Santo Amós
Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus.
Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções. Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas.
Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo.
Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes.
Seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade. Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria.
E Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social.
Santo Amós, rogai por nós!
São Benjamim
Jovem mártir [394 – 424]
O santo torturado com farpas embaixo das unhas
Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.
Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.
Chegou
a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus,
seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se
ainda mais ao Cristo crucificado. Foi solto com a ordem de não falar
mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu
serviço evangelizavam.
Benjamim
foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem
curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus. Foi
novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé.
Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse
desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono
disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei,
Jesus Cristo.
E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.
A minha oração
“Senhor Jesus, aos 30 anos Benjamim teve a coragem de sofrer e morrer por Ti. Dá-me essa graça, se preciso for. Amém.”
São Benjamim, rogai por nós!
Guido
nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena,
Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se
para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à
solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge
eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as
Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à
caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o
enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu
trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.
No
convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes,
que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama
espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como
diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se
aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão
religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser
coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro
espiritual.
Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se
dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando
que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu
gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no
dia 31 de março de 1046.
Imediatamente, graças passaram a
ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a
visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se
sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para
que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário
que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias
para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João
Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy,
como ele era também conhecido.
A história de São Guido é curiosa
no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova
teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua
vocação original, mas nunca pode exerce-la na sua plenitude, teve que
interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de
músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que
poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a
Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.
São Guido, rogai por nós!
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