São Guntrano
Guntrano teve muitos descaminhos, muitas opções erradas. Teve muitas mulheres e muitos filhos. Como todo ser humano buscou a felicidade, porém, em lugares errados.
Um homem social, político e de grande influência, mas com o coração inquieto e desejoso de algo maior. Deu toda sua herança para um sobrinho e se decidiu a viver uma radicalidade cristã, ou seja, viver o chamado à santidade. Então, Guntrano passou a ouvir a Palavra de Deus e a acolher os conselhos dos bispos. Governou na justiça, a partir dos bons conselhos recebidos.Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus. Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.
Xisto
chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e
semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo
advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de
Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e
que lhe escrevia regularmente.
Ao se tornar papa em 432, Xisto
III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho
teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim
definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado
original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que
o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando
dessa maneira a graça de Deus.
Ele também conduziu com sabedoria
uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a
controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de
Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua
firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III
teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a
lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de
Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.
Depois do Concílio
de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa
Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe
das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria
Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa
Senhora.
Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento
ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de
hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros
santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga
manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na
gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a
tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era
realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.
Durante
o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade
edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante
basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.
Morreu em 19 de
agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um
dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou
sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do
calendário litúrgico.
São Xisto III, rogai por nós!
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