Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
2º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Jo 2,1-11)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João, Lucas,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”.5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”.
6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram.
9O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água.
10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!”
11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«A mãe de Jesus estava lá. Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento»
Hoje, contemplamos os efeitos
salutares da presença de Jesus e de Maria, Sua Mãe, no centro dos
acontecimentos humanos, como no episódio que nos ocupa: «Naquele tempo,
houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava lá.
Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento» (Jo
2,1-2).
Jesus e Maria, com intensidade diferente, tornam Deus presente em
qualquer lugar onde estejam e, onde está Deus, aí há amor, graça e
milagre. Deus é o bem, a verdade, a beleza, a abundância. Quando o sol
difunde os seus raios no horizonte, a terra ilumina-se e recebe calor, e
toda a vida trabalha para produzir os seus frutos. Quando deixamos que
Deus se aproxime, o bem, a paz e a felicidade crescem manifestamente nos
corações, até então talvez frios ou adormecidos.
A mediação escolhida por Deus para se fazer presente no meio dos homens e
se comunicar profundamente com eles, é Jesus Cristo. A obra de Deus
chega ao coração do mundo através da humanidade de Jesus e, depois,
através da presença de Maria. Os noivos de Caná pouco sabiam sobre
aqueles convidados para a sua boda. O convite correspondia provavelmente
a alguma relação de amizade ou parentesco. Naquela altura, Jesus ainda
não tinha feito nenhum milagre e desconhecia-se a sua importância.
Aceitou o convite porque é a favor das relações humanas importantes e
sinceras e se sentiu atraído pela honestidade e boa disposição daquela
família. Por isso, estava presente naquela celebração familiar. «Este
início dos sinais, Jesus o realizou em Caná da Galiléia» Jo 2,11) e ali o
Messias «abriu o coração dos discípulos à fé graças à intervenção de
Maria, a primeira crente» (João Paulo II).
Aproximemo-nos também da humanidade de Jesus, tratando de conhecer e
amar, mais e de modo progressivo, a Sua trajetória humana, escutando a
Sua palavra, crescendo em fé e confiança, até ver nele o rosto do Pai. Rev. D. Enric PRAT i Jordana
(Sort, Lleida, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O coração de Maria, que não pode menos do que sentir compaixão do infeliz (…), impeliu-a a assumir ela própria o ofício de intercessora e a pedir ao Filho o milagre. Se esta boa Senhora obrou assim sem que lhe pedissem, o que teria acontecido se lhe implorassem?» (Sao Afonso Mª de Ligorio)
«Maria, propriamente, não faz um pedido a Jesus; simplesmente lhe diz: ‘Eles não têm vinho’. Não lhe pede nada em particular, muito menos que Jesus use o seu poder, que faça um milagre produzindo vinho. Ela simplesmente informa a Jesus e deixa ele decidir o que convém fazer» (Bento XVI)
«No umbral da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal –a pedido da sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento (cf. Jo 2,1-11). A Igreja atribui uma grande importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse facto a confirmação da bondade do matrimônio e o anúncio de que, doravante, o matrimônio seria um sinal eficaz da presença de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.613)
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