Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
33º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mc 13,24-32)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.
26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.
28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.
30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Está próximo»
Hoje, recordamos como a Igreja nos
preparava, ao começar o ano litúrgico, para a primeira vinda de Cristo,
que nos traz a salvação. A duas semanas do final do ano, prepara-nos
para a segunda vinda, aquela em que se pronunciará a última e definitiva
palavra sobre cada um de nós.
Perante o Evangelho de hoje podemos pensar que ainda vem longe, mas «Ele
está próximo» (Mc 13,29). E, contudo, na nossa sociedade é incômodo
- até incorreto! - aludir à morte. Porém, não podemos falar de
ressurreição sem pensar que temos de morrer. O fim do mundo, para cada
um de nós, ocorre no dia em que falecermos, momento em que terminará o
tempo que nos foi dado para optar. O Evangelho é sempre uma Boa Nova e o
Deus de Cristo é Deus de Vida: porquê esse medo?; talvez pela nossa
falta de esperança?
Diante da rapidez com que esse juízo chegará, temos de saber
converter-nos em juízes severos, não dos outros, mas de nós próprios.
Não cair no engano da auto-justificação, do relativismo ou do -eu não
acho que seja assim-... Jesus Cristo se nos dá através da Igreja e, com
Ele, os meios e recursos para que esse juízo universal não seja o dia da
nossa condenação, mas um espetáculo muito interessante, em que
finalmente, se tornarão públicas as verdades mais ocultas dos conflitos
que tanto atormentaram os homens.
A Igreja anuncia que temos um salvador, Cristo, o Senhor. Menos medos e
mais coerência na nossa atuação, de acordo com aquilo em que cremos!
«Quando chegarmos à presença de Deus, nos perguntarão duas coisas: se
estávamos na Igreja e se trabalhávamos na Igreja; Tudo o resto não tem
valor» (Beato J.H. Newman). A Igreja não só nos ensina uma forma de
morrer, mas também uma de forma de viver para poder ressuscitar. Porque o
que prega não é a sua mensagem, mas a Daquele cuja palavra é fonte de
vida. Só partindo desta esperança enfrentaremos com serenidade o juízo
de Deus.
Rev. D.
Pedro
IGLESIAS Martínez
(Rubí, Barcelona, Espanha)
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