Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
12º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mc 4, 35-41)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor.
35 Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!”
36 Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele.
37 Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38 Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”
39 Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO:
Hoje ―nestes tempos de «forte ventania»― nos encontramos interpelados
pelo Evangelho. A humanidade viveu dramas que, como ondas violentas,
irromperam sobre homens e povos inteiros, particularmente durante o
século XX e o início do XXI. E, às vezes, sai do fundo da alma
perguntar-lhe: «Mestre, não te importa que pereçamos?» (Mc 4,38); se Tu
verdadeiramente existes, se Tu és Pai, por que ocorrem estes episódios?
Ante a lembrança dos horrores dos campos de concentração da II Guerra
Mundial, o Papa Bento se pergunta: «Onde estava Deus nesses dias? Por
que permaneceu calado? Como pôde tolerar este excesso de destruição?».
Uma pergunta que Israel, ainda no Antigo Testamento, se fazia: «Por que
dormes? (...). Por que escondes teu rosto e esqueces nossa desgraça»
(Sal 44,24-25).
Deus não responderá a estas perguntas: podemos pedir tudo a Ele, menos o
porquê das coisas; não temos o direito de pedir-Lhe contas. Na
realidade, Deus está e está falando; somos-nos quem não estamos [na sua
presença] e, portanto, não ouvimos a sua voz. «Nos ―diz Bento XVI― não
podemos escrutar o segredo de Deus e da historia. Neste caso, não
defenderíamos ao homem, mas contribuiríamos somente à sua destruição».
Efetivamente, o problema não é que Deus não exista ou que não esteja,
porém que os homens vivamos como se Deus não existisse. Aqui está a
resposta de Deus: «Por que estais com tanto medo? Como não tens fé?» (Mc
4,40). Isso disse Jesus aos Apóstolos, e o mesmo lhe disse a Santa
Faustina Kowalska: «Minha filha, não tenhas medo de nada, Eu sempre
estou contigo, ainda que te pareça que não esteja»
Não lhe perguntemos, melhor rezemos e respeitemos a sua vontade e...,
então haverá menos dramas... E, assombrados, exclamaremos: «Quem é este
que até o vento e o mar lhe obedecem» (Mc 4,41).
―Jesus, em vos confio!
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
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