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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Santo do Dia - 16 de novembro

Santa Gertrudes

Monja beneditina (1256-1302)

A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos.

Aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.

Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam. Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico. Com ela, Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas, muitas revelações de Deus.

A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra.  

 Essa notável mística cristã do período medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII.


Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do Pai, em 1302.

A tradicional festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi autorizada e mantida nesta data pelo papa Clemente XII, em 1738.



Santa Gertrudes, rogai por nós!

São José Moscati

Médico (1880-1927)

Um santo de avental branco, um santo de nosso tempo, que soube viver integralmente no mundo universitário — do qual era um apreciado expoente — e traduzi-lo na prática cotidiana da profissão de médico, antecipando em alguns lustros aquilo que será chamado a opção pelos pobres.

Nasceu em Benevento, mas atuou sobretudo em Nápoles. Aos pobres dessa cidade dedicou de fato a maior parte de seu tempo. Aos doentes que enchiam seu consultório privado nunca pediu dinheiro. Ao contrário. Na sala de espera havia colocado uma cestinha com o cartaz: “Se tens, coloca quanto queres; se não tens, pega-o”.

Em um hipotético futuro, esta história será talvez relegada aos embelezamentos "post mortem". Mas hoje somos testemunhas da caridade heróica desse santo, amado por sua gente, que tocou com a mão a não ostensiva generosidade e a modéstia desse luminar da ciência médica. Beatificado em 1975, subiu rapidamente ao cume da santidade com a solene canonização em 1987.

 
São José Moscati, rogai por nós!


Santa Margarida da Escócia

Santa Margarida nasceu em Mecseknádasd, Hungria, no ano de 1046, isso quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) ali vivia exilado devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha, portanto, oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.

Vivendo na Escócia, em 1070, Margarida casou-se com o rei Malcom III, tornando-se rainha da Escócia. Dessa união, tiveram oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e ficou conhecida com o nome de Santa Matilde) com os quais buscava a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).

Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, a ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo.

Graças a Margarida, os cultos religiosos foram uniformizados e conformados com os da Igreja de Roma. Determinou que o jejum quaresmal fosse respeitado, e que a Páscoa fosse celebrada; recomendou a frequente busca pela confissão e a abstenção dos trabalhos aos domingos. Incentivou a construção de igrejas, capelas e escolas, difundindo a educação religiosa. Com seu intermédio, monges beneditinos fundaram mosteiros na Escócia.

Com a saúde debilitada, Margarida adoeceu, em 1093, enquanto seu esposo e filho mais velho tiveram que participar de uma batalha contra Guilherme, o Vermelho, que invadia toda a Escócia. Ambos faleceram neste mesmo ano. Margarida, que tanto os amava, não se desesperou, e sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”.

Santa Margarida faleceu no dia 16 de novembro de 1093 no Castelo de Edimburgo. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.

Em 1250, foi canonizada pelo Papa Inocêncio IV devido a seu exemplo de vida e fidelidade à Igreja e caridade para com os necessitados.


Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!
 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Novena de Jesus das Santas Chagas

Novena de Jesus das Santas Chagas  

Padre Reginaldo Manzotti.

+ Por Suas Santas Chagas

+ Suas Chagas Gloriosas

+ O Cristo Senhor me proteja e me guarde.

Senhor Jesus, foste elevado na Cruz para que por Vossas Santas Chagas, sejam curadas as de nossas almas. Eu Vos louvo e agradeço
pelo Vosso ato redentor.
Carregaste em Vosso próprio corpo os meus pecados e de toda a humanidade.
Nas Vossas Santas Chagas coloco minhas intenções.
Minhas preocupações, ansiedades e angústias.
Minhas enfermidades físicas e psíquicas.
Meus sofrimentos, dores, alegrias e necessidades.
Em Vossas Santas Chagas Senhor,
coloco minha família.
Envolvei Senhor a mim e meus familiares
protegendo-nos do mal.

(instante de silêncio)

Senhor, ao mostrar Vossas Santas Chagas Gloriosas a Tomé e o mandando tocar em Vosso lado aberto,
o curaste da incredulidade.
Eu Vos peço, Senhor, permita-me refugiar em
Vossas Santas Chagas e por mérito desses sinais de Vosso amor curai a minha falta de fé.
Ó Jesus, pelos méritos de Vossa Paixão, Morte e Ressurreição, dai-me a graça de viver os frutos da nossa redenção.

Amém.


 

 Associação EVANGELIZAR é  Preciso

Padre Reginaldo Manzotti

 

Santo do Dia - 15 de novembro

Santo Alberto Magno


Bispo e doutor da Igreja (1200-1280)

Soldado do Senhor e administrador do Reino de Deus, devotíssimo da Virgem Maria, Santo Alberto optou pelos desejos do coração de Deus 

Alberto — que a posteridade chamará “Magno”, isto é, grande —, nascido em Lauingen, na Baviera, em 1200, está entre os primeiros pensadores medievais a afirmar a autonomia da ciência e da filosofia em relação à teologia.

Verdadeiro gênio enciclopédico, capaz de mover-se com grande segurança nos mais diferentes campos do conhecimento humano, conviveu em perfeita harmonia entre as razões da ciência e da fé. “Senhor Jesus”, rezava, “invocamos a tua ajuda para não nos deixarmos seduzir pelas vãs palavras tentadoras sobre a nobreza da família, sobre o prestígio da instituição, sobre o que a ciência tem de atraente.”

Era com efeito de origem nobre, mas ao contrário do discípulo são Tomás de Aquino, a família não se opôs a que ele vestisse o humilde hábito dos frades mendicantes; e com ainda menor dificuldade obteve em Paris o título de mestre e uma vasta fama em toda a Europa, nos campos científico e teológico.

Completou seus estudos universitários em Pádua, onde encontrou o mestre-geral dos dominicanos, o beato Jordão da Saxônia, que o encaminhou à vida religiosa.

Ensinou filosofia em Hildesheim, Eriburgo, Ratisbona, Estrasburgo, depois em Paris e Colônia, onde teve entre seus alunos Tomás de Aquino, do qual reconheceu logo os grandes dotes. “Vós o chamais o boi mudo”, disse aos outros alunos, que com tal expressão haviam definido o taciturno companheiro de estudo, “mas ele, com sua doutrina, emitirá ruídos que serão ouvidos em todo o mundo”.

Eleito superior provincial da Alemanha, percorreu a pé as várias regiões, para estar próximo das comunidades religiosas a ele confiadas, mendigando ao longo do trajeto o pão e o teto. O filho do conde de Bollstadt, nomeado bispo de Ratisbona, viveu em perfeito espírito de pobreza, assimilado na vida religiosa: “Nas suas gavetas não havia uma moeda”, disse dele alguém que o conheceu de perto, “nem uma gota de vinho na barrica ou um punhado de grãos no celeiro.”

Permaneceu na direção da diocese somente dois anos, depois, com o beneplácito do papa, pôde retornar a seu convento de Würzburgo e de novo lecionar na Universidade de Colônia, onde concluiu sua laboriosa existência. Canonizado em 1931, recebeu depois de Pio XII o título de doutor da Igreja e padroeiro dos cultivadores das ciências naturais.


Santo Alberto Magno, rogai por nós!


domingo, 14 de novembro de 2021

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

 

33º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mc 13,24-32)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus, 

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.

26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.

28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.

30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.

 — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO

«Está próximo»

Hoje, recordamos como a Igreja nos preparava, ao começar o ano litúrgico, para a primeira vinda de Cristo, que nos traz a salvação. A duas semanas do final do ano, prepara-nos para a segunda vinda, aquela em que se pronunciará a última e definitiva palavra sobre cada um de nós.

Perante o Evangelho de hoje podemos pensar que ainda vem longe, mas «Ele está próximo» (Mc 13,29). E, contudo, na nossa sociedade é incômodo - até incorreto! - aludir à morte. Porém, não podemos falar de ressurreição sem pensar que temos de morrer. O fim do mundo, para cada um de nós, ocorre no dia em que falecermos, momento em que terminará o tempo que nos foi dado para optar. O Evangelho é sempre uma Boa Nova e o Deus de Cristo é Deus de Vida: porquê esse medo?; talvez pela nossa falta de esperança?

Diante da rapidez com que esse juízo chegará, temos de saber converter-nos em juízes severos, não dos outros, mas de nós próprios. Não cair no engano da auto-justificação, do relativismo ou do -eu não acho que seja assim-... Jesus Cristo se nos dá através da Igreja e, com Ele, os meios e recursos para que esse juízo universal não seja o dia da nossa condenação, mas um espetáculo muito interessante, em que finalmente, se tornarão públicas as verdades mais ocultas dos conflitos que tanto atormentaram os homens.

A Igreja anuncia que temos um salvador, Cristo, o Senhor. Menos medos e mais coerência na nossa atuação, de acordo com aquilo em que cremos! «Quando chegarmos à presença de Deus, nos perguntarão duas coisas: se estávamos na Igreja e se trabalhávamos na Igreja; Tudo o resto não tem valor» (Beato J.H. Newman). A Igreja não só nos ensina uma forma de morrer, mas também uma de forma de viver para poder ressuscitar. Porque o que prega não é a sua mensagem, mas a Daquele cuja palavra é fonte de vida. Só partindo desta esperança enfrentaremos com serenidade o juízo de Deus.

Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez (Rubí, Barcelona, Espanha) 


Santo do Dia - 14 de novembro

São José Pignatelli 


Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos
 

José Pignatelli nasceu em 1737 em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para esta cidade onde recebeu, de uma irmã, ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e depois nos colégios de Bilbao e de Saragoça.

 Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas que foram expulsos da Espanha para a Córsega. Entre adversidades, mostrou o Padre Pignatelli grande fortaleza e constância; foi por isso nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos.

Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e, estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente a obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia.

Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que sendo cismática não aceitara a supressão vinda de Roma. Os jesuítas da Rússia ligaram-se a bom número de ex-jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli vem a ser Provincial. Mas o exército francês aparece e dispersa este grupo de jesuítas.

Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Este fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente. 

Foi beatificado por Pio XI em 1933, que chamou o santo de “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir,… o restaurador dos Jesuítas”.
Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.


São José Pignatelli, rogai por nós!



São Serapião


Religioso mercedário e mártir (1179-1240)

A vida deste santo encerra um capítulo da história européia, pois que sua aventura humana e espiritual reflete os fatos de sua época, nos quais esteve presente, se bem que só como “coadjuvante”, talvez a contragosto.

Filho de um capitão inglês a serviço do rei Henrique II, em 1190 participou com o pai da terceira cruzada, sob o comando do célebre Ricardo Coração de Leão. No regresso, foi feito prisioneiro das tropas do duque da Áustria, próximo da laguna vêneta, e mantido como refém.

O duque gostou dele e o tomou a seu serviço na expedição de ajuda ao rei da Espanha contra os mouros. Quando chegaram, a batalha havia terminado. Serapião conseguiu então ficar a serviço do rei Afonso de Castela, para voltar novamente à Áustria, quando o duque tomou parte na quinta cruzada. Neste ponto se encerra sua aventura militar.

Passa, na realidade, a militar sob uma outra bandeira: conhece Pedro Nolasco, o fundador dos mercedários, e decide juntar-se a ele para dedicar-se ao resgate dos escravos.

Para sua primeira missão pacífica dirige-se com são Raimundo Nonato a Argel. Conseguem libertar 150 escravos. E como tinha aprendido a arte da guerra, teve o encargo de seguir as tropas espanholas na conquista das Baleares. Em todo caso, sua missão era fundar nessas ilhas o primeiro convento de sua ordem, que depois confiou à direção de um confrade. Em seguida, dirigiu-se à Inglaterra a fim de erigir um posto avançado da ordem.

Dessa vez, porém, a expedição teve um epílogo trágico: o navio foi assaltado por corsários, Serapião barbaramente espancado e lançado em uma praia deserta porque considerado morto. Recolhido por alguns pescadores, refez-se e pouco depois prosseguiu a viagem para Londres, onde não teve vida fácil.

Foi expulso de modo grosseiro, por haver desaprovado a injusta apropriação dos bens eclesiásticos pelo governo. Voltou à Espanha e prosseguiu na obra caritativa de resgate dos prisioneiros, até que os mouros voltaram sua raiva contra ele: crucificaram-no numa cruz de santo André e, depois de atrozes torturas, decapitaram-no. Seu culto foi confirmado em 1728.


São Serapião, rogai por nós!


sábado, 13 de novembro de 2021

Santo do Dia - 13 de novembro

Santo Estanislau Kostka


Religioso (1550-1568)

Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e as tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos

 
 Santo Estanislau Kostka, penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos

O santo, que lembramos com muito carinho neste dia, nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Nesse ambiente é que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo.

 A semelhança do jovem santo polonês com o contemporâneo são Luís Gonzaga é extraordinária. Ambos provinham de rica e nobre família e conservavam a mesma candura em uma sociedade frívola, à qual se subtraíram com coragem, indo fazer parte da Companhia de Jesus.

Aos 14 anos, Estanislau foi confiado aos jesuítas de Viena  juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano que, com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e às tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: “Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo”.

Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu; e, ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.

Depois desse fato, o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso, enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial, que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado porque adquiriu uma misteriosa febre e, antes de morrer, os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: “Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo”.

Dado que as autoridades austríacas haviam requisitado o edifício do colégio reservado para os estudantes forasteiros, Estanislau teve de recorrer a um quarto de aluguel, como todos os outros alunos, os quais, todavia, longe dos olhos dos severos mestres, foram presa fácil do belo mundo vienense.

Estanislau, ao contrário, manteve-se devoto e diligente, sem jamais deixar de freqüentar a vizinha igreja. Estava assim amadurecendo o propósito de consagrar-se ao Senhor e, para evitar a recusa do pai, voltou-se diretamente para o padre Pedro Canísio, provincial dos jesuítas e futuro santo.

Eludindo a vigilância do preceptor com um hábil estratagema, Estanislau deixou Viena na volta de Dillingen. A reação do pai foi mais violenta que a prevista: ameaçou de fazer expulsar todos os jesuítas da Polônia, mas o jovem não voltou atrás em seus passos. Foi enviado a Roma para completar o noviciado e os estudos de filosofia no Colégio Romano, acolhido por um outro santo, Francisco de Borja, em outubro de 1567.

Mas restava-lhe só um ano vida. Ele tinha prognosticado que morreria jovem, em um dia dedicado à Virgem, pela qual nutria uma terna devoção. Morreu efetivamente no dia da Assunção. Foi canonizado em 1767.


Santo Estanislau Kostka, rogai por nós!


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

São Guido de Anderlecht - protetor contra os males do intestino

São Guido de Anderlecht - protetor contra os males do intestino

São Guido é o protetor contra as doenças do aparelho digestivo,  

sua festa é celebrada em 12 de setembro,  

mas, é sempre lembrado, comemorado,  por seus devotos no dia 12 de cada mês. 

"Tomai, irmãos, por modelo de paciência e de coragem os profetas, 
que falaram em nome do Senhor."
(São Tiago 5,10)
                                                ORAÇÃO:
Ó Deus,  que nos alegrais 
com a celebração  do bem aventurado Confessor São Guido,
fazei que imitemos suas atitudes e ações louváveis 
e mereçamos, por sua intercessão,
 a proteção contra todas as doenças corporais e espirituais, de modo especial os males do aparelho digestivo.

Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. 
Amém!

São Guido de Anderlecht

Nascido em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 


São Guido de Anderlecht, rogai por nós!


Por graça alcançada


Santo do Dia - 12 de novembro

São Josafá Kuncewicz

Bispo e mártir (1584-1623)

São Josafá é o primeiro representante das Igrejas uniatas a ser elevado às honras dos altares da Igreja de Roma. Um santo ecumênico, venerado como apóstolo da unidade dos cristãos do Oriente.


A Rússia havia sido evangelizada por cristãos de Constantinopla em torno do século X e seguiu a Igreja oriental, aceitando ser dela dependente e, em consequência, a separação da Igreja de Roma. Em 1589, com a elevação do metropolita de Moscou à dignidade de patriarca, a Igreja russa tornou-se autônoma.

Quando a Rutênia passou do domínio russo ao polonês, os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, mantiveram os antigos ritos e as tradições da Igreja eslava, denominando-a Igreja uniata.

Neste período histórico se insere a obra pastoral de João Kuncewycz, que na profissão religiosa assumiu o nome de Josafá, o bíblico nome do vale do Cedron. Nascido em Vladimir, na Polônia, foi o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano uniata de Vilna.

Ordenado sacerdote e eleito arquimandrita e coadjutor do arcebispo de Polozk, empreendeu um ativo trabalho missionário aprendido na escola dos jesuítas. Em razão da extraordinária capacidade de atrair e de converter foi chamado “raptor de almas”. Empenhou-se particularmente em reunir à Santa Sé os cristãos apartados, partindo dos grandes dons comuns deles: o batismo, a palavra escrita, a vida da graça, a fé, a caridade e uma terna devoção à Virgem.

A Igreja russa havia de fato conservado intacto o “depósito” da fé, com todos os sacramentos, a rica liturgia, a tradição apostólica e patrística, a espiritualidade monástica, o culto dos santos e em particular o da Virgem. Foi essa intensa espiritualidade o fio condutor que uniu a Igreja eslava a Roma.

Josafá sucedeu ao arcebispo de Polozk e foi barbaramente assassinado por um grupo de sectários em Vitebsk, na Bielo-Rússia, em virtude de sua benemérita atuação em favor da unidade com Roma. Foi canonizado por Pio IX em 1867, e o novo calendário litúrgico tornou obrigatória a sua comemoração.


São Josafá Kuncewicz, rogai por nós!