São Gastão
São Gastão, ou Vedastus, como se diz em latim, pertencia à uma família de nobres e era nascido em Limoges, na antiga Gália, atual França. Segundo consta dos registros antigos, ele preferia viver solitário na região de Lorena, onde se dedicava à penitencia, à oração e à contemplação, até que seu amigo e diretor espiritual o bispo Remígio, de Toul, o ordenou sacerdote e o colocou no trabalho de catequização na diocese local.
Mas essa aproximação entre os dois só ocorreu porque Gastão fora recomendado ao bispo, pelo próprio rei Clóvis, que ficara impressionado com sua vida no caminho da santidade e com seus dons da palavra, do conselho e da cura, que havia adquirido. O rei Clóvis era casado com a rainha Clotilde, mas eram pagãos. Depois ambos foram catequizados e batizados, o que aconteceu graças a Gastão e ao bispo Remígio, que se tornaram conselheiros dos soberanos. Com isso ambos foram também os precursores da conversão do povo francês.
Gastão, mais tarde foi sagrado bispo de Arras, ficando encarregado da instrução dos fiéis e da assistência aos pobres, quando então se tornou muito popular. Diz a tradição que tinha não só o dom da palavra, para evangelizar e catequizar, mas também o dom da cura, que teriam sido presenciadas pelos fiéis e peregrinos, e do conselho, que empregava aos que o procuravam desorientados.
Seu bispado durou quarenta anos e, quanto à sua morte, foi logo conhecida por toda a população, pois no exato instante em que faleceu uma estranha luz cobriu sua casa. Suas relíquias foram conservadas apesar das invasões dos bárbaros normandos e dos saques resultantes da Revolução Francesa. Hoje são veneradas na capela da Catedral de Arras, no dia 6 de fevereiro, que corresponde ao de sua morte, no ano 540.
São Gastão, rogai por nós!
Assim, ele a entregou para duas sacerdotisas pagãs, chamadas: Cristie e Calista para que elas fizessem Dorotéia abandonar sua fé. Além de não conseguirem o proposto, as duas se converteram e, por isto, foram mortas. Mesmo após este acontecimento, Dorotéia não renegou Cristo. Depois de muito suplício, o governador finalmente sentenciou Dorotéia à morte por decapitação. Ao sair do julgamento, ela encontrou com Teófilo, um advogado, que em tom de deboche lhe disse: "Esposa de Cristo, envia-me do jardim do seu Esposo frutos ou rosas". Dorotéia aceitou o desafio prometendo que sim.
Estava rezando antes da sua execução, quando um menino apareceu com três rosas e três frutos, que ela pediu para serem entregues ao advogado Teófilo. No exato momento de sua decapitação o menino faz a entrega à ele, que fica muito perturbado pois no mês de fevereiro não era época das flores, muito menos de rosas tão belas e frescas como aquelas. Teófilo imediatamente foi tocado pela Graça a Deus e passou a afirmar aos amigos que o Deus dos cristãos era de fato O verdadeiro.
No início todos pensaram que se tratava de mais uma ironia de Teófilo, mas devido à sua insistência, foi denunciado. Saprício então o convocou para julgamento cobrando sua coerência com as convicções antigas, mas Teófilo afirmou que havia se convertido à fé em Cristo e que não a renegaria jamais. Foi torturado e decapitado, também.
O culto de Santa Dorotéia foi muito difundido durante a Idade Média, sendo invocada como um dos "Santos Auxiliadores". Inúmeros artistas inspiraram-se na conversão de Teófilo, retratando em quadros o milagre de Santa Dorotéia, chamada até hoje de a "Santa das flores" e festejada no dia 06 de fevereiro.
Santa Dorotéia, rogai por nós!
Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier que o
Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente
frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos
trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese
obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos
jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas
locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.
Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio
jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou
em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez,
tornando-se um eloquente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado
sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de
Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação.
Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria,
conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.
Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele
era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou
seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com
a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma
perseguição contra todos os cristãos. Inclusive perseguindo alguns
missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através
das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.
Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só
que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos,
logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos
terciários.
Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas
públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência
e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde
seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos
companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas
enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki
tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki
tinha só onze anos de idade.
A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam
o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como
Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados
pelo Papa Pio IX, em 1862.
Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número
deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de
Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de
padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos
europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser
construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade
cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja
Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento
recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a
reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma
imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo
de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando
os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua
Santa Mãe, a Igreja.
Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier que o
Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente
frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos
trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese
obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos
jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas
locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.
Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio
jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou
em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez,
tornando-se um eloquente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado
sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de
Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação.
Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria,
conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.
Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele
era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou
seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com
a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma
perseguição contra todos os cristãos. Inclusive perseguindo alguns
missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através
das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.
Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só
que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos,
logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos
terciários.
Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas
públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência
e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde
seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos
companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas
enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki
tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki
tinha só onze anos de idade.
A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam
o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como
Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados
pelo Papa Pio IX, em 1862.
Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número
deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de
Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de
padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos
europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser
construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade
cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja
Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento
recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a
reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma
imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo
de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando
os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua
Santa Mãe, a Igreja.
São Paulo Miki e companheiros, rogai por nós!
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