cruzada,Congregação
Irmãs
da Providência,
Apóstolo do Brasil,católicos,AIDS,sul africano,Dover,
arquipélago das Canárias,anglicanos,
solidão,
Tenerife,São José de Anchieta
José de Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534, na cidade de São Cristóvão da Laguna, na ilha de Tenerife, do arquipélago das Canárias, Espanha. Foi educado na ilha até os quatorze anos de idade. Depois, seus pais, descendentes de nobres, decidiram que ele continuaria sua formação na Universidade de Coimbra, em Portugal. Era um jovem inteligente, alegre, estimado e querido por todos. Exímio escritor, sempre se confessou influenciado pelos escritos de são Francisco Xavier. Amava a poesia e mais ainda, gostava de declamar. Por causa da voz doce e melodiosa, era chamado pelos companheiros de "canarinho".
Mas também tinha forte inclinação para a solidão. Tinha o hábito de recolher-se na sua cela ou de retirar-se para um local ermo a fim de dedicar-se à oração e à contemplação. Certa vez, isolou-se na catedral de Coimbra e, quando rezava no altar de Nossa Senhora, compreendeu a missão que o aguardava. Naquele mesmo instante, sentiu o chamado para dedicar sua vida ao serviço de Deus. Tinha dezessete anos e fez o voto de consagrar-se à Virgem Maria.
Ingressou na Companhia de Jesus e, quando se tornou jesuíta, seguiu para o Brasil, em 1553, como missionário. Chegou na Bahia junto com mais seis jesuítas, todos doentes, inclusive ele, que nunca mais se recuperou. Em 1554, chegou à capitania de São Vicente, onde, junto com o provincial do Brasil, padre Manoel da Nóbrega, fundou, no planalto de Piratininga, aquela que seria a cidade de São Paulo, a maior da América do Sul. No local foi instalado um colégio e seu trabalho missionário começou.
José de Anchieta não apenas catequizava os índios. Dava condições para que se adaptassem à chegada dos colonizadores, fortalecendo, assim, a resistência cultural. Foi o primeiro a escrever uma "gramática tupi-guarani", mas, ao mesmo tempo, ensinava aos silvícolas noções de higiene, medicina, música e literatura. Por outro lado, fazia questão de aprender com eles, desenvolvendo diversos estudos da fauna, da flora e do idioma.
Anchieta era também um poeta, além de escritor. É célebre o dia em que, estando sem papel e lápis à mão, escreveu nas areias da praia o célebre "Poema à Virgem", que decorou antes que o mar apagasse seus versos. A profundidade do seu trabalho missionário, de toda a sua vida dedicada ao bem do próximo aqui no Brasil, foi exclusivamente em favor do futuro e da sobrevivência dos índios, bem como para preservar sua influência na cultura geral de um novo povo.
Com a morte do padre Manoel da Nóbrega em 1567, o cargo de provincial do Brasil passou a ser ocupado pelo padre José de Anchieta. Neste posto mais alto da Companhia de Jesus, viajou por todo o país orientando os trabalhos missionários.
José de Anchieta morreu no dia 9 de junho de 1597, na pequena vila de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no Espírito Santo, sendo reconhecido como o "Apóstolo do Brasil". Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980. A festa litúrgica foi instituída no dia de sua morte.
São José de Anchieta, rogai por nós!
Fundador [1804 – 1884]
Luís
nasceu em 4 de agosto de 1804, em Udine, cidade do Friuli, no Norte da
Itália. Foi o último dos filhos de Antônia e Domingos Scrosoppi,
cristãos fervorosos que educaram os filhos dentro dos preceitos da fé e
na caridade. Aos doze anos, Luís ingressou no seminário diocesano de
Udine, e, em 1827, foi ordenado sacerdote.
A região do Friuli, a
partir de 1800, mergulhou na miséria em conseqüência das guerras e
epidemias, o que serviu ao padre Luís de estímulo para cuidar dos
necessitados. Dedicou-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens
professoras, à acolhida e à educação das "derelitas", as mais sozinhas e
abandonadas jovens de Udine e dos arredores. A elas ele disponibilizou
todos os seus bens, suas energias e seu afeto, sem economizar nada de
si. Quando foi preciso, ele não hesitou em pedir esmolas. A sua vida
foi, de fato, uma expressão palpável da grande confiança na Providência
Divina.
Com essas senhoras, chamadas de "professoras", hábeis no
trabalho de costura e de bordado, que estavam aptas à alfabetização,
dispostas a colocarem suas vidas nas mãos do Senhor para servi-lo e
optando por uma vida de pobreza, padre Luís Scrosoppi fundou a
Congregação das Irmãs da Providência. Mas notou que necessitava de algo
mais para dar continuidade a essa obra. Por isso, aos quarenta e dois
anos de idade, em 1846, tornou-se um "filho de são Felipe" e, através do
santo, aprendeu a mansidão e a doçura, qualidades que lhe deram mais
idoneidade na função de fundador e pai da nova família religiosa.
Todas
as obras feitas por padre Luís refletiram sua opção pelos mais pobres e
necessitados. Ele profetizou certa vez: "Doze casas abrirei antes da
minha morte", e sua profecia concretizou-se. Foram, realmente, doze
casas abertas às jovens abandonadas, aos doentes pobres e aos anciãos
que não tinham família. Porém Luís não se dedicava apenas às suas obras
de caridade. Ele também oferecia seu apoio espiritual e econômico a
outras iniciativas sociais de Udine, realizadas por leigos de boa
vontade. Era dele, também, a missão de sustentar todas as atividades da
Igreja, em particular as destinadas aos jovens do seminário de Udine.
Depois
de 1850, a Itália unificou-se, num clima anticlerical, e os fatos
políticos representaram um período difícil para Udine e toda a região do
Friuli. Uma das conseqüências foi o decreto de supressão da "Casa das
Derelitas" e da Congregação dos Padres do Oratório, de Udine. Após uma
verdadeira batalha, conseguiu salvar as "Casas", mas não conseguiu
impedir a supressão da Congregação do Oratório.
Já no fim da
vida, padre Luís transferiu a direção de suas obras às irmãs, que
aceitaram a missão com serenidade e esperança. Quando sentiu chegar o
fim, dirigiu suas últimas palavras às irmãs, animando-as para os revezes
que surgiriam, lembrando-as: "... Caridade! Eis o espírito da vossa
família religiosa: salvar as almas e salvá-las com a caridade". Morreu
no dia 3 de abril de 1884. Toda a população de Udine e das cidades
vizinhas foram vê-lo pela última vez e pedir-lhe ajuda do paraíso
celeste.
No terceiro milênio, as irmãs da Providência continuam a
obra do fundador nos seguintes países: Romênia, Moldávia, Togo, Índia,
Bolívia, Brasil, África do Sul, Uruguai e Argentina.
Padre Luís Scrosoppi foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 2001. Nessa solenidade estava presente um jovem sul-africano que foi curado, em 1996, da Aids. Por esse motivo, esse mesmo pontífice declarou São Luis Scrosoppi padroeiro dos portadores do vírus da Aids e de todos os doentes incuráveis. O jovem sul-africano que se curou desse vírus entrou no Oratório de São Felipe Néri, tomando o nome de Luís.
Fundamentos da espiritualidade
Oração
Ó Senhor, que, em São Luís,
acendeu o fogo do teu amor para a humanidade sofredora e o tornou modelo
de santidade para todos nós, infundi o mesmo Espírito de caridade
operante no teu povo e nesta tua Igreja, para torná-la imagem legível do
teu vulto paterno para os homens e mulheres do terceiro milênio. Ó São
Luís, modelo de generosidade, com a ajuda da Virgem Mãe, que foi teu
sustento para toda a vida, intercede para que esta tua terra saiba
apresentar pastores santos, cristãos generosos e almas consagradas ao
serviço de Cristo e do Evangelho. Amém.
A minha oração
“Nosso querido santo
intercessor, concede-nos a graça de viver sob a tutela da providência.
Que tudo o que fizermos esteja debaixo da vontade de Deus, isso te
pedimos e cremos que nos ensinará a viver dessa forma, amém.”
São Luís Scrosoppi, rogai por nós!
Ricardo
Bachedine nasceu na Inglaterra em 1197, já em meio a uma tragédia
familiar: os pais, que eram nobres e ricos, de repente caíram na
miséria. Logo depois, morreram e deixaram-lhe como herança muitas
dívidas e um casal de irmãos. Por isso Ricardo teve de deixar os
estudos com os beneditinos em Worcester e voltou para casa para ajudar a
restaurar as finanças. A situação melhorou e ele voltou para os
estudos, deixando as propriedades aos cuidados de um bom administrador,
resguardando, assim, os irmãos de qualquer imprevisto.
Ricardo
completou sua formação na Universidade de Oxford, onde foi eleito
reitor. Desde então, começou sua atuação em prol da Igreja, pois eram
anos de grande corrupção moral.
O povo, ignorante e
supersticioso, aceitava passivamente a vida devassa dos nobres e do
clero, que há muito estava afastado da disciplina monástica. Ricardo, ao
contrário, vivia com austeridade e passou a lutar por uma reforma geral
nos meios católicos, para com isso elevar o nível de vida do povo,
tanto material quanto espiritual. Na universidade, favoreceu a aceitação
dos frades franciscanos e dominicanos, que aos poucos instituíram a
volta da disciplina e da humildade entre os religiosos e seus agregados.
Essa
postura acabou gerando retaliações do rei Henrique III ao bispo da
Cantuária, sob a orientação de quem Ricardo agia. Perseguido pelo rei,
o bispo buscou exílio na França e Ricardo o acompanhou fielmente até
que morresse. Foi neste período que, por insistência do bispo,
ordenou-se sacerdote, apesar dos seus quarenta e cinco anos. Os seus
talentos e sua dedicação foram recompensados um ano depois, quando o
arcebispo da Cantuária consagrou-o bispo de Chichester. Henrique III
ficou furioso, apossando-se dos bens da diocese e proibindo Ricardo de
assumir seu cargo.
Mas Ricardo não se intimidou, voltou
disfarçado de mendigo e, na clandestinidade, atuou durante dois anos,
organizando o trabalho pastoral da diocese junto ao povo explorado.
Entretanto o papa Inocêncio IV perdeu a calma e ameaçou excomungar o
rei, que teve de aceitar Ricardo como bispo de Chichester. Assim, ele
pôde atuar com liberdade até morrer, em Dover, no dia 3 de abril de
1253, a caminho de uma cruzada.
Ricardo foi sepultado no
cemitério da catedral de Chichester e sua santidade era tanta que, nove
anos depois, o papa Ubaldo IV o canonizou. Em 1276, com a presença do
casal real dos ingleses e outras cabeças coroadas da Europa, o corpo de
são Ricardo foi transferido para um relicário dentro do altar maior da
catedral, o qual depois foi destruído pelo cismático rei Henrique VIII,
em 1528. Mas suas relíquias foram secretamente levadas para várias
igrejas da diocese. Somente em 1990 elas foram reunidas e voltaram para a
catedral de Chichester, onde foram depositadas na urna sob o mesmo
altar.
São Ricardo é festejado, tanto pelos católicos como pelos
anglicanos, no dia 3 de abril, sendo venerado como padroeiro dos
cavaleiros e dos cocheiros.
São Ricardo Bachedine, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário