Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
6º Domingo da Páscoa
Anúncio do Evangelho (Jo 14,23-29)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.
25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.
29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis."
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
«Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada»
Hoje, antes de celebrar a Ascensão
e Pentecostes, voltemos a ler as palavras do chamado sermão da Última
Ceia, na que devemos ver diversas maneiras de apresentar uma única
mensagem, já que tudo brota da união de Cristo com o Pai e da vontade de
Deus de associar-nos a este mistério de amor.
A Santa Teresinha do Menino Jesus um dia lhe ofereceram diversos
presentes para que ela escolhesse, e ela —com uma grande decisão mesmo
apesar de sua pouca idade— disse: «Escolho tudo». Já depois entendeu que
este escolher tudo deveria se de concretizar em querer ser o amor na
Igreja, pois um corpo sem amor não teria sentido. Deus é este mistério
de amor, um amor concreto, pessoal, feito carne no Filho Jesus que chega
a dar tudo: Ele mesmo, sua vida e seus atos são a máxima e mais clara
mensagem de Deus.
É deste amor que abrange tudo de onde nasce a “paz”. Esta é hoje uma
palavra desejada: queremos paz e tudo são alarmes e violências. Só
conseguiremos a paz se nos voltamos a Jesus, já que é Ele quem nos dá a
paz como fruto de seu amor total. Mas não nos dá como o mundo faz.
«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a
dou» (cf. Jo 14,27), pois a paz de Jesus não é a tranquilidade e a
despreocupação, pelo contrário: a solidariedade que se transforma em
fraternidade, a capacidade de ver-nos e de ver aos outros com olhos
novos como faz o Senhor, e assim perdoar-nos. Dai nasce uma grande
serenidade que nos faz ver as coisas tal e como são, e não como parecem.
Seguindo por este caminho chegaremos a ser felizes.
«Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos
ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito» (Jo 14,26).
Nestes últimos dias de Páscoa peçamos abrir-nos ao Espírito: O
recebemos ao sermos batizados e crismados, mas é necessário que —como
dom ulterior —volte a brotar em nós e nos faça chegar lá onde não
ousaríamos.+ Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu
(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Se fechares a porta da tua alma, deixas fora a Cristo. Embora tenha o poder de entrar, não quer ser inoportuno, não quer obrigar à força» (Santo Ambrósio)
«Ao longo da história da salvação, na qual Deus se fez próximo de nós e espera pacientemente os nossos tempos, incluindo as nossas infidelidades, encoraja os nossos esforços e guia-nos. Na oração aprendemos a ver os sinais deste plano misericordioso» (Bento XVI)
«A forma tradicional de pedir o Espírito é invocar o Pai, por Cristo, nosso Senhor, para que nos dê o Espírito Consolador. Jesus insiste nesta petição em seu Nome no próprio momento em que promete o dom do Espírito de Verdade. Mas também é tradicional a oração mais simples e mais directa: ‘Vinde, Espírito Santo’» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.671)
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