Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
18º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Jo 6, 24-35)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 24quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?”
26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.
28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”
29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.
30Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.
32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.
34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”.
35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
«Senhor, dá-nos sempre desse pão (...) Eu sou o pão da vida»
+ Rev. D. Joaquim FONT i Gassol (Igualada, Barcelona, Espanha)Hoje vemos diferentes atitudes nas
pessoas que buscam a Jesus: uns comeram o pão material, outros pedem um
sinal mesmo quando o Senhor acaba de fazer um prodígio, outros se
apressam para encontrá-lo e fazem de boa fé —poderíamos dizer— uma
comunhão espiritual: «Senhor, dá-nos sempre desse pão» (Jo 6,34).
Jesus deveria estar muito contente com o esforço por buscá-Lo e
segui-Lo. Ensinava a todos e os interpelava de vários modos. A uns
dizia: «Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que
permanece até à vida eterna» (Jo 6,27). Aqueles que perguntaram: «Que
devemos fazer para praticar as obras de Deus?» (Jo 6,28), receberão um
conselho prático, naquela sinagoga de Cafarnaum, onde o Senhor promete a
Sagrada Comunhão: «Crede».
Você e eu, que tentamos nos meter nas páginas deste Evangelho, vemos
refletida nossa atitude? A nós que queremos reviver esta cena, que
expressões nos tocam mais? Estamos prontos para o esforço de buscar a
Jesus depois de tantas graças, doutrina, exemplos e lições que temos
recebido? Sabemos fazer uma boa comunhão espiritual: ‘Senhor dá-nos
sempre deste pão que acalma toda a nossa fome’?
O melhor atalho para encontrar a Jesus é Maria. Ela é a Mãe de Família
que reparte o pão para os filhos no calor do lar paterno. É a Mãe da
Igreja que quer alimentar os seus filhos para que cresçam, tenham
forças, sejam felizes, levem a cabo o seu trabalho santamente e sejam
comunicativos. Santo Ambrósio, em seu tratado sobre os mistérios,
escreve: «E o sacramento que realizamos é o corpo nascido da Virgem
Maria. Acaso aqui, a nível da natureza, podemos pedir o corpo de Cristo,
se o mesmo Jesus nasceu de Maria por cima das leis naturais?».
A Igreja, mãe e mestra, nos ensina que a Sagrada Eucaristia é «o
sacramento da piedade, sinal da unidade, vínculo da caridade, convite
Pascal, no qual se recebe a Cristo, e a alma se enche de graça e nos é
dada a prenda da glória futura»
(Concílio Vaticano II).
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