dos seus filhos, confio hoje a fita da minha vida em tuas mãos. Ninguém, nem mesmo o maligno poderá tirá-la do teu precioso amparo.
Em tuas mãos não há nó
que não poderá ser desfeito. Mãe poderosa, por tua graça e teu poder intercessor junto a Teu Filho e Meu Libertador, Jesus, recebe hoje em tuas mãos este nó.........
Peço-te que o desates para a glória de Deus,
e por todo o sempre.
Vós sois a minha esperança.
Ó Senhora minha,
sois a minha única consolação dada por Deus, a fortaleza das minhas débeis forças, a riqueza das minhas misérias, a liberdade, com Cristo, das minhas cadeias.
Ouve minha súplica.
Guarda-me, guia-me, protege-me, ó seguro refúgio! Maria, Desatadora dos Nós, rogai por mim. Amém |
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knot = nó,
löser = desatar,
Nós,
Nossa Senhora Desatadora dos Nós,
Tobias
domingo, 7 de dezembro de 2014
Evangelho do Dia
EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João
6, 68
2º Domingo do Advento
Evangelho segundo S. Marcos 1,1-8.
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no
profeta Isaías:
«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
Apareceu João Baptista no deserto, a proclamar um batismo de penitência para
remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de
Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
João vestia-se de pelos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
João vestia-se de pelos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que
eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das
suas sandálias.
Eu batizo-vos na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo»
Eu batizo-vos na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo»
Comentário do dia: São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Gênova, doutor da Igreja
«Preparai os caminhos do Senhor»
Uma vez que o nosso divino Salvador está próximo, que é preciso fazer
para preparar a sua vinda? São João Batista ensina-nos o que havemos de fazer:
«Fazei penitência, aplanai os montes de orgulho e preenchei esses vales de
tibieza e pusilanimidade, porque a salvação está próxima.» Esses vales não são
senão o temor, que, quando é demasiado grande, nos leva ao desânimo. Olhar para
as grandes faltas cometidas traz um assombro e um medo que abate o coração. Eis
os vales que é preciso preencher de confiança e esperança, para a vinda de
Nosso Senhor.
«Abatei as montanhas e as colinas»: e quais, senão a presunção, o orgulho e o amor-próprio, que são grandes empecilhos para a vinda de Nosso Senhor, que tem o costume de humilhar e abater os soberbos, pois penetra até ao fundo do coração, para descobrir o orgulho que lá se esconde. «Aplanai os caminhos, endireitai as veredas tortuosas, para as nivelar.» É como se dissesse: «Endireitai tudo o que são intenções oblíquas, para ficar somente com a que agrada a Deus, fazendo penitência, que deve ser o objetivo visado por todos nós.»
Endireitai os caminhos, para nivelar os humores pela mortificação das paixões, inclinações e aversões. Oh, como é desejável essa equanimidade de espírito e de humor; devemos trabalhar afincadamente para a adquirir! Pois nós somos mais volúveis e inconstantes do que pensamos. Encontraremos pessoas que, estando bem-humoradas, terão uma conversa agradável e alegre; mas virai a moeda e na outra face encontrá-las-eis desgostosas e inquietas — são esses os caminhos tortuosos e ásperos a aplanar para a vinda de Nosso Senhor.
«Abatei as montanhas e as colinas»: e quais, senão a presunção, o orgulho e o amor-próprio, que são grandes empecilhos para a vinda de Nosso Senhor, que tem o costume de humilhar e abater os soberbos, pois penetra até ao fundo do coração, para descobrir o orgulho que lá se esconde. «Aplanai os caminhos, endireitai as veredas tortuosas, para as nivelar.» É como se dissesse: «Endireitai tudo o que são intenções oblíquas, para ficar somente com a que agrada a Deus, fazendo penitência, que deve ser o objetivo visado por todos nós.»
Endireitai os caminhos, para nivelar os humores pela mortificação das paixões, inclinações e aversões. Oh, como é desejável essa equanimidade de espírito e de humor; devemos trabalhar afincadamente para a adquirir! Pois nós somos mais volúveis e inconstantes do que pensamos. Encontraremos pessoas que, estando bem-humoradas, terão uma conversa agradável e alegre; mas virai a moeda e na outra face encontrá-las-eis desgostosas e inquietas — são esses os caminhos tortuosos e ásperos a aplanar para a vinda de Nosso Senhor.
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