EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
19º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Mateus 14,22-33.
Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a
subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a
multidão.
Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho.
O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho.
O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que
fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não
temais».
Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as
águas».
«Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!».
Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?».
Logo que subiram para o barco, o vento amainou.
Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus, e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».
«Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!».
Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?».
Logo que subiram para o barco, o vento amainou.
Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus, e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».
Comentário do dia: Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Comentário ao Evangelho de Mateus, 11, 6
«Tu és verdadeiramente o Filho de Deus»
Quando tivermos suportado as longas horas da noite escura que domina os
momentos de prova, quando tivermos feito o melhor que sabemos, [...] tenhamos a
certeza de que, para o fim da noite, quando «a noite vai adiantada, e o dia
está próximo» (Rom 13, 12), o Filho de Deus virá até junto de nós, caminhando
sobre as ondas. Quando O virmos aparecer assim, ficaremos perturbados, até
compreendermos claramente que é o Salvador que vem ao nosso encontro. Pensando
ainda que vemos um fantasma, gritaremos de medo, mas Ele dir-nos-á
imediatamente: «Tende confiança, sou Eu, não temais.»
Talvez essas palavras de conforto façam surgir em nós um Pedro a caminho da perfeição, que desça da barca, seguro de ter escapado à prova que o abalava. Inicialmente, o seu desejo de se aproximar de Jesus permitir-lhe-á andar sobre as águas. Mas, tendo ele uma fé ainda pouco segura, estando ainda cheio de dúvidas, aperceber-se-á da «força do vento», terá medo e começará a afundar-se. Escapará porém a tal infortúnio, apelando para Jesus com um forte brado: «Senhor, salva-me!» E, mal este Pedro acabe de dizer «Senhor, Salva-me!», já o Verbo terá estendido a mão para o socorrer, agarrando-o quando ele começava a afundar-se, censurando-lhe a falta de fé e as dúvidas. Notemos, porém, que Ele não diz: «Incrédulo!», mas antes: «Homem de pouca fé!», e acrescenta: «Porque duvidaste?», ou seja: «Tinhas alguma fé, mas deixaste-te levar na direção contrária.» E Jesus e Pedro voltarão a entrar para a barca, o vento acalmar-se-á e os outros discípulos, compreendendo os perigos a que escaparam, adorarão a Jesus dizendo: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus» – palavras que só os discípulos próximos de Jesus, os que se encontravam na barca, podiam proferir.
Talvez essas palavras de conforto façam surgir em nós um Pedro a caminho da perfeição, que desça da barca, seguro de ter escapado à prova que o abalava. Inicialmente, o seu desejo de se aproximar de Jesus permitir-lhe-á andar sobre as águas. Mas, tendo ele uma fé ainda pouco segura, estando ainda cheio de dúvidas, aperceber-se-á da «força do vento», terá medo e começará a afundar-se. Escapará porém a tal infortúnio, apelando para Jesus com um forte brado: «Senhor, salva-me!» E, mal este Pedro acabe de dizer «Senhor, Salva-me!», já o Verbo terá estendido a mão para o socorrer, agarrando-o quando ele começava a afundar-se, censurando-lhe a falta de fé e as dúvidas. Notemos, porém, que Ele não diz: «Incrédulo!», mas antes: «Homem de pouca fé!», e acrescenta: «Porque duvidaste?», ou seja: «Tinhas alguma fé, mas deixaste-te levar na direção contrária.» E Jesus e Pedro voltarão a entrar para a barca, o vento acalmar-se-á e os outros discípulos, compreendendo os perigos a que escaparam, adorarão a Jesus dizendo: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus» – palavras que só os discípulos próximos de Jesus, os que se encontravam na barca, podiam proferir.
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