EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
22º
Domingo do Tempo Comum
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado,
em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O
observavam.
Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu;
então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar.
Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído.
Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos;
e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos».
Comentário do dia: São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Do amor aos pobres, 8, 14
Do amor aos pobres, 8, 14
«Quando
ofereceres um banquete, convida os pobres»
Velemos pela saúde do nosso próximo com
o mesmo cuidado com que velamos pela nossa, esteja ele saudável ou desgastado
pela doença. Porque «somos todos um só no Senhor» (Rom 12,5), ricos e pobres,
escravos e livres, sãos e doentes. Para todos, há uma só cabeça, princípio de
tudo - Cristo (Col 1,18); o que os membros do corpo são uns para os outros, é
cada um de nós para cada um dos seus irmãos. Por isso, não podemos negligenciar
nem abandonar os que caíram antes de nós num estado de fraqueza a que a todos
estamos sujeitos.
Antes de nos regozijarmos por estarmos de boa saúde,
compadeçamo-nos da infelicidade dos nossos irmãos mais pobres. [...] Eles são à
imagem de Deus tal como nós e, apesar da sua aparente decadência, mantiveram
melhor do que nós a fidelidade a essa imagem. Neles o homem interior revestiu o
próprio Cristo e eles receberam o mesmo «penhor do Espírito» (2Cor 5,5), têm as
mesmas leis, os mesmos mandamentos, as mesmas alianças, as mesmas assembleias,
os mesmos mistérios, a mesma esperança. Cristo, Aquele «que tira o pecado do
mundo» (Jo 1,29), também morreu por eles. Eles tomam parte da herança da vida
celeste, depois de terem sido privados de muitos bens neste mundo. São
companheiros de Cristo nos seus sofrimentos e sê-lo-ão na sua glória.
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