São Bernardo de Menton (de Aosta)
Bernardo
viveu no século IX. Pouco se sabe sobre sua origem, não é certo, mas
parece que pertencia à família dos barões de Menton, da corte francesa.
Entretanto documentos da época confirmam que, na Itália, Bernardo era o
arcedecano da catedral de Aosta, conhecido pela oratória nas pregações.
Ele
será sempre lembrado como reconstrutor de um dos pontos mais destruídos
da Europa: a passagem de Monte Giove, atualmente chamada de Grande São
Bernardo, onde também havia um mosteiro. Essa região de vales era uma
rota importante que ligava Londres, na Inglaterra, a Perugia, na Itália,
permitindo o trânsito de mercadorias, pessoas e idéias.
Desde o
final do século IX, esses vales e colinas passaram a viver um inferno.
Os exércitos árabes dominaram a região, achacando a população,
provocando seqüestros, matanças, incendiando mosteiros, igrejas e
aldeias inteiras.
Até
que Guilherme da Provença colocou um ponto final nessa situação.
Destruiu a base armada dos árabes, provocando a retirada de todos, mas,
em conseqüência, a região ficou completamente destruída.
Foi
nesse contexto que apareceu Bernardo. Ele recuperou o mosteiro lá
existente, criando uma nova comunidade religiosa, que, sob a sua
direção, com determinação e competência, reorganizou a população e
reconstruiu as aldeias e vales. Assim, o paraíso voltou a reinar, pouco a
pouco, com os habitantes fixando-se na região.
Depois, os novos
religiosos, com o tempo, converteram-se em cônegos regulares e chegaram a
formar uma congregação, a qual se dedicou a evangelizar as regiões
montanhosas da Ásia Central. Eles se tornaram também famosos por
utilizarem cães auxiliadores, conhecidos pelo nome de "São Bernardo",
pois se originaram nesse mosteiro, e que tanto serviços prestaram para
resgatar os alpinistas perdidos.
Este foi o outro Bernardo
atuando, aquele evangelizador. Talvez a parte menos comentada de sua
vida. Em sintonia com a reforma interna da Igreja, Bernardo era contra a
ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos fiéis e
o comércio das coisas espirituais.
Pois foi trabalhando nessa
causa que a morte o levou, em 12 de junho de 1081, no Convento de
Novara. A Europa conseguiu reerguer-se, após mil anos de invasões de
árabes, normandos, eslavos e húngaros, graças a homens como Bernardo de
Aosta. Seu corpo foi sepultado na catedral de Novara, na Itália.
Inscrito
no Martirológio Romano em 1681, são Bernardo de Aosta foi proclamado
pelo papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas
e dos esquiadores.
São Bernardo de Menton (de Aosta), rogai por nós!
Gaspar cresceu nesse ambiente, enfrentando também problemas familiares: morte da irmã, separação dos pais. Entrou no Seminário e ordenou-se sacerdote, com 23 anos de idade, em 20 de setembro de 1800. Ainda seminarista, dedicava-se ao cuidado dos doentes, ao trabalho com a juventude, sendo reconhecido como "Apóstolo dos jovens".
A pedido do Bispo, resgatou a dignidade do clero, e o Seminário tornou-se exemplo de ordem e disciplina. Colaborou na páróquia de San Fermo, como excelente pregador, o que lhe valeu o título de "Missionário Apostólico".
Mas, aos poucos, Deus o foi chamando para a fundação de uma Congregação religiosa, numa época em que as Congregações eram perseguidas e até suprimidas, consideradas grupos de rebeldia contra franceses e austríacos.
Inspirado em Santo Inácio de Loyola, ele, com alguns companheiros, iniciaram uma escola anexa à Igreja dos Estigmas, lembra as chagas ou estigmas de São Francisco de Assis. Aí nascia uma Ordem Religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o nome de: "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo" os Estigmatinos.
Em reconhecimento à autoridade e ao apoio dos bispos, denominam-se: "Missionários Apostólicos em Auxílio aos Bispos". Padre Gaspar procurava fazer tudo segundo a vontade de Deus. Desde os 35 anos, enfrentou sérios problemas de saúde, suportou terríveis sofrimentos, sem nem mesmo uma queixa. Fez de suas enfermidades motivos de redenção e de louvor a Deus. Chamava-as "Escola de Deus", que ensina o perdão e a confiança nele.
Padre Gaspar morreu, com quase 76 anos, em 12 de junho de 1853 e foi canonizado por João Paulo II, em 1 de novembro de 1989. Celebra-se sua festa litúrgica dia 12 de junho.
São Gaspar Bertoni, rogai por nós!
Naquele ano Gaspar de Búfalo, com dois anos de sacerdócio, tinha sido preso por ter rejeitado o juramento de fidelidade a Napoleão. Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar recebeu de Pio VII a incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Ele empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso apóstolo desta devoção.
Faleceu em Roma a 28 de dezembro de 1837, em um quarto em cima do Teatro Marcelo, São Vicente Palloti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como uma estrela luminosa. A fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.
São Gaspar de Búfalo, rogai por nós!
O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente, ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade.
Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".
O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.
Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.
Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.
Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.
João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros.
São João de Sahagun, rogai por nós!
Onofre
foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do
século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a
fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse abade
empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a
vivê-la.
Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias,
quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante,
viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de
cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um
animal, usando uma tanga de folhas.
Era comum os eremitas serem
encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do
deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No final, ficavam despidos
porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.
No
primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela
figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada
temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.
O abade
retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a
Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge
em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir
para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista
e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que
encontrasse.
Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e
também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de
uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em
seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas
celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos
dois, um pouco de pão e água que os revigorou.
Pafúncio falou a
ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não
era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a
morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que
presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a
Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.
Retornando à cidade,
escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A
devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o
Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela
Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro
da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos
de Deus.
Santo Onofre, rogai por nós!
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