EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
29º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Mateus 22,15-21.
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a maneira de
surpreender Jesus no que dissesse.
Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus, sem Te deixares influenciar por ninguém, pois não fazes aceção de pessoas.
Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus, sem Te deixares influenciar por ninguém, pois não fazes aceção de pessoas.
Diz-nos o teu parecer: É lícito ou não pagar tributo a César?».
Jesus, conhecendo a sua malícia, respondeu: «Porque Me tentais, hipócritas?
Mostrai-Me a moeda do tributo». Eles apresentaram-Lhe um denário,
e Jesus perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?».
Eles responderam: «De César». Disse-lhes Jesus: «Então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».
Comentário do dia:
São Lourenço de Brindisi (1559-1619), capuchinho, doutor da Igreja
Sermão para o 22º Domingo depois de Pentecostes
Sermão para o 22º Domingo depois de Pentecostes
Ser realmente uma imagem de Deus
«Então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». É
preciso dar a cada um o que lhe pertence. Eis uma palavra verdadeiramente cheia
de sabedoria e de ciência celestial. Porque nos ensina que há duas espécies de
poder: um humano e terreno, outro divino e celeste. [...] Ensina-nos que
devemos estar sujeitos a uma dupla obediência: às leis dos homens e às leis
divinas. [...] Temos de pagar a César a moeda que tem a efígie e a inscrição de
César, e a Deus o que recebeu o sinete da imagem e semelhança divinas:
«Resplandeça sobre nós, Senhor, a luz da tua face!» A luz da tua face deixou em
nós a tua marca, Senhor (Sl 4,7).
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (cf Gn 1,26). Tu és homem, ó cristão. És, portanto, moeda do tesouro divino, uma moeda que tem a efígie e a inscrição do Imperador divino. Assim, pergunto com Cristo: «De quem é esta imagem e esta inscrição?» Tu respondes: «De Deus». E eu digo-te: «Então porque não dás a Deus o que é de Deus?»
Se queremos realmente ser imagem de Deus, devemos assemelhar-nos a Cristo, pois Ele é a imagem da bondade de Deus e «imagem fiel da sua substância» (Heb 1,3). E Deus, «àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho» (Rom 8,29). Cristo deu verdadeiramente a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Ele observou da maneira mais perfeita os preceitos contidos nas duas tábuas da lei divina, «tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Fil 2,8), e por isso foi elevado ao mais alto grau de todas as virtudes visíveis e invisíveis.
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (cf Gn 1,26). Tu és homem, ó cristão. És, portanto, moeda do tesouro divino, uma moeda que tem a efígie e a inscrição do Imperador divino. Assim, pergunto com Cristo: «De quem é esta imagem e esta inscrição?» Tu respondes: «De Deus». E eu digo-te: «Então porque não dás a Deus o que é de Deus?»
Se queremos realmente ser imagem de Deus, devemos assemelhar-nos a Cristo, pois Ele é a imagem da bondade de Deus e «imagem fiel da sua substância» (Heb 1,3). E Deus, «àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho» (Rom 8,29). Cristo deu verdadeiramente a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Ele observou da maneira mais perfeita os preceitos contidos nas duas tábuas da lei divina, «tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Fil 2,8), e por isso foi elevado ao mais alto grau de todas as virtudes visíveis e invisíveis.
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