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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Santo do dia - 28 de junho

Santo Atílio


A Igreja sofreu, no início dos tempos, perseguições por parte dos imperadores. E era, ao mesmo tempo, dilacerada pelas heresias que proliferavam por todas as partes, que ameaçavam sua unidade na fé.

Os cristãos das comunidades cristãs de Viena e Lyon foram barbaramente atingidos por uma dessas perseguições. Ela foi decretada pelo imperador Marco Aurélio e atingiu o auge de sua violência em 177, quando chegou à diocese de Lyon, na França.

Os sobreviventes dessa comunidade, cuja maioria procedia da Ásia Menor dirigiram aos cristãos de lá uma circular relatando em detalhes tudo o que aconteceu e como muitos deles foram martirizados numa das mais terríveis matanças da história do cristianismo.

Perseguidos nas casas, nas praças e banhos públicos, os cristãos começaram a ser agredidos e encarcerados. Submetidos a julgamentos em praças públicas, eram condenados à morte. Algumas mortes foram imediatas, para acabar com a liderança. Mas muitos cristãos foram reservados aos espetáculos no anfiteatro, como ocorreu com Atílio.

Ele era um jovem diácono, pouco mais de quatorze anos. Sua família era de nobres da região do Lazio, na Itália. Aliás, o nome Atílio é o diminutivo de Átalo, originário do sabino antigo, muito freqüente na localidade.

Segundo consta, o presidente do tribunal decidiu reservar o jovem Atílio para ser julgado por último. Queria que ele renegasse a fé, servindo-lhe de troféu para ser enviado ao imperador. Por isso o suplício de Atílio foi longo. Ele teve de assistir a tudo, até quando o seu bispo, Fotino, já ancião, foi agredido e agonizou por dois dias até morrer, mas sem renegar a Cristo.

Depois, Atílio presenciou, no Circo, o martírio de outros companheiros, que foram açoitados com varas e depois entregues às feras. Foram quarenta e oito mártires, que morreram em dias diferentes. Até que, finalmente, no dia 28 de junho, ele também foi sentenciado à morte, porque não renegou a fé cristã.

Atílio morreu queimado sentado numa cadeira de ferro colocada no centro do Circo, num bárbaro espetáculo pagão. Durante a noite, cristãos ainda sobreviventes conseguiam recolher partes dos corpos que restavam e os enterravam secretamente, como fizeram com aquelas do jovem diácono Atílio.

Passada a perseguição, todos foram recolhidos e enterrados naquela que seria, mais tarde, a catedral de Lyon. O culto desses mártires começou logo após, numa solenidade grandiosa que se chamou "festa das Maravilhas". Com a reforma do Martirológio Romano, os mártires cuja identificação era precisa receberam celebração individual. No caso de santo Atílio, ele é festejado no dia 28 de junho. 


 Santo Atílio, rogai por nós!


Santo Irineu de Lyon

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as heresias", onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca.

Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

Mais tarde, um outro tratado, chamado "Demonstração da pregação apostólica", foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade. 


Santo Irineu de Lyon, rogai por nós!



São Pedro e São Paulo
 
A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre. 


São Pedro e São Paulo, rogai por nós!


Santa Vicência Gerosa
Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que freqüentava todos os dias.

Os anos seguintes à invasão napoleônica da Itália mudaram sua vida. A crise econômica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência.

Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas atividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas.

 Foi lá que, em 1824, conheceu Bartolomeia Capitanio. Era uma jovem professora de dezessete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere. Desde menina, pensava em dedicar-se a praticar a caridade aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou professora no colégio das clarissas de sua cidade natal.

Conheceram-se por meio do pároco, porque ele queria que Gerosa criasse alguns grupos de orações para jovens. Ele sabia que Bartolomeia havia criado uma escola para instruir e dar formação religiosa às meninas pobres e abandonadas. Lá, Gerosa daria orientação nas práticas das atividades domésticas. A escola tornou-se um centro de encontro para jovens e muitos grupos de orações também foram criados.

Estavam tão empenhadas em auxiliar os pobres e enfermos que foram chamadas para ajudar no hospital de Lovere. Na oportunidade, tiveram a inspiração de dar vida a uma comunidade religiosa feminina do tipo das irmãs de caridade vicentinas. A situação política, entretanto, era desfavorável, não permitia essa interdependência.

Com muita dificuldade, junto com a companheira, Gerosa fundou, em 1827, um novo instituto religioso regular, para dar assistência aos doentes, instrução gratuita às meninas abandonadas, fundar orfanatos e dar assistência à juventude. Foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria Menina, com sede em Lovere e com as regras escritas por Bartolomeia. Para evitar objeções de caráter político, o instituto foi fundado autônomo. E assim independente ele permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subseqüentes.

Mas, em 1833, Bartolomeia morreu, com apenas vinte e seis anos de idade. Gerosa continuou sozinha, recebendo, mais uma vez, o apoio e o estímulo de seu orientador espiritual. O instituto estabeleceu-se e recebeu aprovação canônica em 1840. Catarina Gerosa emitiu os votos, vestiu o hábito e tomou o nome de Vicência, sendo eleita madre superiora.

Morreu depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, e foi sepultada ao lado da co-fundadora, no santuário da Casa-mãe, em Lovere. Atualmente, o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartolomeia Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, atua em toda a Europa, África, Ásia e nas Américas. Santa Vicência Gerosa é celebrada no dia de sua morte e foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950.


Santa Vicência Gerosa, rogai por nós! 
 

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