EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
26º
Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.
Naquele
tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos
parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho,
vai hoje trabalhar na vinha’.
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi.
O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de fato não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?».
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi.
O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de fato não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?».
Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus
disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão
diante de vós para o reino de Deus.
João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».
João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».
Meditação para a festa da Exaltação da Santa Cruz
Obedientes
ao Pai, a imitação do Filho
«Seja feita a vossa vontade!» (Mt 6,10)
Isto resume toda a vida do Salvador. Ele veio ao mundo para fazer a vontade do
Pai, não apenas para expiar o pecado de desobediência com a sua obediência (Rom
5,19), mas também para conduzir os homens à sua vocação no caminho da
obediência.
A vontade dos seres criados não está feita para ser livre sendo senhora de si
própria; está chamada a conformar-se com a vontade de Deus. Se com ela se
conformar por submissão livre, é-lhe dado participar livremente no
aperfeiçoamento da criação. Se se recusar a fazê-lo, a criatura livre perde a
sua liberdade. A vontade do homem mantém o livre arbítrio, mas ele é seduzido pelas
coisas deste mundo, que puxam por ele e o empurram em direções que o afastam do
desenvolvimento da sua natureza tal como Deus a quis, e da finalidade que ele
próprio estabeleceu na sua liberdade original. Para além desta liberdade
original, perde a segurança da sua resolução, torna-se vago e indeciso, é
importunado por dúvidas e escrúpulos, ou fica endurecido no seu desregramento.
Contra isso, não há outro remédio senão seguir a Cristo, o Filho do homem, que,
não só obedecia diretamente ao Pai dos Céus, como também Se submeteu aos homens
que para Ele representavam a vontade do Pai. A obediência tal como Deus a quis
liberta a nossa vontade escrava de todos os laços com as coisas criadas e
devolve-lhe a liberdade. É também o caminho para a pureza do coração.
A vontade dos seres criados não está feita para ser livre sendo senhora de si própria; está chamada a conformar-se com a vontade de Deus. Se com ela se conformar por submissão livre, é-lhe dado participar livremente no aperfeiçoamento da criação. Se se recusar a fazê-lo, a criatura livre perde a sua liberdade. A vontade do homem mantém o livre arbítrio, mas ele é seduzido pelas coisas deste mundo, que puxam por ele e o empurram em direções que o afastam do desenvolvimento da sua natureza tal como Deus a quis, e da finalidade que ele próprio estabeleceu na sua liberdade original. Para além desta liberdade original, perde a segurança da sua resolução, torna-se vago e indeciso, é importunado por dúvidas e escrúpulos, ou fica endurecido no seu desregramento.
Contra isso, não há outro remédio senão seguir a Cristo, o Filho do homem, que, não só obedecia diretamente ao Pai dos Céus, como também Se submeteu aos homens que para Ele representavam a vontade do Pai. A obediência tal como Deus a quis liberta a nossa vontade escrava de todos os laços com as coisas criadas e devolve-lhe a liberdade. É também o caminho para a pureza do coração.
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