Santo Ildefonso
Ildefonso veio ao mundo no dia 08 de dezembro de 607, em Toledo, na Espanha. De família real, que resistiu aos romanos, mas, que se renderam politicamente aos visigodos, foi preparado muito bem para o futuro. Estudou com Santo Isidoro em Sevilha. Depois de fugir para o mosteiro de São Damião nos arredores de Toledo, Ildefonso conseguiu dos pais aprovação para se tornar monge, o que aconteceu no mosteiro próximo de sua cidade natal.
Pouco depois de tornar-se diácono, herdou enorme fortuna devido à morte dos pais.
Empregou todas as posses em favor dos pobres e fundou um mosteiro para religiosas. Seu trabalho era tão reconhecido que após a morte do abade de seu mosteiro, foi eleito por unanimidade para sucedê-lo. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo, sendo o responsável pela unificação da liturgia espanhola.
Mais tarde, quando da morte de seu tio e bispo de Toledo, Eugênio II, contra sua vontade foi eleito para o cargo. Chegou a se esconder para não ter que aceitá-lo, sendo convencido pelo rei dos visigodos que o procurou pessoalmente. Depois disso, Ildefonso desempenhou a função com reconhecida e admirada disciplina nos preceitos do cristianismo, a mesma que exigia e obtinha de seus comandados.
Nessa época Ildefonso escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durante e depois do Parto. Exerceu importante influência na Idade Média com seus livros exegéticos, dogmáticos, monásticos e litúrgicos.
Entre suas experiências de religiosidade constam várias aparições. Além de ter visto Nossa Senhora rodeada de virgens, entoando hinos religiosos, recebeu também a "visita" de Santa Leocádia, no dia de sua festa, 09 de dezembro. Ildefonso tentava localizar as relíquias da Santa e esta lhe indicou exatamente o lugar onde seu corpo fora sepultado.
O sábio bispo morreu em 23 de janeiro de 667, sendo enterrado na igreja de Santa Leocádia. Mas, anos depois, com receio da influência que a presença de seus restos mortais representava, os mouros pagãos os transferiram para Zamora, onde ficaram até 888. Somente em 1400 seus despojos foram encontrados sob as ruínas do local e expostos à veneração novamente.
Santo Ildefonso recebeu o título de doutor da Igreja e é tido pela Igreja como o último Padre do Ocidente. Dessa maneira são chamados os grandes homens da Igreja que entre os séculos dois e sete eram considerados como "Pais" tanto no Oriente como no Ocidente, porque foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando as heresias com o seu saber, carisma e iluminação. São aos responsáveis pela fixação das Tradições e Ritos da Igreja.
Santo Ildefonso, rogai por nós!
O século sete é tido, para a Humanidade, como uma época de opulência
para os poderosos e de miséria para o povo, mas o bispo João nunca
deixou de atender a quem quer que o tenha procurado. Os registros e a
tradição mostram que a Providência Divina sempre vinha à sua ajuda e, de
uma forma ou de outra, os mantimentos de que precisava acabavam
chegando às suas mãos. Certamente Deus queria fazer dele um exemplo.
João pertencia a uma família cristã e nasceu no ano 556, na Ilha de
Chipre, numa cidade chamada Amatunte, onde seu pai além de muito rico
era o governador. João sentia-se chamado para a vida religiosa desde
pequeno, alimentando esse desejo até a idade adulta. Como os pais o
impediram de se tornar um sacerdote, com a humildade que lhe era
peculiar, João obedeceu às suas ordens e se casou. Mas seu caminho já
estava traçado por Deus. Pouco tempo depois do casamento a esposa
faleceu. Embora, o sofrimento fosse muito grande com a perda, ele
decidiu seguir seu chamado e se tornou um sacerdote.
Seu trabalho junto aos pobres deu tantos frutos que foi eleito bispo de
Alexandria e, nesta posição de destaque, pôde fazer mais ainda pelos
necessitados. Prontamente mandou cadastrar todos os pobres da cidade,
onde se catalogaram mais de sete mil e quinhentos. Às quartas e
sextas-feiras eram recebidos e auxiliados em tudo que estivesse ao seu
alcance. Quando a população católica da Pérsia se viu perseguida por
causa de sua fé, foi no Egito do bispo João Esmoler, que encontrou
alimento e abrigo.
Na época em que Jerusalém foi arrasada pelos pagãos, também foi o bispo
João quem para lá mandou comida e até recursos para a reconstrução das
igrejas. Entretanto, consigo mesmo era o desapego em pessoa. Tinha uma
única coberta, velha e maltrapilha. Quando um amigo de posses lhe deu um
cobertor novinho e felpudo, jogando a velha coberta fora, João dormiu
apenas uma noite com ele, em sinal de agradecimento, e no dia seguinte o
colocou à venda. Sabedor do gesto do bispo, o doador comprou o cobertor
e lhe deu de presente outra vez. Como seu admirador, lhe propôs um
jogo: quantas vezes ele o colocasse à venda, tantas vezes o compraria
para lhe dar de presente novamente. Assim, o lucro para os pobres foi
grande.
Já sexagenário, em 619, decidiu viajar para Constantinopla aceitando o
convite do imperador, que desejava vê-lo. Porém, ao chegar à cidade de
Rhodes, recebeu uma mensagem profética, de que a sua morte estava bem
próxima. João Esmoler chamou o discípulo que o acompanhava, disse-lhe
que ia cancelar a visita ao imperador, "pois o Rei dos reis também o
chamava" e Ele tinha prioridade. Assim, foi para sua Ilha de Chipre onde
morreu serenamente no dia 23 de janeiro desse mesmo ano.
Em 1974, o cardeal de Veneza, Albino Luciani, que depois se tornaria o
Papa João Paulo I, teve a honra de hospedar na Igreja Matriz de Casarano
as relíquias do corpo de Santo João Esmoler e seu chapéu de bispo, este
que continua guardado nessa igreja e localidade. Desse modo percebemos
que o seu culto se mantém cada vez mais forte e vigoroso.
Santo João Esmoler, rogai por nós!
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