EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
27º
Domingo do Tempo Comum
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes
dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um
proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar
e levantou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos.
Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no.
Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros. E eles trataram-nos do mesmo modo.
Por fim, mandou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Respeitarão o meu filho’.
Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; matemo-lo e ficaremos com a sua herança’.
E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no.
Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?».
Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos.
Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no.
Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros. E eles trataram-nos do mesmo modo.
Por fim, mandou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Respeitarão o meu filho’.
Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; matemo-lo e ficaremos com a sua herança’.
E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no.
Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?».
Eles responderam: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entreguem os frutos a seu tempo».
Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’?
Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos».
Comentário do dia: São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Homilia 5 sobre o Hexâmeron, 6
Dar
fruto
O Senhor está permanentemente a
comparar a alma humana com uma vinha: «O meu amigo possuía uma vinha numa
colina fértil» (Is 5,1); «plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe» (Mt 21,33).
É, evidentemente, à alma humana que Jesus chama a sua vinha, foi a ela que
cercou, qual sebe, com a segurança que proporcionam os seus mandamentos e a
proteção dos seus anjos, porque «o anjo do Senhor assenta os seus arraiais em
redor dos que O temem» (Sl 33,8). Em seguida, ergueu em nosso redor uma
paliçada, estabelecendo na Igreja «primeiro, apóstolos, segundo, profetas,
terceiro, doutores» (1Cor 12,28).
Por outro lado, através dos exemplos dos homens
santos de outrora, eleva-nos os pensamentos, não os deixando cair por terra,
onde mereceriam ser pisados. Deseja que os abraços da caridade, quais sarmentos
de uma vinha, nos liguem ao nosso próximo e nos levem a repousar nele. Assim,
mantendo permanentemente o impulso em direção aos céus, elevar-nos-emos como
vinhas trepadeiras até aos mais altos cumes.
O Senhor pede-nos também que consintamos em ser podados. Ora, uma alma é podada quando afasta para longe de si os cuidados do mundo, que são um fardo para o nosso coração. Assim, aquele que afasta de si mesmo o amor carnal e a ligação às riquezas, ou que tem por detestável e desprezível a paixão pela miserável vanglória foi, por assim dizer, podado, e voltou a respirar, liberto do fardo inútil das preocupações deste mundo.
Mas – e mantendo ainda a linha da parábola – não podemos produzir apenas lenha, ou seja, viver com ostentação, ou procurar os louvores dos de fora. Temos de dar fruto, reservando as nossas obras para as mostrarmos ao verdadeiro agricultor (Jo 15,1).
O Senhor pede-nos também que consintamos em ser podados. Ora, uma alma é podada quando afasta para longe de si os cuidados do mundo, que são um fardo para o nosso coração. Assim, aquele que afasta de si mesmo o amor carnal e a ligação às riquezas, ou que tem por detestável e desprezível a paixão pela miserável vanglória foi, por assim dizer, podado, e voltou a respirar, liberto do fardo inútil das preocupações deste mundo.
Mas – e mantendo ainda a linha da parábola – não podemos produzir apenas lenha, ou seja, viver com ostentação, ou procurar os louvores dos de fora. Temos de dar fruto, reservando as nossas obras para as mostrarmos ao verdadeiro agricultor (Jo 15,1).
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