EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
4º Domingo do Advento
Evangelho segundo S. Mateus 1,18-24.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de
José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do
Espírito Santo.
Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.
Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe
disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que
nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do
Profeta, que diz:
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus conosco’».
Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus conosco’».
Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.
Comentário do dia: Leão XIII (1810-1903), papa
Encíclica «Quanquam pluries»
«José, filho de David, não temas
receber Maria, tua esposa»
As razões e os motivos pelos quais S. José é especialmente patrono da
Igreja e que fazem com que, em troca, a Igreja espere muito da sua proteção e
do seu patrocínio, são que José foi o esposo de Maria e foi considerado o pai
de Jesus Cristo. Daí a sua dignidade, o seu favor, a sua santidade, a sua
glória. É certo que a dignidade da Mãe de Deus é tal, que nada pode ser criado
acima dela. Todavia, como José esteve unido à bem-aventurada Virgem através do
laço conjugal, não se pode duvidar de que se tenha aproximado mais do que
ninguém dessa dignidade supereminente pela qual a Mãe de Deus ultrapassa em
muito todas as naturezas criadas. Com efeito, o matrimônio é a relação pessoal
e a união mais íntima de todas; ele pressupõe, pela sua própria natureza, uma
comunidade de bens entre os cônjuges. Por isso, ao dar-lhe José como esposo,
Deus deu à Virgem, não apenas um companheiro para a vida, uma testemunha da sua
virgindade e um guardião da sua honra, mas também, em virtude do próprio pacto
conjugal, um participante na sua dignidade sublime.
De maneira semelhante, José brilha entre todos pela sua enorme dignidade, porque foi, por vontade divina, o guardião do Filho de Deus, considerado seu pai pelos homens. Donde resultava que o Verbo de Deus estava humildemente submetido a José, lhe obedecia, e cumpria todos os deveres que as crianças devem cumprir com seus pais.
Desta dupla dignidade decorriam naturalmente os encargos que a natureza impõe aos pais de família, de tal maneira que José era o guardião, o administrador e o defensor legítimo e natural daquela família divina da qual era o chefe. [...] Ora, a divina família que José governava com autoridade de pai continha as primícias da Igreja nascente. [...] São estas as razões pelas quais o bem-aventurado Patriarca considera que lhe está particularmente confiada a multidão dos crentes que constitui a Igreja.
De maneira semelhante, José brilha entre todos pela sua enorme dignidade, porque foi, por vontade divina, o guardião do Filho de Deus, considerado seu pai pelos homens. Donde resultava que o Verbo de Deus estava humildemente submetido a José, lhe obedecia, e cumpria todos os deveres que as crianças devem cumprir com seus pais.
Desta dupla dignidade decorriam naturalmente os encargos que a natureza impõe aos pais de família, de tal maneira que José era o guardião, o administrador e o defensor legítimo e natural daquela família divina da qual era o chefe. [...] Ora, a divina família que José governava com autoridade de pai continha as primícias da Igreja nascente. [...] São estas as razões pelas quais o bem-aventurado Patriarca considera que lhe está particularmente confiada a multidão dos crentes que constitui a Igreja.
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