Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
4º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 4,21-30)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: 21“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”
23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”.
24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.
25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.
28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»
+ P. Pere SUÑER i Puig SJ (Barcelona, Espanha)Hoje, neste quarto domingo do
Tempo Comum, a liturgia continua a apresentar-nos Jesus a falar na
sinagoga de Nazaré. Prossegue na continuação do Evangelho do passado
Domingo, no qual Jesus lia na sinagoga a profecia de Isaías: «O Espírito
do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para
anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação
aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos
oprimidos (...)» (Lc 4,18-19). Jesus, ao acabar a leitura, afirma sem
rodeios que esta profecia se cumpre n’Ele.
O Evangelho comenta que os de Nazaré estranhavam que dos seus lábios
saíssem aquelas palavras de graça. O facto de que Jesus fosse bem
conhecido dos nazarenos, já que tinha sido seu vizinho durante a
infância e juventude, não facilitava a sua predisposição para aceitarem
que era um profeta. Lembremos a frase de Natanael: «De Nazaré pode sair
algo de bom?» (Jo 1,46). Jesus censura a sua incredulidade, lembrando
que: «Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua
própria terra» (Lc 4,24). E cita-lhes o exemplo de Elias e de Eliseu,
que fizeram milagres para os forasteiros, mas não para os seus
concidadãos.
Mas a reacção dos nazarenos foi violenta. Queriam atirá-lo para um
precipício. Quantas vezes pensamos que Deus tem que realizar as suas
acções salvadoras adaptando-se aos nossos grandiloquentes critérios!
Ofende-nos que se sirva do que nós consideramos pouca coisa. Gostaríamos
de ter um Deus espectacular. Mas isso é próprio do tentador, no
pináculo: «Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo» (Lc 4,9). Jesus
Cristo revelou-se como um Deus humilde: o Filho do homem «não veio para
ser servido, mas para servir» (Mc 10,45). Imitemo-Lo. Para salvar as
almas, não é necessário ser grande como São Xavier. A humilde Teresa do
Menino Jesus é sua companheira, como padroeira das missões.+ P.
Pere
SUÑER i Puig SJ
(Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Assim, toda alma, privada da virtude e do conhecimento de Deus, ao receber a palavra divina, aprende a alimentar a palavra com o pão das virtudes e a regar a ciência da virtude com a fonte da vida» (S. Basílio Magno)
«Coragem, Deus está sempre a te abençoar, pois caminha contigo. Precisamente pelo dom do Espírito, Jesus fará com que os fiéis participem da sua comunhão filial e da sua intimidade com o Pai» (São João Paulo II)
«No Antigo Testamento, os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias esperado (cf. Is 11,2), em vista da sua missão salvífica. A descida do Espírito Santo sobre Jesus, quando do seu batismo (…) foi o sinal de que era Ele o que havia de vir, de que era o Messias, o Filho de Deus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.286)
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