Santo Anacleto
Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.
Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.
O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como conseqüência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.
Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.
Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de são Pedro.
São Pascásio
Pascásio Radbert foi personagem considerável no seu tempo. Os historiadores da Teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou para “esclarecer” o mistério da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834, para solucionar questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os sucessores de Carlos Magno.
Era um enjeitado exposto no pórtico de Nossa Senhora de Soissons no
fim do século VIII. A abadessa Teodarda, prima direita de Carlos Magno,
recolheu-o e educou-o da melhor maneira que pôde. Sempre ele se referiu à
sua mãe adotiva com reconhecimento e veneração; apesar disso, deixou-a
algum tempo para se lançar em aventuras.
Converteu-se
aos 22 anos, e foi então Adelardo, irmão de Teodarda,
abade de Corbie, que o recebeu entre os seus monges. Veio a ser um
célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie. Em 844, os
seus colegas de elegeram-no como abade mas, sete anos mais
tarde, fizeram uma espécie de revolução que o obrigou a refugiar-se
noutra abadia.
Não se afligiu. Nascera para ser escritor, e tinha várias
obras em preparação: “Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da
filosofia e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite
das Sagradas Escrituras, que alimentou a minha juventude!”
Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou a viver
com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e
continuando a escrever. Aí morreu a 26 de abril de 865.
São Pascásio, rogai por nós!
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