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sábado, 23 de maio de 2009
Nova barbárie invade a nossa sociedade
Nova Barbárie invade a nossa Sociedade
As invasões dos bárbaros fustigaram a Europa nos séculos IV e V; ocuparam metade do Império, foram virulentas pelo ódio sanguinário dos vários “Átilas”, e serenaram com a progressiva instalação em terras espoliadas e com a conversão de Clóvis ao Cristianismo.
Historicamente, significaram destruição de vidas, de monumentos históricos, de novas culturas que se enraizavam.
Provocaram medo, revolta, desolação de pessoas e terras, ocupação de cidades habitadas, e destruição impiedosa de campos arroteados e cultivados.
Os bárbaros destruíram, ocuparam, mataram, para se instalarem e dominarem.
O seu objectivo residia na satisfação de interesses concretos, de ordem económica e política. Satisfaziam-se, por momentos, com ofertas graúdas, que os faziam amainar, mas recrudesciam, em ódio e vingança, quando não chegavam logo ao que procuravam. Valia tudo para conseguir o que se almejava. Todos os meios justificavam os fins.
A nossa sociedade está a ser dominada por nova barbárie.
A palavra é dura, mas com palavras moles vamos sendo submergidos na avalanche dos que, organizadamente, dão mais atenção ao dinheiro e ao poder, do que ao serviço digno e dignificante das pessoas.
Chegou-se, impunemente, à propaganda da devassidão, como se pode ver numa visita breve aos jornais diários conhecidos e vendidos, a alguns programas de televisão, à enxurrada das revistas banais, expostas em profusão em qualquer quiosque da rua.
São ainda frequentes páginas de jornais, nos menos esperados, a enxovalhar o casamento, a denegrir a família, a entrevistar apenas sobre a vida sexual, ao nível do irracional.
Se passarmos às revistas semanais, publicadas com nomes sonantes, e muitas delas ligadas a jornais diários e a estações de televisão, nelas abundam os casamentos em série, os amores traídos, as devassas à vida pessoal.
Tudo cor-de-rosa, mas para muitos com muito sangue oculto. Os heróis deste país estão entre a gente das telenovelas, do teatro, do futebol, dos escândalos diversos, das tendências sexuais, à procura de apoiantes e até mesmo de praticantes. E, para estes casos, não faltam jornalistas de opinião e programadores zelosos; quem sabe se também interessados.
É esta a cultura que se expande e se protege, na qual vai crescendo muita gente nova que já aprendeu, com os mais velhos, a festejar datas com bebedeiras, a gabar-se de experiências sexuais irresponsáveis, a fazer do “serve-te e deita fora” modo de vida, a fugir aos pais e à família, sem medir as consequências dos seus actos.
É a cultura das telenovelas, nacionais e brasileiras, cheias de pessoas simpáticas, a destilarem com arte, do princípio ao fim, o lixo da vida, misturado com odores de convidativos manjares.
É o pluralismo, e 'cada um é livre para fazer o que lhe apetece ou deseja'.
Assim se diz; desde que se deixou de falar de bem comum e de direitos humanos; desde que se menosprezaram e esqueceram valores espirituais e morais; desde que a família perdeu o valor e se considerou mais um peso que um dom; desde que, impunemente, se deixou que os meios de comunicação social se tornassem os grandes mentores sociais e culturais...; (e assim) ruíram as comportas da seriedade e da vergonha, e avançaram os bárbaros, senhores de muitos bens e de muitos amigos, fazendo do dinheiro o seu deus e da amoralidade a sua lei.
O povo só interessa como produtor incauto de riqueza.
Tudo isto pode dar que pensar; já que o futebol, com festa antecipada, acabou tão ingloriamente (como era de esperar).
Autor: D. António Marcelino
(Bispo Emérito de Aveiro)
(D. António Marcelino)
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