Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
17º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Jo 6, 1-15)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades.
2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos.
4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”
6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.
7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.
8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isto para tanta gente?”
10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.
12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”
13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.
15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO«Uma grande multidão o seguia»
Hoje, podemos contemplar como se
forja no nosso interior tanto o amor humano como o amor sobrenatural, já
que temos um mesmo coração para amar a Deus e aos outros.
Geralmente, o amor vai abrindo passo no coração humano quando se
descobre o atrativo do outro: sua simpatia, sua bondade. É o caso do
«rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes» (Jn 6,9). Dá a Jesus
tudo o que leva, os pães e os peixes, porque se deixou conquistar pelo
atrativo de Jesus. —Descobri o atrativo do Senhor?
A continuação, o enamoramento, fruto de sentir-se correspondido. Disse
que «muita gente o seguia porque viam os sinais que ele realizava nos
enfermos» (Jn 6,2). Jesus os escutava, os obedecia, porque sabia o que
eles necessitavam.
Jesus Cristo sente um poderoso atrativo por mim e quer minha realização
humana y sobrenatural. Ama-me tal como sou, com minhas misérias, porque
peço perdão e, com sua ajuda, continuo esforçando-me.
«Jesus percebendo que tentavam vir tomá-lo pela força para proclamá-lo
rei, fugiu novamente ao monte Ele só» (Jn 6,15). E lhes dirá no dia
seguinte: «Em verdade, em verdade vos digo: vós me buscais, não porque
hás visto sinais, e sim porque hás comido dos pães e vos hás saciado»
(Jn 6,26). Santo Agostinho escreve: «Quantos há que procuram Jesus,
guiados somente por interesses temporais! (...) apenas se procura a
Jesus por Jesus».
A plenitude do amor é o amor de doação; quando se quer o bem do ser
amado, sem esperar nada em troca, mesmo que seja ao preço do sacrifício
pessoal.
Hoje, eu posso lhe dizer: «Senhor, que nos fazes participar do milagre
da Eucaristia: pedimos que não te escondas, que vivas conosco, que te
vejamos, que te toquemos, que te sintamos, que queiramos estar sempre ao
teu lado, que sejas o Rei de nossas vidas e de nossos trabalhos» (São
Josémaria).
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