No
capítulo I dos Atos dos Apóstolos vem narrada a eleição desse apóstolo,
chamado a recompor o número dos Doze, após a defecção de Judas
Iscariotes. Pedro sugeriu o método já posto em prática no Antigo
Testamento: tirar a sorte entre dois candidatos. Eram estes José,
cognominado o Justo, e Matias. Ambos preenchiam os requisitos para a
missão apostólica. “É necessário, pois, que, destes homens que nos
acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de
nós, a começar pelo batismo de João até o dia em que nos foi
arrebatado, haja um que se torne conosco testemunha de sua
ressurreição.” Antes de tirar a sorte, os apóstolos pediram: “Mostra, Senhor, qual foi que escolheste”.
A
sorte recaiu em Matias. É conveniente saber que, antes de fazer parte
do reduzido grupo dos apóstolos, reunidos à espera de Pentecostes, o
escolhido seguiu Jesus desde o começo de sua vida pública, em meio ao
grupo dos discípulos cujo número aumentava, e dia após dia foi
testemunha da ressurreição. Depois da descida do Espírito Santo,
igualmente para o apóstolo Matias teve início a missão de pregar o
Evangelho na Judéia. Mas desde esse momento não houve mais notícias a
seu respeito.
A
tradição faz chegar até nós a imagem de um ancião, que segura uma
alabarda — símbolo de seu martírio. Mas não é certo que tenha morrido
mártir, assim como não se pode comprovar que haja morrido em Jerusalém —
ou que santa Helena tenha levado suas relíquias a Tréveris, sob a
guarda da abadia que traz seu nome.
A minha oração
“Ó glorioso Apóstolo, vós sois
uma luz em meio a multidão, um testemunho vivo da ressurreição de nosso
Senhor. Mesmo sem tê-lo visto, queremos também ser sinais e anunciadores
do ressuscitado. Ajuda-nos, mesmo em meio às dificuldades, a
evangelizar levando a experiência do encontro pessoal com Jesus!” Amém
São Matias, rogai por nós!
O pároco da vizinhança se encarregou da educação de Miguel e depois o recomendou ao bispo de Baiona. Dedicado e inteligente, foi estudar no Seminário de Dax, ordenando-se sacerdote em 1823, e dois anos depois se tornou professor de Filosofia no Seminário Maior de Bétharram, nos Baixos Pirineus.
Miguel se tornou formador de novos padres. Preocupava-se com o clero, que se mostrava despreparado e desorientado. Para mudar tal quadro, teve a idéia de fundar um instituto de sacerdotes que atuariam como colaboradores nas paróquias, nos colégios e nos seminários, dando suporte intelectual.
O bispo não ficou muito animado com essa idéia, porém o autorizou a tentar. Assim, Miguel iniciou o seu projeto, procurando padres que estivessem dispostos à missão. Ele os educou e preparou, o que encorajou o novo bispo de Baiona a dar o seu apoio. Em 1841, o instituto, que passou a se chamar Padres do Sagrado Coração de Jesus, recebia a aprovação diocesana.
Porém uma doença seria o novo desafio que Miguel teria de enfrentar. Em 1853, adquiriu uma paralisia que o prenderia à cama. Foram nove anos de sofrimento. Padre Miguel morreu em 14 de maio de 1863.
Treze anos depois, teve inicio o seu processo de canonização, que terminou em 1947, quando foi proclamado santo pelo Papa Pio XII. Hoje, os Padres do Sagrado Coração de Jesus, ou Padres de Bétharram, como também eram chamados, estão presentes na Itália, Espanha, Inglaterra, Argentina, no Uruguai e Brasil.
São Miguel Garicoits, rogai por nós!
À noite, na prisão, recebeu um pouco de alimento de alguns cristãos, que, escondidos, conseguiram entrar. Comovido com esse gesto de pessoas desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem aquilo e eles responderam: "Deus que está no céu". Nessa noite, Pacômio rezou com eles para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras ouvidas que esta seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele se converteu ao cristianismo em 313 e voltou para o Egito, onde recebeu o batismo.
Depois, compartilhou durante sete anos a companhia de um ancião eremita de nome Palemon, que vivia dedicado à oração. A princípio, o ancião não quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e orações não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que deveria ficar.
Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma voz que lhe dizia para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um mosteiro onde receberia e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que o ensinou como deveria organizar o mosteiro.
Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou pronto. As profecias que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se juntaram a ele. Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram admissão no mosteiro de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio, santo e doutor da Igreja. Até seu irmão João, que distribuiu toda a sua riqueza entre os pobres, uniu-se a ele.
Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou cenobítica, no Egito, não mais com um chefe carismático que agregava ermitãos reunidos em pequenos grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos, com regras precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, a exemplo dos primeiros apóstolos de Jesus.
Pacômio ainda abriu mais oito mosteiros masculinos e um feminino. Sua fama de santidade espalhou-se pelo Egito e pela Ásia Menor. Foi agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 346, vítima de uma peste que assolava o Egito na época. Até o século XII, havia, ainda, cerca de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio.
São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um dos representantes de Deus que mais prestaram serviço à Igreja católica. Sua festa litúrgica ocorre no dia 14 de maio.
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