São Crescente
São Crescente, foi martirizado por não negar a Jesus Cristo e chorou muitas vezes quando percebeu pessoas que se entregando a religiões politeístas
Nasceu
em Mira, na Ásia Menor. Crescente chorou muitas vezes quando percebeu
pessoas que se entregando a religiões politeístas, de muitas divindades,
longe daquele que é o único Senhor e Salvador: Jesus Cristo.
Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro, através de uma oração de intercessão constante pela conversão de todos.
Certa
vez, numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente e movido pelo
Espírito Santo, começou a evangelizar. Inimigos da fé cristã o levaram a
um juiz, que propôs que ele “apenas” expressasse exteriormente o culto
às divindades pagãs, com o objetivo de preservar sua vida.
Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar a Jesus Cristo.
São Crescente, rogai por nós!
Sacerdote [1840 – 1889]
São Damião de Veuster, patrono espiritual dos leprosos e marginalizados
Berço agrícola
Josef de Veuster-Wouters nasceu
no dia 3 de janeiro de 1840, numa pequena cidade da Bélgica, num lar
católico de pequenos proprietários agrícolas, foi o mais novo entre sete
irmãos. Ele viu duas irmãs e seu irmão mais velhos tornarem-se
religiosos, esse último da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e
de Maria.
O chamado é mais forte
Contrariando a expectativa do
pai, que queria que ele se tornasse seu sucessor nos negócios
familiares, Josef sentiu o chamado à vida religiosa. Sonhava ser
missionário em terras longínquas, como São Francisco Xavier, por quem
nutria grande devoção. Tendo ingressado na mesma congregação de seu
irmão, recebeu o nome religioso de Damião.
Ide
Com 21 anos, Damião estava em
Paris, terminando seus estudos teológicos, quando ouviu a palestra de um
bispo do Havaí, em que ele falava dos problemas da região e tentava
conseguir missionários para ir até o local. Uma epidemia de febre
tifoide atingiu o colégio. E seu irmão, que se candidatara para ir em
missão, adoeceu e não pôde ir. Damião, que ainda nem havia sido ordenado
sacerdote, pediu insistentemente que fosse enviado para o Havaí,
chegando ao ponto de escrever uma carta ao superior da Ordem do Sagrado
Coração, que permitiu sua partida.
Ordenação e missão
Foi ordenado sacerdote e partiu numa
viagem complicada, que durou quase cinco meses, um prenúncio do calvário
que seria a sua vida a partir de então. Após oito anos de uma
experiência desafiadora, mas fecunda entre os nativos do Havaí, algo de
novo mudaria sua vida completamente.
Por amor às almas, enfrentou a lepra
Naquela época, havia uma grande
disseminação de lepra no arquipélago do Havaí, possivelmente oriundo dos
imigrantes chineses que chegavam à região. Os nativos polinésios não
tinham nenhuma resistência à bactéria que causa a lepra, doença
considerada incurável na época e normalmente associada – de maneira
completamente equivocada – à pobreza e aos hábitos morais reprováveis.
Temendo uma proliferação em todo o território, o governo local tomou uma
decisão duríssima: os leprosos do Havaí seriam todos confinados à força
numa ilha à qual somente seria possível chegar ou sair de navio.
Preocupado com as almas daqueles doentes, o bispo local sondou os
sacerdotes para saber se alguém se voluntariava para ir à ilha Molokai,
sabendo que quem se dispusesse estava assinando uma sentença de morte,
já que o contágio era inevitável.
Cenário infernal
Quatro sacerdotes se
apresentaram, dentre eles, Damião, que foi escolhido para ir primeiro.
Uma vez lá, ele se deparou com um cenário verdadeiramente infernal.
Abandonados à própria sorte, quase mil leprosos – esse número variou
muito ao longo dos anos – viviam na completa pobreza material e moral,
entregues à devassidão, às drogas e ao crime. O primeiro ato do padre
Damião foi celebrar uma Missa, numa capela ainda inacabada, com a
participação de apenas dois leprosos. À medida que o tempo foi passando,
o padre Damião foi tomando consciência do imenso desafio que tinha pela
frente. Movido pelo amor a Deus e pelo desejo de salvação das almas,
ele foi, para aqueles leprosos, médico, carpinteiro, pedreiro,
cozinheiro, professor e, principalmente, sacerdote, pai, pastor de
almas.
Sepultou milhares
Quando chegou à Molokai, a
situação era tão calamitosa que os mortos sequer eram enterrados. O
padre Damião cavou e sepultou mais de dois mil leprosos ao longo dos
quinze anos que permaneceu na ilha. Construiu trezentas cabanas, fez
cerca de dois mil caixões, organizou o cemitério, construiu uma
igrejinha de alvenaria, um pequeno hospital, um pequeno canal para fazer
chegar água potável para o povoado. Mais do que as obras, ele devolveu
àquele povo o sentido de viver, tratando os leprosos sempre com amor e
carinho.
Frase do santo
“O corpo corrompe-se rapidamente. Só a alma é importante.”
Vítima da lepra
Após dez anos de apostolado em
Molokai, certa vez, ele derramou água quente no pé e não sentiu nada:
era a comprovação de que havia contraído a lepra. Na homilia do domingo
seguinte, deu a notícia aos seus fiéis leprosos da seguinte forma:
“Nossa verdadeira pátria é o Céu, para onde nós, os leprosos, estamos certos de ir muito em breve […]. Lá não haverá mais nem lepra nem feiura, e seremos transfigurados.”
Clareira no coração da história
São Damião de Veuster ou São Damião de Molokai é “uma clareira no coração da história”, e nos ensina que “nenhum sacrifício é grande demais, se feito por amor a Jesus Cristo”.
Seu exemplo comoveu o mundo, a ponto de membros das mais diversas
denominações religiosas admirarem sua determinação e seu amor pelos
leprosos. A respeito dele, Mahatma Ghandi disse: “É preciso saber de onde tirou este homem a força para tal heroísmo”.
Nós sabemos de onde ele tirou esta força: da Eucaristia, centro da sua
vida, alimento diário, pão dos fortes e sustento dos fracos.
Canonização
Na homilia de sua canonização, ocorrida no dia 11 de outubro de 2009, o Papa Bento XVI diz que São Damião de Veuster, “o
servidor da Palavra que se tornou assim um servo sofredor, leproso com
os leprosos”, “convida-nos a abrir os olhos sobre as lepras que
desfiguram a humanidade dos nossos irmãos e interpelam ainda hoje, mais
do que a nossa generosidade, a caridade da nossa presença servidora”.
A minha oração
“São Damião de Veuster, seu
exemplo me ensina que é possível sair de mim mesmo e ir ao encontro dos
leprosos de nosso tempo, dos marginalizados, daqueles com quem ninguém
se importa. Inspirai-me a doar a minha vida, a ser tudo para todos por
amor a Jesus Cristo.
Ajudai-me a perseverar no serviço e na oração, rogai por mim, para que eu tenha tal amor a Cristo que me desapegue inclusive da minha própria vida.
Ajudai-me a perceber que não há sacrifício grande demais se eu o fizer por amor a Nosso Senhor.
Ajudai-me a nunca parar nas aparências, nunca nutrir preconceitos com quem quer que seja, mas ser sempre o rosto e as mãos amorosas de Cristo para todos aqueles que precisam ser amados e cuidados neste mundo.”
São Damião de Veuster, patrono espiritual dos leprosos e marginalizados, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário