São Maximino
São Jerônimo coloca são Maximino entre os homens ilustres de seu tempo e o define como “um dos bispos mais corajosos”.
Conforme a lenda, durante uma viagem a Roma, Maximino teria sido atacado por um urso que devorou o jumento em cuja garupa levava as bagagens. O santo — que assistira, impávido, a essa trágica cena — em seguida teria obrigado o urso a transportar os pesados fardos. Lendas como essa lêem-se em Vida de são Maximino, escrita no século VIII por um monge anônimo do mosteiro de Tréveris, na Renânia, onde o santo deste dia foi bispo, vindo a ocupar a sede que fora de santo Agrício, seu mestre.
Nasceu em Silly, perto de Poitiers, na Aquitânia; era irmão de são Maxêncio, bispo de Poitiers.
O urso — contra o qual o santo bispo de Tréveris teve de lutar, metaforicamente falando — era Constâncio, imperador ariano de Constantinopla, que mandara ao exílio os dois grandes campeões da ortodoxia, santo Atanásio, de Alexandria, e são Paulo, de Constantinopla. Em tais circunstâncias mostrou-se corajoso, oferecendo não só hospitalidade e apoio aos dois exilados, como também se empenhou com êxito com o próprio imperador, que por fim cedeu, permitindo que os dois bispos voltassem às suas respectivas dioceses.
Maximino morreu longe da própria sede, provavelmente durante uma estada em sua terra natal. São Paulino, seu sucessor, fez trasladar seu corpo da Aquitânia para a basílica de São João, a qual mais tarde recebeu o nome de São Maximino.
São Maximino, rogai por nós!
Júlia
Ledochowska pertencia a uma família especialmente abençoada. A sua
irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e
foi inscrita no livro dos santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o
vigésimo sexto preposto-geral dos jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril
de 1865 e os pais eram nobres poloneses que residiam na Áustria.
Até
o final da adolescência viveu nesse país, onde completou os estudos,
depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na
Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas
de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de
Úrsula em 1899.
Ativa educadora, fundou um pensionato feminino
para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de
Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi
chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na
Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de
cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas
exiladas; nessa função teve de usar roupas civis para sua segurança. Em
1909, fundou, também, uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou
com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo
o estilo inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma Petersburgo, uma
casa das Ursulinas.
A sua cidadania e origem austríaca a fizeram
objeto de perseguição por parte da polícia russa durante a Primeira
Guerra Mundial, tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou,
também ali, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado
a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado
ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar
assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos,
quando, então, regressou para o seu convento na Polônia.
Atendendo
um antigo anseio interior, em 1920 separou-se da sua congregação para
fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante,
com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar
dos pobres, velhos e crianças.
Na Polônia, devido à cor do
hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as
"irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com
rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam trinta e
cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos
escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.
Madre
Úrsula Ledochowska faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na Casa
mãe da Ordem, que conserva as suas relíquias. O papa João Paulo II, em
1983, a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a
Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu
devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.
A minha oração
“Que a vossa coragem pastoral nos inspire a buscar os mais necessitados da graça de Deus, os mais excluídos e, com muito ardor para com eles, possamos ser mais santos e divulgadores do verdadeiro amor de Deus.”
Santa Úrsula Ledochowska, rogai por nós!
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