São Berardo e companheiros mártires
São Berardo e companheiros mártires evangelizavam pregando sobre o Reino de Deus
Em 1219, São Francisco enviou esses missionários para a Espanha, que estava tomada por mouros. Passaram por Portugal a pé, com dificuldades. Dependendo da Divina Providência, chegaram a Sevilha. Ali começaram a pregar, principalmente como testemunho de vida. Eram 3 sacerdotes e dois irmãos religiosos que incomodaram muitas pessoas ao anunciar o Evangelho.
São Marcelo I
No início do ano 304 com a morte do Papa Marcelino, a Igreja viveu um longo e confuso período de sua história, recheado de incertezas e de perseguições, que a desorganizou, inclusive internamente. Neste quadro, apareceu a singela figura de Marcelo I, confundido por muitos anos com o próprio Marcelino pois, alguns biógrafos acreditaram que eram a mesma pessoa e outros historiadores afirmaram, que ele havia sido apenas um padre. Vejamos como tudo se esclareceu e a relevância deste Papa e Santo, para a Igreja.
Os anos trezentos, também para o Império Romano não foram nada agradáveis, pois já se delineava a sua queda histórica. O imperador Diocleciano que se mostrava um tirano insensato e insano, também já não governava por si mesmo, era comandado pelo "vice" Gelásio. Foi a mando dele, que Diocleciano decretou a mais feroz, cruel e sangrenta perseguição aos cristãos, estendida para todos dos domínios do Império. E continuou, após a sua morte, sob o patrocínio do novo imperador Maxêncio.
A Cátedra de São Pedro vivia num período de "vicatio", como é chamado o tempo de ausência entre a eleição legítima e a entrada de um novo pontífice. Foi uma época obscura e de solavancos para toda a Igreja, que agonizava com a confusão generalizada provocada pelas heresias e pelos "lapsis", esta figura sombria que surgira em conseqüência das perseguições.
Em 27 de maio de 308, foi eleito o Papa Marcelo I, um presbítero de origem romana, humilde, generoso, de caráter firme e fé inabalável. Ele assumiu a direção da Igreja, após quatro anos da morte do seu predecessor e se ocupou da difícil tarefa de sua reorganização.
O seu pontificado, ao contrário do que se imaginava, ficou muito bem atestado pelas fontes da época. Nestes relatos se constatou o comportamento pós-perseguição que a Igreja teve com os "lapsis" ou "renegados", como eram chamados os cristãos que, por medo, haviam publicamente renunciado a Fé em Cristo.
A esse respeito, existe o registro de um elogio feito ao papa Marcelo I pelo papa Damásio I em 366, com muita justiça. Enquanto muitos bispos do Oriente pediam a excomunhão destes cristãos, especialmente para os que faziam parte do clero, ele se mostrou rigoroso mas menos radical. Severo, decidiu que a Igreja iria acolhê-los, depois de um período de penitência. Também, determinou que nenhum concílio podia ser convocado sem a prévia autorização do papa.
Mas acabou sendo preso por ordem do imperador Maxêncio, que o exilou e obrigou a trabalhar na sua própria igreja, a qual fôra transformada em estábulo. Morreu em conseqüência dos maus tratos recebidos, no dia 16 de janeiro de 309.
A Igreja declarou Marcelo I santo e mártir da fé, para ser festejado nesta data . As suas relíquias estão guardadas na Cripta dos Papas no cemitério de Santa Priscila, em Roma.
São Marcelo I, rogai por nós!
Os registros mostram que após de serem ameaçados os sacerdotes foram
embarcados num navio que ficaria à deriva até atracar próximo da costa
sul da Itália. Alí os sobreviventes desembarcaram e iniciaram uma
caminhada de pregação do Evangelho ao longo dessa península.
Segundo a tradição, o sacerdote Tammaro foi um aluno da escola de Santo
Agostinho, embora não haja registros que comprovem esse fato. E ainda,
segundo os estudiosos, Tammaro se tornou um monge eremita na região de
Caserta. Devido à sua sabedoria e solidariedade, o povo o teria aclamado
bispo.
São muitos os registros da veneração que o povo tinha por esse
religioso, principalmente os calendários litúrgicos antigos, além das
inúmeras igrejas erguidas em sua homenagem.
Mesmo tendo deixado poucos dados e testemunhos de sua vida, a recordação
e veneração de seu nome se mantiveram vigorosos ao longo dos séculos
chegando aos nossos dias.
Sabe-se que o seu culto teria surgido na região do Benevento,
especificamente onde hoje está a cidade de Nápoles. No século dezessete,
os habitantes o proclamaram como seu padroeiro difundindo amplamente o
seu culto.
Tammaro morreu por volta do ano 490, com a idade já avançada, na Vila
Literno e foi sepultado na Catedral de Benevento, Itália. As relíquias
foram colocadas em uma urna de mármore a qual resistiu ao bombardeio que
destruiu a igreja onde estava para salvaguarda durante a Segunda
Guerra Mundial.
Hoje, uma parte dessas relíquias encontra-se em Grumo Nevano, na
Basílica dedicada à Santo Tammaro, que é venerado em 16 de janeiro.
São Tamaro, rogai por nós!
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