São Germano José
Esses registros não ocorreram só na sua juventude, mas durante toda a sua vida. Apesar da falência da família, graças aos próprios esforços ele estudou e se formou em ciências humanas, assim como, depois, conseguiu o que mais desejava: ingressar num convento para sua formação religiosa, que foi o da Ordem dos Premonstratenses.
Quanto às revelações, narra a tradição que, desde muito pequeno, Germano conversava horas e horas com Nossa Senhora.
Certa vez, teria trazido uma maçã para oferecer a ela e ela estendeu a mão para apanhar a fruta. Em outra ocasião, teria brincado com o Menino Jesus sob o olhar da Virgem Mãe, que lhe teria apontado uma pedra do piso da igreja, sob a qual Germano sempre acharia dinheiro para seus calçados e roupas, já que o pai não podia mais lhe oferecer nem o mínimo necessário para sobreviver. Mais velho, conta-se que, ao rezar diante do altar de Maria, uma estranha luz o cercava e ele entrava em êxtase contemplativo.
No fim da vida, ao visitar um convento de religiosas, vizinho ao seu, determinou o lugar onde queria ser enterrado. Era mais um aviso antecipado, pois ali morreu dias depois, durante uma missa, no dia 7 de abril de 1241. Foi enterrado onde desejava. Desde então, sua sepultura se tornou um local de peregrinação, onde os devotos agradeciam e obtinham graças por sua intercessão, até com a cura de doenças fatais, segundo a tradição dos fiéis. Entretanto, muito tempo depois, quando do seu traslado para o convento onde vivera e trabalhara, por ordem do bispo, descobriu-se que seu corpo ainda não tinha sinais de decomposição.
Germano José foi beatificado, em 1958, pelo papa Pio XII. Dois anos depois, o papa João XXIII aprovou seu culto litúrgico para o dia 7 de abril e autorizou que ao lado do seu nome fosse colocada a palavra santo. Em 1961, a igreja de Steinfeld, que guarda suas relíquias mortais, foi declarada basílica menor.
São Germano José, rogai por nós!
A
tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. No século
XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do
Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz
a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651, na casa da rua de
L'Arbatete, que ainda existe, na cidade de Reims.
O casal não era
nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e
seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João
Batista era o mais velho deles. Dos demais, uma das filhas tornou-se
religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois
outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João
Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais.
Desde
pequeno a vocação se apresentava no garoto, que gostava de improvisar
um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que
assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor.
Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na
casa dos de La Salle, uma "tarde musical", onde se apresentavam os
melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas
famílias mais prestigiadas de Reims. João Batista fazia parte da
apresentação, executando as músicas de caráter religioso, o que fez com
que o pai o estimulasse a ingressar no coral dos cônegos da catedral.
Entretanto, no íntimo, o desejo dos seus pais era que ele seguisse uma
carreira política.
Mas esse desejo durou pouco tempo, pois, na
hora de definir sua profissão, João Batista confessou que queria ser
padre. Seu pai entendeu que não poderia disputar o filho com Deus e
ordenou que ele seguisse a voz do Criador, para onde fosse chamado.
Ainda jovem, tornou-se coroinha e, com dezesseis anos, era nomeado
cônego da catedral de Reims. Como tinha muita cultura e apreciava os
estudos, com dezoito anos recebeu o título de mestre das Artes Livres,
entrou para a Universidade de Sorbonne e passou a morar no seminário
Santo Suplício, em Paris. Ali se tornou catequista, chegando a ensinar
um total de quatro mil crianças, preparando-as para a primeira comunhão.
Ao
sair do seminário, João Batista, com vinte e um anos, tinha já perdido o
pai e a mãe. Cuidou dos irmãos e depois pôde vestir a batina, em 1678,
quando, finalmente, se ordenou sacerdote. Fundou uma escola para a
formação de professores leigos e, mesmo em meio a todo esse trabalho,
continuou estudando teologia, até receber o título de doutor, em 1681.
Fundou,
ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que em pouco tempo
necessitou da implantação de muitas casas. Tão rápido cresceu a Ordem,
que já em 1700 foi possível inaugurar um seminário, onde se lecionava
pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, catolicismo e canto
litúrgico. Ele teve a grata felicidade de ver a congregação comportando
setecentos e cinqüenta irmãos, possuindo cento e quatorze escolas e
sendo freqüentadas por trinta e um mil alunos, todos pobres.
Aqui
no Brasil, os Irmãos das Escolas Cristãs se estabeleceram em 1907,
espalhando-se pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas
Gerais. Ele morreu numa Sexta-Feira Santa, no dia 7 abril de 1719, em
Rouen, e foi canonizado, em 1900, pelo papa Pio X. São João Batista de
La Salle foi proclamado "padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os
educadores", pelo papa Pio XII.
A minha oração
“Senhor Jesus, São João
Batista de La Salle, ousou seguir a inspiração que recebeu de Deus,
iniciando uma nova congregação religiosa. Que cada pessoa que lê esse
post obedeça a direção que o Senhor dá, a cada um, em seu coração.
Amém.”
São João Batista de La Salle, rogai por nós!
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