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sexta-feira, 9 de julho de 2021

Santo do Dia - 9 de julho

Santo Eugênio

  Zelava pela salvação das almas 

Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.

O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja,  pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de  Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.

O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto assim que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.

Santo Eugênio, rogai por nós!

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus

 



Hoje, comemoramos a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer, que nasceu no ano de 1865 e partiu para a Glória em 1942. Nascida em Vigolo Vattaro (Itália), com apenas 10 anos de idade emigrou com seus pais para o Brasil, dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no sul do país. 

Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.

Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor.

Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não soubesse que já se consagrava a Deus.

Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.

Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.

A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poderem sobreviver.

Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.

Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na Casa-geral de sua congregação, em São Paulo. Na oração litúrgica da Igreja, é pedido a Deus para nós fiéis a virtude do serviço, motivado pelo amor, a qual mais brilhou no coração da virgem Paulina do Coração Agonizante de Jesus.

Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.

Santa Paulina, rogai por nós!


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