EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo
IX do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Lucas 7,1-10.
Naquele tempo, quando Jesus acabou de
falar ao povo, entrou em Cafarnaum.
Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a
morrer. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe
pedir que fosse salvar aquele servo.
Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente:
«Ele é digno de que lho concedas,
pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga».
pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga».
Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou
dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em
minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será
curado.
Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: ‘Vai’ e ele vai, e a outro: ‘Vem’ e ele vem, e ao meu servo: ‘Faz isto’ e ele faz».
Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: ‘Vai’ e ele vai, e a outro: ‘Vem’ e ele vem, e ao meu servo: ‘Faz isto’ e ele faz».
Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé».
Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.
Comentário do dia: Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 62
«Mas
diz uma palavra e o meu servo será curado»
Como é que o centurião obteve a graça
da cura do seu servo? «Porque também eu tenho os meus superiores a quem devo
obediência e soldados sob as minhas ordens, e digo a um: 'Vai', e ele vai; e a
outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.» Tenho poder
sobre os meus subordinados mas eu também estou submetido a uma autoridade
superior. Se, pois, embora subordinado, tenho, apesar de tudo, o poder de
comandar, o que não poderás fazer Tu, a Quem se submetem todas as potestades?
Este homem pertencia ao povo pagão pois a nação judaica estava ocupada pelos
exércitos do Império Romano. [...].
Mas Nosso Senhor, embora estivesse no meio do povo hebraico, declarava já que a Igreja se espalharia por toda a terra, para onde Ele enviaria os seus apóstolos (cf Mt 8,11). Com efeito, os pagãos acreditaram nele sem O terem visto [...]. O Senhor não entrou fisicamente na casa do centurião; mas, embora ausente de corpo, estava presente pela sua majestade e curou esta casa pela sua fé. Do mesmo modo, o Senhor só estava fisicamente presente no meio do povo hebraico; os outros povos não O viram nascer de uma Virgem, nem sofrer, nem caminhar, nem sujeitar-Se às condições da natureza humana, nem fazer maravilhas divinas. Ele não fez nada disso entre os pagãos e, no entanto, entre eles, realizou-se o que Ele tinha dito a seu respeito: «Povos desconhecidos prestaram-Me vassalagem.» Como é que O serviram se não O conheciam? O salmo continua: «Mal ouviram falar de Mim, logo Me obedeceram e os estrangeiros Me cortejaram» (Sl 17,45).
Mas Nosso Senhor, embora estivesse no meio do povo hebraico, declarava já que a Igreja se espalharia por toda a terra, para onde Ele enviaria os seus apóstolos (cf Mt 8,11). Com efeito, os pagãos acreditaram nele sem O terem visto [...]. O Senhor não entrou fisicamente na casa do centurião; mas, embora ausente de corpo, estava presente pela sua majestade e curou esta casa pela sua fé. Do mesmo modo, o Senhor só estava fisicamente presente no meio do povo hebraico; os outros povos não O viram nascer de uma Virgem, nem sofrer, nem caminhar, nem sujeitar-Se às condições da natureza humana, nem fazer maravilhas divinas. Ele não fez nada disso entre os pagãos e, no entanto, entre eles, realizou-se o que Ele tinha dito a seu respeito: «Povos desconhecidos prestaram-Me vassalagem.» Como é que O serviram se não O conheciam? O salmo continua: «Mal ouviram falar de Mim, logo Me obedeceram e os estrangeiros Me cortejaram» (Sl 17,45).
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