No
sábado santo honra-se a sepultura de Jesus Cristo e a sua descida ao
Limbo, e, depois do sinal do Glória, começa-se a honrar a sua gloriosa
ressurreição.
A noite do sábado santo é especial e solene, é denominada também como Vigília Pascal.
A Vigília Pascal, era antigamente à meia-noite, mas depois foi mudada para ser a partir das 20 horas, no entanto, ela não pode começar antes do início da noite e deve terminar antes da aurora do domingo.
É considerada "a mãe de todas as santas Vigílias" (S.
Agostinho, Sermão 219: PL 38, 1088. 1). Nela a Igreja mantém-se em
vigília, à espera da Ressurreição do Senhor. E celebra-a com os
sacramentos da Iniciação cristã. Esta noite é "uma vigília em honra do Senhor" (Ex 12,42).
Assim ouvindo a advertência de Nosso Senhor no Evangelho (Lc 12, 35), aguardamos o retorno do Senhor, tendo nas mãos lâmpadas acesas, para que ao voltar nos encontre vigilantes e nos faça sentar à sua mesa.
A vigília desta noite é dividida do seguinte modo:
1º - A celebração da luz;
2º - A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa;
3º - O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do sacramento do batismo;
4º - E por fim a tão esperada comunhão pascal, na qual rendemos ação de graças a Nosso Senhor por sua gloriosa ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
1º - A celebração da luz;
2º - A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa;
3º - O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do sacramento do batismo;
4º - E por fim a tão esperada comunhão pascal, na qual rendemos ação de graças a Nosso Senhor por sua gloriosa ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
Benção do lume novo
As luzes da igreja estão todas apagadas. Do lado de fora está um fogareiro preparado pelo sacristão antes do início das funções, com a faísca tirada de uma pedra.
Junto está uma colher para recolher as brasas e colocá-las dentro do turíbulo. Então o celebrante abençoa o fogo e o turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo.
Junto está uma colher para recolher as brasas e colocá-las dentro do turíbulo. Então o celebrante abençoa o fogo e o turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo.
A benção se originou na Gália (França). O costume de extrair fogo golpeando uma pedra provém da antiguidade germânica. A pedra representa Cristo, "a pedra angular" que, sob os golpes da cruz, jorrou sobre nós o Espírito Santo.
O fogo novo, representativo da Ressurreição de Nosso Senhor, luz Divina
apagada por três dias, que há de aparecer ao pé do túmulo de Cristo,
que se imagina exterior ao recinto da igreja, e resplandecerá no dia da
ressurreição.
Este fogo deve ser novo porque Nosso Senhor,
simbolizado por ele, acaba de sair do túmulo. Essa cerimônia era já
conhecida nos primeiros séculos. Tem sua origem no costume romano de
iluminar a noite com muitas lâmpadas. Essas lâmpadas passam a ser
símbolo do Senhor Ressuscitado dentro da noite da morte.
O círio pascal
Este talvez seja o único objeto litúrgico que pode ser visto apenas por quarenta dias.
Surge no início da vigília pascal e no dia da Ascensão do Senhor desaparece.
O círio pascal é símbolo da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É a evocação de Cristo glorioso, vencedor da morte.
Originalmente
o círio tinha a altura de um homem, simbolizando Cristo-luz que brilha
entre as trevas. Os teólogos enriqueceram-no com elementos simbólicos.
Um acólito traz ao celebrante o círio pascal, que grava no mesmo as
seguintes inscrições:
1º - Uma cruz. Dizendo: "Cristo ontem e hoje. Princípio e fim".
2º - As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego. Isso quer significar que Deus é "o principio e o fim de tudo", que tudo provém de Deus, subsiste por causa dele e vai para ele: "Alfa e Ômega".
3º - Os algarismos, colocados entre os braços da cruz, marcando as cifras do ano corrente. É para expressar que Jesus
Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o princípio e o fim de
tudo, o Senhor do tempo, é o centro da História e a Ele compete o tempo,
a eternidade, a glória e o poder pelos séculos, a ele oferecemos este
ano e tudo o que nele fizermos; "A ele o tempo e a eternidade a glória e o poder pelos séculos sem fim. Amém".
4º - Cinco grãos de incenso em forma de cravos, nas
cinco cavidades previamente feitas no meio do círio, dispostas em forma
de cruz. Esse cerimonial simboliza as cinco chagas de Nosso Senhor nas
quais penetraram os aromas e perfumes levados por Santa Maria Madalena e
as santas mulheres ao sepulcro.
O incenso é uma substância aromática que queimamos em louvor a Deus. Sua
fumaça, subindo, simboliza nosso desejo de permanente união com Ele e
de que nossa vida, nossas ações e nossas orações sejam agradáveis ao
Senhor.
(...)
Missa solene
A
missa é a primeira das duas que são cantadas na páscoa. Esta celebração
mostra um caráter de extremo júbilo e magnificência, em forte contraste
com a mágoa intensa da sexta-feira santa.
Vemos
agora os altares e os dignatários paramentados em grande gala. Ouvem-se
as notas alegres do Gloria in excelsis, unidas ao repicar festivo dos
sinos.
O
aleluia que não era ouvido desde o início da quaresma, volta a ser
entoada após as leituras. Essa é na realidade a missa da madrugada da
Páscoa. É por assim dizer, a aurora da ressurreição.
Por: Emílio Portugal Coutinho
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