Jesus, Maria, José: três perfeições que chegaram todas ao pináculo a que
cada uma devia chegar; três auges que se amavam e se inter compreendiam
intensamente; três
perfeições altíssimas, admiráveis, desiguais, realizando uma harmonia
de desigualdades como jamais houve na face da Terra.
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2707415659588848496#editor/target=post;postID=4952843537153683343perfeições altíssimas, admiráveis, desiguais, realizando uma harmonia
de desigualdades como jamais houve na face da Terra.
A santidade, a nobreza e a hierarquia na Sagrada Família
Uma família que, realmente, não poderia deixar de ser chamada de Sagrada: Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Maria a Virgem Mãe de Deus que trouxe em seu seio Nosso Senhor Jesus Cristo e São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus.
Não
estaria fora de propósito que, por ocasião destas comemorações
recomendadas pela Igreja, pensássemos um pouco nessa Família modelo. Por
exemplo, poderíamos cogitar um pouco sobre a pergunta seguinte: Como
seria a santidade, a nobreza e a hierarquia na Sagrada Família?
Nessa
Família nós temos a presença do Filho de Deus feito Homem. No Evangelho
de São Lucas (Lc. 2, 52) está dito que o Menino Jesus "crescia em
sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens".
São
palavras inspiradas pelo Espírito Santo e, portanto, verdadeiras. Elas
nos ensinam que no Homem Deus ainda havia o que crescer. De qualquer
natureza que fosse esse crescimento, era um crescimento da perfeição
perfeitíssima para algo que era uma perfeição ainda mais perfeitíssima.
Por outro lado, nessa Família temos também Nossa Senhora.
Se
considerarmos tudo quanto Ela é, nós veremos n'Ela um tal acúmulo de
perfeições criadas, que um Papa chegou a declarar: d'Ela se pode dizer
tudo em matéria de elogio, desde que não se Lhe atribua a divindade.
Maria foi concebida sem pecado original e confirmada em graça logo a
partir do primeiro instante do seu ser. Ela não podia pecar, não podia
cair na mais leve falta, porque estava garantida por Deus contra isso.
Não
tendo defeitos - isso é um aspecto importante desta consideração -
também Nossa Senhora crescia constantemente em virtude. Ao lado do
Menino Jesus e de Nossa Senhora estava São José convivendo com eles. É
difícil elogiar qualquer homem, qualquer grandeza terrena, depois de
considerar a grandeza de São José. O homem casto, virginal por
excelência, descendente de Davi.
São
Pedro Julião Eymard (cfr. "Extrait des écrits du P. Eymard", Desclée de
Brouwer, Paris, 7ª ed., pp. 59-62) nos ensina que São José era o chefe
da Casa de Davi. Ele era o pretendente legítimo ao trono de Israel. Ele
tinha direito sobre o mesmo trono que fora ocupado e derrubado por
falsos reis, enquanto Israel era dividido e, por fim, dominado pelos
romanos.
Três ascensões constantes, três auges atingidos.
São
José era um varão perfeito, modelado pelo Espírito Santo para ter
proporção com Nossa Senhora. Pode-se imaginar a que píncaro, a que
altura São José deve ter chegado para estar em proporção com Nossa
Senhora! É algo imenso, inimaginável. É sumamente provável que São José
também tenha sido confirmado em graça.
Então,
assim sendo, na humilde casa de Nazaré, pode-se dizer que a cada
momento que se passava, as três pessoas dessa Família Sagrada cresciam
em graça e santidade diante de Deus e dos homens. São José deve ter
falecido antes do início da vida pública de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele
é o padroeiro da boa morte, porque tudo leva a crer que tenha sido
assistido em sua agonia por Nossa Senhora e pelo Divino Redentor. Nos
instantes finais de sua vida, Jesus e Maria o ajudaram a elevar sua alma
à perfeição para a qual ele fora criado. Não
era a perfeição de Nossa Senhora, era uma perfeição menor. Mas era a
perfeição enorme para a qual ele tinha sido chamado. Quando seu olhar
embaçado já se ia apagando para a vida, São José contemplou Aquela que
era sua esposa e Aquele que juridicamente era seu filho.
Jesus,
Maria, José: três perfeições que chegaram todas ao pináculo a que cada
uma devia chegar; três auges que se amavam e se inter compreendiam
intensamente; três perfeições altíssimas, admiráveis, desiguais,
realizando uma harmonia de desigualdades como jamais houve na face da
Terra.
Entretanto,
a hierarquia posta por Deus entre estas três sublimes desigualdades era
de uma ordem admiravelmente inversa: Aquele que era o chefe da Casa no
plano humano era o menor na ordem sobrenatural; o Menino, que deveria
prestar obediência aos pais, era Deus.
Uma
inversão que nos faz amar ainda mais as riquezas e as complexidades de
qualquer ordem verdadeiramente hierárquica; uma inversão que leva a alma
fiel, a alma desejosa de meditar sobre tão elevado tema, a entoar um
hino de louvor, de admiração e de fidelidade a todas as hierarquias, a
todas as desigualdades estabelecidas por Deus.
À
primeira vista, a constituição da Sagrada Família é um mistério. Pois
nela quem tem mais autoridade é São José, como patriarca e pai, com
direito sobre a esposa e sobre o fruto de suas puríssimas entranhas.
orientação e a formação dada por José; e também à sua Mãe, a criatura Sua. Que imenso, insondável e sublime paradoxo!
Assim,
na ordem natural, José é o chefe; Maria, a esposa e mãe; e Jesus, a
criança. Porém, na ordem sobrenatural, o Menino é o Criador e Redentor;
Ela, a Medianeira de todas as graças, Rainha do Céu e da Terra; e José, o
que de si tem menos poder, exerce a autoridade sobre Nossa Senhora, a
qual tem a ciência infusa e a plenitude da graça, e sobre o Menino, que é
o Autor da graça.
Por que dispôs Deus essa inversão de papéis?
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