Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
23º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 14, 25-33)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
28Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz.
33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!»
Hoje, Jesus indica-nos o lugar que
deve ocupar o próximo na nossa hierarquia de amor e fala-nos sobre o
seguimento a sua pessoa, que é o que deve caracterizar a vida cristã, um
itinerário que transcorre por diferentes períodos no qual acompanhamos
Jesus Cristo com nossa cruz: «Quem não carrega sua cruz e não caminha
após mim, não pode ser meu discípulo» (Lc 14,27).
Entra Jesus em conflito com a Lei de Deus, que nos ordena honrar os
nossos pais e amar ao próximo, quando diz: «Se alguém vem a mim, mas não
me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e
suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo?» (Lc
14,26) Naturalmente que não. Jesus Cristo disse que não veio para
derrogar a Lei, mas para levá-la a sua plenitude; por isso Ele lhe dá a
interpretação justa. Ao exigir um amor incondicional, próprio de Deus,
declara que Ele é Deus, que devemos amá-lo sobre todas as coisas e que
devemos ordená-lo em seu amor. Em nosso amor a Deus, que leva-nos a
entregar-nos confiadamente a Jesus Cristo, amaremos ao próximo com um
amor sincero e justo. Diz Santo Agostinho: «Te arrasta o afã pela
verdade de Deus e de perceber sua vontade nas Santas Escrituras».
A vida cristã é uma constante viagem com Jesus. Hoje, muitos acreditam,
teoricamente, ser cristãos, mas não viajam com Jesus: ficam no ponto de
partida e não começam o caminho, ou o abandonam em seguida, ou fazem
outra viagem com outros parceiros. A bagagem para viajar nesta vida com
Jesus é a Cruz, cada um com a sua; mas junto à porção de dor que
corresponde aos seguidores de Cristo, inclui-se também, o consolo com o
qual Deus conforta suas testemunhas em qualquer classe de prova. Deus é a
nossa esperança e nele está a fonte de vida.- Rev. D.
Joaquim
MESEGUER García
(Rubí, Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Aproveita ainda mais os pequenos sofrimentos do que os grandes. Deus não olha tanto para o que se sofre, mas para a maneira como se sofre. Sofrer pouco ou muito, sofrer por Deus, é sofrer como santo» (São Luís Mª Grignion de Montfort)
«Há sempre este caminho que Ele fez primeiro: o caminho da humildade, o caminho também da humilhação, de negar-se a si mesmo e depois ressuscitar. Este é o caminho!» (Francisco)
«(…) Desde o princípio, os primeiros discípulos arderam no desejo de anunciar Cristo: ‘Nós é que não podemos deixar de dizer o que vimos e escutamos' (Act 4, 20). E convidam os homens de todos os tempos a entrar na alegria da sua comunhão com Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 425)
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