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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Santa Gemma Galgani - Autobiografia

A autobiografia de Santa Gemma Galgani.

"O quaderno dos meus pecados"

Explicações tidas pelo Anjo da Guarda:
Do Diário de Gemma Galgani (alg
uns trechos).


(Autobiografia da Santa, que o demônio tentou queimar)

Na manhã do dia 25 de março, Jesus se fez presente à minha alma mais vezes: sentia um recolhimento interno, que por graça de Deus nada podia me distrair; ao meio dia sinto que o meu anjo me bate no ombro e me diz:

- Gemma, venho em nome de Jesus a exaurir a sua promessa.

Não sabia o que pensar; fiquei admirada em escutar aquelas palavras.

- Filha, acrescentou, eu sou o teu guarda, mandado de Deus; eu venho para fazer-te entender um mistério, maior que todos os outros mistérios.

Era estupefata, ainda não entendia... O meu anjo percebeu e me disse:

- Lembras, 12 dias atrás, aquilo que te prometi?

Pensei e logo me veio à mente.

- Sabes, oh minha filha, que eu te falarei sobre Maria Santíssima, de uma moçinha tão humilde diante do mundo, mas de uma infinita grandeza diante de Deus; te falarei da mais linda, da mais santa de todas as criaturas; da filha predileta do Altíssimo, daquela que vinha destinada à incomparável dignidade de mãe de Deus.

... Era já noite adentro e Maria Santíssima estava sozinha no seu quarto: rezava, era toda compenetrada em Deus. De repente aparece uma grande luz naquele mísero quarto e o arcanjo, transformando-se em corpo humano e circundado de um numero infinito de anjos, vai perto de Maria, reverente e majestoso. A reverência como Senhora, sorri a Ela como anunciador de uma bela noticia e com doces palavras assim lhe diz: "Ave, ó Maria, o Senhor é com ti. A bendita tu és entre todas as mulheres". O belo, o grande e sublime augúrio, que na terra nunca se escutou nem se escutará jamais!

..."Apenas o arcanjo celeste pronunciou estas palavras, silenciou, quase esperando o sinal dela para explicar a sua divina embaixada. Maria porém, escutando a surpreendente saudação, se inquietou; se calou e pensava. Mas talvez crias, ó filha minha, que à Maria não tivessem descido os anjos do paraíso? Ela a cada momento gozava da visita e dos doces colóquios... Ela não vai investigar na sua mente o significado misterioso, mas se inquieta porque; acredita ser indigna da saudação Angélica. Ah! Filha minha",
me repetia,
"se Maria tivesse sabido quanto a sua humildade fosse de agrado ao Senhor, não se teria sentido indigna dos obséquios de um anjo. "Como, dizia para si mesma, "um anjo de Deus me chama cheia de graça, enquanto eu me reconheço não merecedora de qualquer divino favor? "Como, pensava Maria, "um anjo do paraíso me chama bendita entre as mulheres, enquanto sou entre as mulheres a mais inútil, a mais vil, a mais objeta? Qual mistério se esconde atrás do véu desta sublime saudação?...

"À saudação do anjo, Maria não havia dado nenhuma resposta; então Gabriel para acalmá-la repetiu: "Não temer, ó Maria, tu és a única que encontrou graça diante o Altíssimo. Deste momento conceberás no teu seio um filho, o chamará com o nome de Jesus e de todos será chamado Filho do Altíssimo: a ele será dado o trono de Davi, reinará em eterno e o seu reino não terá fim". Com estas sublimes palavras o arcanjo explicou tudo o que devia a Maria...

... O anjo já havia manifestado a Virgem o mistério da grande missão, isto é, que Ela estava para ser a mãe do Filho do Altíssimo. Mas Ela, olhando na direção do anjo, lhe disse: "E em que modo poderá acontecer isto, se conservo o meu candor virginal?" (Já tinha sido prognosticado por Isaías, que dizia que o Cristo devia nascer da mãe virgem)... Saiba, aqui me disse o meu anjo, "que Maria Santíssima, com um exemplo jamais ouvido, desde do início da sua vida tinha consagrado ao celeste esposo das almas castas a sua flor virginal e, mesmo que não fosse sujeita a tentações, não havia deixado de conservar aos seus lírios entre os espinhos da mortificação.

"Refleti", me dizia, "como Maria Santíssima silenciou a todas as coisas que se referiam ao grande mistério, somente falou e se demonstrou aberta, quando ouviu tratar do seu puro candor e se colocou perto daquele anjo de Deus com doce vontade… Entendeu, ó filha, quanto Maria amasse esta bela, Angélica, celeste virtude? Mas quem acreditas tu que a amasse mais? Jesus ou Maria? Certamente Jesus que nunca teria escolhido uma mãe, se não virgem pura, imaculada.

O anjo Gabriel respondeu:

"Maria, o Espírito Santo descerá sobre ti, a virtude sublime do Altíssimo te cobrirá; e porém aquele que nascerá da ti santo será o verdadeiro Filho de Deus. A este ponto te informo que Isabel, tua parente, na sua velhice concebeu um filho e é já ao sexto mês, aquela que dizia ser estéril, porque lembras que a Deus nada é impossível".

O anjo Gabriel continuou a Maria Santíssima com estas palavras:

"Estai tranqüila e consola-te, ó virgem bendita: o divino Espírito será aquele que descerá para fecundar as tuas vísceras imaculadas. A onipotente virtude do Altíssimo operará em ti um novo prodígio que, conservando ao mesmo tempo a honra de virgem, te dará a alegria de mãe. O santo, que conceberás no teu seio, não será que o Filho de Deus".

Com estas palavras o arcanjo Gabriel revelava o arcano, explicava o mistério, tranqüilizava Maria.

"Enfim tudo foi feito, não faltava que a última palavra de Maria, para que a virgem fosse mãe de Deus. O Verbo divino, gerado do Pai no esplendor dos santos, não devia ter pai na terra, assim como mãe não teve no céu. E Maria, sendo eleita genitora do Unigênito do divino Pai, se transformava do mesmo Pai, a unigênita filha. Sendo Ela a virgem que devia dar os humanos, membros ao Verbo divino; era elevada à dignidade de Mãe do Filho de Deus. Sendo Maria aquela, sobre a qual teria descido o Espírito Santo, que coberta com a Sua virtude onipotente a teria feita mãe virgem de um filho Deus, era por isso elevada à grandíssima honra de esposa ao Espírito Santo.

"Explicado o enigma, tranqüilizada completamente a virgem, o mensageiro divino silenciava, ansioso esperando a sua resposta, isto é, a autorização de Maria à encarnação do Verbo eterno... e Ela responde:

"Eis a serva do Senhor, seja feito de mim segundo a tua palavra".

Tudo é feito, Maria é a mãe do Filho do Altíssimo. A estas palavras exulta o céu, se consola o mundo inteiro. O anjo reverente se prostra diante à sua Senhora e depois pega o vôo e volta ao paraíso.

Maria, no ato de aceitar a altíssima dignidade de Mãe de Deus, se declarava humildemente serva do Senhor. Esta humildade profundíssima, em que a encontrou recolhida e quase abandonada, o anjo do Senhor, não faltou à gloriosa saudação e a mais gloriosa proposta de ser a mãe do Verbo divino.

"Maria tinha então proferido o prodigioso Fiat (sim), e em um instante, formado do divino Espírito no seu seio, da puríssima virginal substância, um tenro e perfeito corpinho e unindo uma alma humana, se juntaram em simbiose, à divina Pessoa do Verbo. O milagre! Aquele Deus, que não pode ser contido na grandeza dos céus, está dentro do ventre de Maria. Aquele Deus, que sustenta com um dedo a grande máquina do universo, é sustentado pelo puro seio de uma virgem. Quem pode dizer portanto qual seja a grandeza da alegria que inundou e incendiou a alma de Maria naquele feliz momento em que se transformou em mãe do Filho de Deus? O Rei dos Reis, o grande Senhor dos dominantes colocou o seu trono no seio de Maria. Um infinito gáudio inundou Maria, quando se fixou na infinita luz e pode mirar os arcanos esplendores da divindade.

Aceitando Maria a incomparável dignidade de mãe de Deus, aceitava o generoso dever de mãe do humano gênero.

Devemos alegrar-nos: Maria, dando o seu consentimento ao anjo, nos adotou como filhos e se transformou na mãe de todos nós.

Mais alguns Trechos do Diário de Gemma Galgani

... Era de muito tempo que suplicava a Jesus a fim de que me tirasse todos os sinais externos, mas Jesus invés acrescentou um outro; me fez experimentar pequenas partes da sua flagelação; as dores das mãos, pés, cabeça e coração acrescentou também alguns outros. Seja sempre agradecido. Lá pelas cinco horas comecei a sentir uma dor tão forte dos meus pecados, que me parecia de estar fora de mim: mas a este pavor logo apareceu a esperança na misericórdia de Deus e logo me acalmei.
... Não experimentava ainda nenhuma dor; depois de mais ou menos uma hora me pareceu de ver o meu anjo da guarda que tinha na mão duas coroas: uma de espinhos, feita a forma de chapéu e a outra de lírios branquíssimos.

A primeira impressão este anjo me deu um pouco de medo, mas depois, alegria; juntos adoramos a grandeza de Deus, gritamos; "Viva Jesus!" forte e depois, mostrando-me as duas coroas, me perguntou qual preferia. Não quis responder, porque padre Germano me o havia proibido, mas insistiu, dizendo-me que era ele que o mandava e para dar-me um sinal que verdadeiramente era ele que o mandava, me benzeu na maneira que era hábito ele fazer e fez a oferta de mim ao eterno Pai, dizendo-me que esquecesse naquela noite a mim mesma e pensasse aos pecadores.

Fui influenciada por estas palavras e respondi ao anjo que escolheria aquela de Jesus; me mostrou aquela de espinhos e me a deu; a beijei diversas vezes e o anjo desapareceu, depois de tê-la colocada sobre a minha cabeça.

Comecei então a sofrer, nas mãos, pés e na cabeça; mais tarde, no corpo inteiro e sentia fortes socos. Passei a noite deste modo; com força me levantei na manhã seguinte, para não dar na vista; os socos e as dores até as duas horas; nesta hora apareceu o anjo (e para dizer a verdade, quase não podia ficar em pé) e me fez estar bem, dizendo-me que Jesus tinha tido compaixão de mim, porque sou pequenina e era incapaz de chegar a sofrer até a hora que Jesus expirou.

Depois estive bem; porém eu sentia todos os ossos e mal me podia agüentar em pé. Mas uma coisa me afligia: via que os sinais não tinham desaparecido, nos braços e em qualquer outra parte do corpo (notei enquanto me vestia) havia manchas de sangue e alguns sinais de socos. De manhã, quando fiz a comunhão, rezei com mais fervor a Jesus, que me tirasse os sinais e me prometeu que no dia da sua Paixão me teria tirado. Soube que a Paixão era terça-feira e sextas-feiras, não deveriam mais passar.
A última sexta-feira, os sinais na cabeça, nas mãos, nos pés e no coração não mais existiam; mas Jesus pela segunda vez me fez sentir novamente alguns socos: veio-me um pouco de sangue em algumas partes do corpo, mas espero que Jesus logo me tirará também estas.

... Hoje que eu pensava de estar livre daquela fera, invés ela me atormentou muito. Eu fui com a intenção de dormir mas aconteceu tudo uma outra coisa:

Começou com socos que temi pudessem me fazer morrer. Era na forma de um grande cão todo preto e me colocava as pernas sobre os meus ombros; mas me fez muito mal porque me fez sentir todos os ossos.

As vezes acredito que ele me segurasse, aliás uma vez, tempos atrás, no pegar a água benta, me torceu tão forte o braço, que cai no chão com grande dor e então me tirou o osso do lugar; mas logo voltou, porque me tocou Jesus e tudo retornou ao normal.

... Ontem aconteceu a mesma coisa: fui para dormir e adormeci, mas o demônio não, parecia que não tinha vontade. Se mostrou de uma maneira suja, me tentava, mas fui forte. Dentro de mim pedia a Jesus que preferia que me tirasse a vida do que dever ofendê-lo. Que tentações horríveis são aquelas! Todas me desagradam, mas aquelas contra a santa pureza quanto me fazem mal!

Depois para colocar-me em paz, veio o anjo da guarda e me tranqüilizou dizendo que eu não havia feito mal algum. As vezes reclamo porque gostaria que me viesse ajudar em determinados momentos, e me diz: Que eu o veja ou não, está sempre acima da minha cabeça; e ontem, porque Maria Santíssima Adorada me ajudou de verdade e fui muito forte, me prometeu que à noite teria vindo Jesus a ver-me.

... Esta sexta-feira sofri muito mais, porque fui obrigada a fazer pequenas coisas, e a cada movimento pensava de morrer. Minha tia me tinha impedido de trazer para cima um pouco de água: fiz com dificuldade, e me parecia (mas era tudo idéia minha) que as espinhos me fossem ao cérebro e me começou a cair uma gota de sangue das têmporas. Me limpei rápido. Me perguntou se eu tinha caído e quebrado a cabeça; lhe disse que tinha-me arranhado com a corrente do pescoço. Depois fui procurar as freiras; eram 10 horas e fiquei com elas até às 5. Voltei para casa, mas Jesus já tinha feito desaparecer tudo.

... Fui dormir com a firme intenção de dormir; o sono não demorou a vir e me apareceu quase logo um homem pequeno, pequeno, de cor perto e de pelo preto. Que susto! Pousou as mãos sobre a cama, pensei que quisesse surrar-me. Não, não, não posso te surrar, não te amedronte, e no dizer isso, ia se alongando. Chamei Jesus em minha ajuda, mas não veio; nem por isso me deixou: depois de ter invocado o nome de Jesus, me senti logo livre, mas foi tudo de repente.

... Tinha terminado as orações: fui para a cama. Quando o anjo teve de Jesus a permissão de vir, voltou e me perguntou:

- "Quanto tempo faz que não rezas pelas almas do purgatório?... "A cada pequena pena que sofres, as alivia; também ontem e hoje, se tu tivesses oferecido a elas aquele pouco...".

Mas respondi um pouco admirada:

- "Me doía o corpo; e se as dores do corpo aliviam as almas do purgatório?

- "Sim", me disse; "sim, filha; o menor padecimento as alivia".

Prometi-lhe então que daquele momento em diante qualquer coisa seria oferecido por elas.
... Eram mais ou menos nove e meia, eu estava lendo: de repente sinto uma mão apoiada ligeiramente sobre o meu ombro esquerdo. Girei apavorada; tive medo, pensei em chamar, mas não o fiz. Me girei e vi uma pessoa vestida de branco: vi uma mulher, a olhei e o seu olhar me fez entender que não havia nada a temer:

- "Gemma", me disse depois de alguns minutos, "me conheces?".

Eu disse que não, porque bem que podia dizer; e ela acrescentou:

- "Eu sou a irmã Maria Teresa do Menino Jesus; te agradeço muito por ser tão primorosa porque logo possas alcançar a minha eterna felicidade".

... Naqueles momentos o anjo da guarda me sugeria ao ouvido:

- "Mas a misericórdia de Deus é infinita".

Me acalmei. Comecei logo a padecer muito na cabeça: eram mais ou menos dez horas. Quando fiquei sozinha, me coloquei na cama: sofri um pouco, mas Jesus não demorou a aparecer, mostrando-se, também ele, que sofria muito. Lhe lembrei os pecadores, pelos quais também Ele me estimulou a oferecer todos os meus pequenos padecimentos ao eterno Pai em nome deles.

... Depois do que me aconteceu, teria sabido com prazer que alguma coisa quisesse dizer aquela luz que saia das chagas, em particular da mão direita, com a qual me abençoou.

O anjo da guarda me disse estas palavras:

"Filhinha, neste dia a benção de Jesus derramou sobre ti uma abundante graça".

Os dois Santos foram quase contemporâneos.

Francisco Forgiane (Padre Pio) de 9 anos, mais jovem que Gemma, aos 5 anos sente o desejo de ser totalmente de Deus e inicia a experimentar os primeiros fenômenos sobrenaturais e durante o seu noviciado (1903-1904) experimenta plenamente a sua experiência mística (Gemma tinha apenas morrido).

A semelhança entre as suas experiências com aquelas de Gemma o leva a intuir e reconhecer que Gemma é aquela que pode ajudá-lo a compreender o que está vivendo na própria carne.
Como Gemma também Padre Pio deve lutar com o demônio, tem as mesmas experiências celestes feitas de revelações, presenças Angélicas, de Cristo e da Virgem Maria. Vive depois a dolorida experiência das estigmatizes, no inicio invisíveis, por quase 8 anos e depois manifestadas e permanentes.

Padre Pio se reconhece plenamente nas mesmas excepcionais experiências místicas de Gemma, dela descritas com uma linguagem muito simples e a escolhe como modelo. Na verdade em muitas suas cartas (mais ou menos 50) existem frases e expressões típicas da linguagem de Santa Gemma tiradas das suas cartas, diário e escritos.
Padre Pio tenha lido os escritos de Gemma se encontra a confirma em uma sua carta a padre Bento datado 2 maio 1921. Assim escreve:

"Venho a pedir-te uma caridade: teria a vontade de ler o livrinho "Cartas e êxtase da serva de Deus Gemma Galgani, junto com aquele outro da mesma serva de Deus, que se chama "A hora Santa". Certo que ela achando justo este meu desejo, me os procurará. Agradeço e peço a sua benção. O seu Frei Pio.

Santo Padre Pio recomendava a vários seus filhos espirituais à devoção a Gemma que chamava "A Grande Santa" e quando falava dela se comovia até as lágrimas e convidava os devotos visitadores a conhecer esta alma predileta.

Frequentemente Padre Pio convidava em Lucca diversos peregrinos vindos da Toscana e de algumas Regiões do Norte da Itália: "O que vocês vem fazer aqui? A pedir graças? Correis a Lucca que é mais perto de vós, porque lá está Santa Gemma, que é uma Santona".
Santa Gemma Galgani e S. Padre Pio
espalharam por todo o mundo o perfume de santidade e nós atordoados não resta que louvar Deus com agradecimentos por ter-nos doado criaturas tão resplendentes de amor e de virtude.

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