Santo Alberto Magno
Bispo e doutor da Igreja (1200-1280)
Soldado do Senhor e administrador do Reino de Deus, devotíssimo
da Virgem Maria, Santo Alberto optou pelos desejos do coração de Deus
Alberto — que a posteridade chamará “Magno”, isto é, grande —, nascido
em Lauingen, na Baviera, em 1200, está entre os primeiros pensadores
medievais a afirmar a autonomia da ciência e da filosofia em relação à
teologia.
Verdadeiro gênio enciclopédico, capaz de mover-se com grande segurança
nos mais diferentes campos do conhecimento humano, conviveu em perfeita
harmonia entre as razões da ciência e da fé. “Senhor Jesus”, rezava,
“invocamos a tua ajuda para não nos deixarmos seduzir pelas vãs palavras
tentadoras sobre a nobreza da família, sobre o prestígio da
instituição, sobre o que a ciência tem de atraente.”
Era com efeito de origem nobre, mas ao contrário do discípulo são Tomás
de Aquino, a família não se opôs a que ele vestisse o humilde hábito dos
frades mendicantes; e com ainda menor dificuldade obteve em Paris o
título de mestre e uma vasta fama em toda a Europa, nos campos
científico e teológico.
Completou seus estudos universitários em Pádua, onde encontrou o
mestre-geral dos dominicanos, o beato Jordão da Saxônia, que o
encaminhou à vida religiosa.
Ensinou filosofia em Hildesheim, Eriburgo, Ratisbona, Estrasburgo,
depois em Paris e Colônia, onde teve entre seus alunos Tomás de Aquino,
do qual reconheceu logo os grandes dotes. “Vós o chamais o boi mudo”,
disse aos outros alunos, que com tal expressão haviam definido o
taciturno companheiro de estudo, “mas ele, com sua doutrina, emitirá
ruídos que serão ouvidos em todo o mundo”.
Eleito superior provincial da Alemanha, percorreu a pé as várias
regiões, para estar próximo das comunidades religiosas a ele confiadas,
mendigando ao longo do trajeto o pão e o teto. O filho do conde de
Bollstadt, nomeado bispo de Ratisbona, viveu em perfeito espírito de
pobreza, assimilado na vida religiosa: “Nas suas gavetas não havia uma
moeda”, disse dele alguém que o conheceu de perto, “nem uma gota de
vinho na barrica ou um punhado de grãos no celeiro.”
Permaneceu na direção da diocese somente dois anos, depois, com o
beneplácito do papa, pôde retornar a seu convento de Würzburgo e de novo
lecionar na Universidade de Colônia, onde concluiu sua laboriosa
existência. Canonizado em 1931, recebeu depois de Pio XII o título de
doutor da Igreja e padroeiro dos cultivadores das ciências naturais.
Santo Alberto Magno, rogai por nós!
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