São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, exemplo para a juventude
Religioso [1838 – 1862]
Também conhecido como São Gabriel da Virgem Dolorosa
Sua infância
Foi batizado em sua
cidade natal, Assis (Itália), como Francisco Possenti. Tinha apenas 4
anos quando sua mãe morreu. Estudou em Colégios Católicos. Seu pai era
governador do Estado Pontifício; por causa disso, ele mudava de cidade
com frequência.
Da vida mundana à vida religiosa
Desde adolescente, Francisco chamava a atenção pela sua
exuberância, elegância e vivacidade, além de aventureiro e espirituoso.
Teve um ótimo desempenho escolar e frequentava a alta sociedade.
Sentia-se também atraído e fascinado pela vida religiosa, mas amava os
divertimentos, frequentava salões de dança, teatros e lia romances com
voracidade.
Ainda durante a adolescência dele, a sua irmã morreu de cólera, e Francisco foi muito provado por essa perda. Refletiu sobre a inconsistência das alegrias humanas e voltou a pensar na vida religiosa. Mas seu pai o desmotivava. Em 1856, durante uma procissão Mariana, Francisco estava em meio à multidão de fiéis e, no momento em que o ícone da Virgem Maria estava diante dele, percebeu claramente Nossa Senhora dirigir-lhe as palavras: “Francisco, não entendeu ainda que essa vida não é feita para você? Segue a tua vocação”. Quinze dias depois, aos 18 anos, ele deixou a cidade de Spoleto onde morava.
Formação Passionista
Ingressou na Congregação da
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou
seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo
amor a Jesus Crucificado e pela Virgem Dolorosa. Ao ingressar no
noviciado e receber o hábito, ele assume o nome de Gabriel de Nossa
Senhora das Dores, devido à sua devoção mariana.
Morte serena
Morreu de tuberculose, aos vinte e quatro anos, no dia 27 de fevereiro de 1862.
Registros do Santo
Tem-se o registro de 40 cartas testemunhando sua devoção a Nossa Senhora das Dores.
Exemplo para a juventude
Gabriel dedicou a sua juventude à
caridade e à evangelização, além de um trabalho social intenso que
desenvolvia desde a adolescência. Foi
beatificado em 1908 e canonizado em 1920, pelo Papa Bento XV, que o
declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.
Devoção
– Foi declarado co-patrono da Ação Católica [Associação de Leigos Italiana], pelo Papa Pio XI, em 1926.
– Custodiado pela Congregação dos
Passionistas, o Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, que
fica na Província de Teramo, é um dos mais procurados da Itália.
Sua relíquia no Santuário do Pai das Misericórdias
Em 2014, quando foi dedicado o
Santuário do Pai das Misericórdias, na sede da Canção Nova, em Cachoeira
Paulista (SP), relíquias de primeiro grau de São Gabriel foram
solenemente depositadas no altar do templo. As mesmas foram doadas pelo
fundador da Comunidade, monsenhor Jonas Abib, que viu como providência
tê-las, já que a Comunidade iniciou seus trabalhos com jovens, e também a
espiritualidade do Santuário tem sintonia com Nossa Senhora das Dores,
por ter em seu interior uma grande imagem da Pietá, a Virgem Maria com o
corpo de Jesus, morto, nos braços.
Devoção paroquial no Brasil
Conhece-se quatro Paróquias no
Brasil que difundem essa devoção. Uma em São Paulo (SP), outra em Osasco
(SP), uma em Itaquaquecetuba (SP), na Diocese de Mogi das Cruzes (SP); e
outra na região metropolitana de Curitiba, na cidade de Fazenda do Rio
Grande (PR).
A minha oração
“Senhor Jesus, assim como o
jovem Francisco era atraído pelos prazeres e ilusões do mundo, nós
também sofremos as mesmas tentações. Por intercessão de São Gabriel de
Nossa Senhora das Dores, ajuda-nos a ouvir a voz da Virgem Maria que nos
pede: penitência e conversão. Amém.”
Nicéforo
era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo
e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e
viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio.
Não se sabe
exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a
Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se
inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas,
Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da
qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade,
apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua
absolvição.
Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser
católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a
qualquer martírio, cheio de coragem e determinação. Assumiu ser
sacerdote cristão, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos e resistiu
às mais bárbaras torturas. Mas, ao ser condenado à morte e receber a
ordem de se ajoelhar para ter a cabeça cortada, aceitou render
homenagens aos deuses pagãos em troca de liberdade. Nicéforo, que
assistira ao julgamento e chegara a pedir novamente perdão ao padre,
dizendo que com isso ele teria o apoio de Deus para enfrentar as dores
que o aguardavam, escandalizou-se com a infidelidade do estimado
sacerdote.
Mesmo sem ter sido acusado ou convocado ao tribunal,
Nicéforo apresentou-se de livre e espontânea vontade como cristão,
disposto a morrer no lugar daquele que renegara sua fé em Cristo.
Minutos depois, foi executado. Os registros e a tradição narram que sua
cabeça rolou na arena e acabou depositada justamente aos pés do
insensível sacerdote Sabrício.
O Martirológio Romano registra
outro santo com esse nome, que viveu mais de seis séculos depois e cuja
atuação em defesa da unidade da Santa Mãe, a Igreja, não foi menos
corajosa e eficiente. Por isso o culto à esse primeiro mártir permanece
firme, vivo e constante ao longo do tempo e junto aos devotos,
principalmente no mundo católico do Oriente.
São Nicéforo, rogai por nós!
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