São Crispim de Viterbo
Pedro nasceu em Viterbo, em 13 de novembro de 1668, na Itália. Era filho de Ubaldo Fioretti e Márcia, que, viúva, já tinha uma filha. Porém Ubaldo também faleceu logo depois, deixando Pedro órfão ainda muito pequeno. Assim, Márcia, novamente viúva, casou-se com o irmão de Ubaldo, o sapateiro Francisco, do qual as crianças eram muito afeiçoadas. Francisco, assumindo o lugar paterno, encaminhou o menino para estudar na escola dos padres jesuítas e o fez seu aprendiz na sapataria.
Entretanto, Pedro demonstrava uma vocação religiosa muito forte, sendo fervoroso devoto de Jesus Cristo e de Maria. Em 1693, vestiu o hábito dos capuchinhos, tomando o nome de frei Crispim de Viterbo, em homenagem ao santo padroeiro dos sapateiros.
Até 1710, serviu em vários mosteiros de Tolfa, Roma e Albano, quando foi, definitivamente, para Orvietto. Versátil, exerceu várias funções, como cozinheiro, enfermeiro, encarregado da horta e, além disso, passou a esmolar de porta em porta. Foram quarenta anos de vida de humildade, penitência e alegria, contagiando a todos que tiveram a felicidade de sua convivência e conselho.
Era um homem amante da pobreza, contemplativo, gentil e caridoso, sabia encontrar as palavras e atitudes justas quando era preciso advertir quem quer que fosse, agindo como um sábio e mestre. Suas atenções eram para os pequeninos, pecadores, pobres, encarcerados, doentes, velhos e crianças abandonadas.
Sua longa vida foi conduzida para o caminho do otimismo, alegria e amor a Deus e a Nossa Senhora, louvados e cantados de dia e de noite, em todas as circunstâncias, sempre. Era todo repleto do Espírito Santo. São tão vastos seus ditos, poemas e orações que se perpetuaram entre os devotos, como este que ensinava aos jovens: "Filhinhos, trabalhai quando ainda são jovens, e sofrei com boa vontade, porque, quando alguém é velho, não lhe resta senão a boa vontade". E ainda o que exortava a todos : "Amai a Deus e não fracassareis, fazei por bem e deixai que falem".
Aos oitenta e dois anos de idade, muito doente, sofrendo de artrite nas mãos e pés, além de um grave mal que lhe atingiu o estômago, foi enviado para Roma, onde morreu em 19 de maio de 1750, pedindo perdão aos irmãos caso os tivesse ofendido. Uma de suas frases resume bem o seu carisma de vida: "Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e, depois, contente morre!"
Os milagres por sua intercessão foram muitos e a devoção popular se propagou por todo o mundo católico, onde as famílias franciscanas estão instaladas. Foi beatificado em 1806, pelo papa Pio VII, que marcou sua festa para o dia de sua morte. Depois, em 1982, são Crispim de Viterbo foi canonizado pelo papa João Paulo II, tornando-se o primeiro santo que esse papa alçou à veneração dos altares da Igreja.
São Crispim de Viterbo, rogai por nós!
Os próximos doze anos foram dedicados aos estudos de teologia e filosofia na escola de são Boaventura e de direito civil e canônico, cursados na cidade de Orleans, junto ao famoso jurista Peter de la Chapelle. Era muito respeitado no meio acadêmico, por sua aplicação nos estudos e devido à sua vida de piedade muito intensa. Dessa forma, atender o chamado do Senhor pelo sacerdócio seria apenas uma questão de tempo para Ivo.
Atuou como destacado advogado, tanto na corte civil quanto na corte eclesiástica. Aos vinte e sete anos, passou a trabalhar para o diaconato da diocese de Rennes, onde foi nomeado juiz eclesiástico. Pouco tempo depois, o bispo o convocou para trabalhar junto dele na mesma função, mas antes o consagrou sacerdote.
Ivo, aos poucos, se despojou de tudo para se conformar de maneira radical a Jesus Cristo, exortando os seus contemporâneos a fazerem o mesmo, por meio de uma existência diária feita de santidade, no caminho da verdade, da justiça, do respeito pelo direito e da solidariedade para com os mais pobres.
Seus conhecimentos legais estavam sempre à disposição dos seus paroquianos, defendendo a todos, ricos e pobres, com igual lisura. Foi o primeiro a instituir, na diocese, a justiça gratuita para os que não podiam pagá-la. A fama de juiz austero, que não se deixava corromper, correu rapidamente e Ivo se tornou o melhor mediador da França, sempre tentando os acordos fora das cortes para diminuir os custos legais para ambas as partes.
Essa sua dedicação na defesa dos fracos, inocentes, viúvas e pobres lhe conferiu o título de "advogado dos pobres". Muitos foram os casos julgados por ele, registrados na jurisprudência, que mostraram bem seu modo de agir. Ficou constatado que, quando lhe eram denunciados roubos de carneiros, bois e cavalos, com a desculpa de impostos não pagos, Ivo ia pessoalmente aos castelos recuperar os animais. Famosa também era sua caridade.
Contam os devotos que ele tirava a roupa do corpo, mesmo no inverno, e ia distribuindo aos pobres e mendigos, indo para sua casa muitas vezes só com a camisa. Diz a tradição que, certa vez, deu sua cama a um mendigo que dormia na porta de uma casa e foi dormir onde dormia o mendigo.
Por tudo isso, sua saúde ficou comprometida. Em 1298, a doença se agravou e ele se retirou no seu castelo, o qual transformara num asilo para os mendigos e pobres ali tratados com conforto, respeito e fervor. Morreu em 19 de maio de 1303, aos cinqüenta anos de idade. O papa Clemente VI declarou-o santo 1347. Ele é o padroeiro da Bretanha, dos advogados, dos juízes e dos escrivães.
Pedro
nasceu em 1215, na província de Isernia, Itália, de pais camponeses com
muitos filhos. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos
seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando
com os beneditinos de Faifoli. Assim que terminou os estudos,
retirou-se para um local ermo, onde viveu por alguns anos.
Depois
foi para Roma, recebendo o sacerdócio em 1239. Entrou para a Ordem
beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita.
Assumiu, então, o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do
morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e
orações contemplativas.
Em 1251, fundou, com a colaboração de
dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o
convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova
Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente, a
aprovação do papa Leão IX, em 1273.
Em 1292, morreu o papa
Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha
chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma
carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja
precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os
cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo eleito em 1294 com o
nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por
pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida
contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi
percebido pelos cardeais.
Pedro Celestino exerceu o papado
durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis.
Reconhecendo-se deslocado, renunciou em favor do papa Bonifácio VIII,
seu sucessor. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não
reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo pontífice. Para não gerar um
cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou, humildemente, ficar
prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.
Dez
meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e ficou
sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os santos sacramentos e
aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19
de maio de 1296. Logo, talvez pelo desejo de uma reparação, a Igreja
declarou santo o papa Pedro Celestino, já em 1313.
A Ordem dos
Celestinos continuou se espalhando e crescendo, chegando a atingir, além
da Itália, a França, a Alemanha e a Holanda. Mas, depois da Revolução
Francesa, sobraram poucos conventos da Ordem na Europa.
São Pedro Celestino, rogai por nós!
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