Santo Eugênio
Zelava pela salvação das almas
Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.
O
grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de
ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois
inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de
Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que
reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores,
talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que
tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem
divina.
O
Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto assim
que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente
aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além
de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos
costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta
dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.
Santo Eugênio, rogai por nós!
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Hoje, comemoramos a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer, que nasceu no ano de 1865 e partiu para a Glória em 1942. Nascida em Vigolo Vattaro (Itália), com apenas 10 anos de idade emigrou com seus pais para o Brasil, dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no sul do país.
Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se
grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não
era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a
primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze
anos de idade.
Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial,
encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e
da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas
mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile
para o serviço do Senhor.
Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de
ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e
ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as
crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não
soubesse que já se consagrava a Deus.
Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num
terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos
doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher
portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o
dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da
Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com
Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.
Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em
solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto
1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra
jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile
recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também
foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.
A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas
atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que
viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos
da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para
poderem sobreviver.
Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a
transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro
do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os
ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em
1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo,
com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens
vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração
constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.
Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande
sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira
total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na
Casa-geral de sua congregação, em São Paulo. Na oração litúrgica da Igreja, é pedido a Deus para nós fiéis a
virtude do serviço, motivado pelo amor, a qual mais brilhou no coração
da virgem Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa
visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a
em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.
Santa Paulina, rogai por nós!
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