Santa Juliana, mártir por não aceitar o casamento pagão
Virgem e mártir [285 – 304]
Intercessora
Santa Juliana é invocada na Itália
por grávidas e doentes, da mesma forma a devoção se espalhou entre os
fiéis de várias partes do mundo.
Pai xucro e pagão
Juliana, que se tornou cristã desde a
infância, foi filha submissa e obediente aos seus pais, mesmo tendo um
pai xucro, violento e pagão. Segundo o costume da época, foi prometida
por seu pai a um jovem nobre chamado Evilásio, cultuador de deuses.
Quando a jovem tinha 19 anos, ela impôs a condição de que só se casaria
com Evilásio se ele se convertesse.
O desfecho da promessa de casamento
Conta-se que, diante da condição de
Juliana para assumir o casamento, Evilásio procurou o pai de garota
prometida a ele. Colocou-o a par da condição de sua filha. O pai,
chamado Africano, ficou muito irritado e deu à filha duas escolhas:
casar-se ou enfrentar o tribunal.
Evilásio, na qualidade de prefeito
da cidade, intimou-a no tribunal para pronunciar-se a respeito de sua
fé. Juliana era firme e não negou a Cristo, o que a levou à prisão.
Visita de um anjo decaído
Em sua primeira noite na prisão, quando o silêncio reinava, um anjo luminoso apareceu à jovem dizendo:
– Juliana, sacrifica-te aos deuses! Deves obedecer à vontade do prefeito e do imperador!
A jovem de 19 anos não se rendeu
àquela voz. E pensava, em oração, “Deus enviaria um anjo para me pedir
isso? Impossível!”. Aquilo só podia ser obra do tentador, do demônio.
Orando com fervor, suplicou ao Senhor lhe desse forças para vencer o
anjo decaído que a tentava.
Consequência da fidelidade
Evilásio fez à jovem Juliana as mais
belas propostas. Prometeu-lhe tudo, se, renunciando a Cristo, aceitasse
casar-se com ele. Todas as propostas do então prefeito foram em vão. Juliana
estava irreversível. Foi sujeitada aos tormentos, que não conseguiram
convencê-la. Então, enfurecido, o frustrado noivo condenou-a para ser
decapitada. E assim se fez.
Seu corpo
O corpo da santa virgem foi sepultado
na Nicomédia (atual Turquia), mas, tempos depois, foi transferido para a
Itália, permanecendo até hoje em Nápoles.
Devoção do Oriente ao Ocidente
Os católicos celebram a memória de
Santa Juliana dia 16 de fevereiro. No Oriente, os ortodoxos honram-na
dia 21 de dezembro. A ela, em Constantinopla, também ergueram uma
Igreja.
Devoção no Brasil
Em Salto Veloso (SC), município de 4756 habitantes, na Diocese de Caçador (SC), Santa Juliana é padroeira da cidade, cuja única paróquia leva o nome da santa.
Cidade brasileira
Em Minas Gerais, existe o município
de Santa Juliana. Segundo informações da Prefeitura, a cidade tem esse
nome em homenagem a uma de suas primeiras moradoras, que chamava-se
Juliana e tinha o apelido de santa. Portanto, não há ligação entre a
santa e o nome do município.
A minha oração
“Senhor Jesus, quanta coragem e
firmeza na fé da jovem Juliana, que não negou suas convicções em Cristo.
Dai-nos Senhor, em Nome da Sua Misericórdia, essa bravura quando formos
tentados, no nosso dia a dia, pelo anjo de luz, a negar nossa confiança
em Ti. Amém”.
Santo Onésimo
Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão
chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor.
Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo
se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a
família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego
significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado
resolveu fugir.
O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em
brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma
onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo
depois libertado. No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez
era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado
pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apóstolo, confessou
sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o
batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo
Filemon com uma carta.
Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro
pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava
convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente.
Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu:
"Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele
outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto
a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio
coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a
mim próprio". (Fm 18 e 19)
Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se
converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e
na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu
ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio
exemplo.
Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de
Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde
substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas
virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição
antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde
morreu apedrejado, como mártir cristão.
Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu
Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que
seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.
Santo Onésimo, rogai por nós!
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