Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
12º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 9,18-24)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Certo dia, 18Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?”
19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”.
20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”.
21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
«E vós, quem dizeis que eu sou?»
Hoje, no Evangelho, Jesus
coloca-nos diante de uma pergunta fundamental. Da resposta depende a
nossa vida: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). Pedro respondeu
em nome de todos: «O Cristo de Deus». Qual é a nossa resposta?
Conhecemos Jesus suficientemente para poder responder? A oração, a
leitura do Evangelho, a vida sacramental e a Igreja são fontes
inseparáveis que nos levam a conhecê-Lo e a "vivê-Lo". Até que sejamos
capazes de responder com Pedro, com todo o coração e a mesma
humildade..., certamente ainda não nos deixámos transformar por Ele.
Temos de conseguir sentir como Pedro, de sentir como a Igreja para poder
responder satisfatoriamente à pergunta de Jesus!
Mas o Evangelho de hoje acaba com uma exortação a seguir o Senhor desde a
humildade, desde a negação e a cruz. Seguir Jesus deste modo só pode
dar salvação, liberdade. «O que acontece com o ouro puro, também
acontece com a Igreja; ou seja, quando passa pelo fogo, não lhe acontece
nenhum mal, pelo contrário, aumenta o seu esplendor» (Santo Ambrósio).
Nem as contrariedades, nem a perseguição por causa do Reino, nos devem
asssustar, devem antes ser motivo de esperança e até de alegria. Dar a
vida por Cristo não é perdê-la, é ganhá-la para toda a eternidade. Jesus
pede que nos humilhemos totalmente por fidelidade ao Evangelho, Ele
quer que, livremente, lhe demos toda a nossa existência. Vale a pena dar
a vida pelo Reino!
Seguir, imitar, viver a vida da graça, enfim, permanecer em Deus é o
objetivo da nossa vida cristã: «Deus fez-se homem para que, imitando o
exemplo de um homem, o que é possível, cheguemos a Deus, algo que antes
era impossível» (Santo Agostinho). Que Deus, com a força do seu Espirito
Santo, a isso nos ajude!Rev. D.
Ferran
JARABO i Carbonell
(Agullana, Girona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Fogo e cruz, e manadas de animais selvagens, os meus ossos partidos (...), tribulações de todo o meu corpo, tormentos atrozes do diabo, venham sobre mim, na condição alcançar a Cristo» (Santo Inácio de Antioquia)
«Também sucede agora o mesmo que outrora: muitos aproximam-se de Jesus, por assim dizer, desde fora (...). Como então, também hoje as "pessoas" têm opiniões diversas sobre Jesus. E como então, assim também a nós, os discípulos de hoje, Jesus repete-nos a sua pergunta: - “E quem dizeis vós que eu sou?”» (Benedito XVI)
«É graças a esta força do Espírito que os filhos de Deus podem dar fruto. Aquele que nos enxertou na verdadeira Vide far-nos-á dar «os frutos do Espírito: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio» (Gl 5, 22-23) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 736)
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