Dom José Freire Falcão deixa legado de ordenações e construções de igrejas no DF. Amigos destacam o acolhimento do líder religioso. Ele morreu no último domingo (26/9), aos 95 anos, em decorrência da covid-19. O corpo do arcebispo emérito foi sepultado na Cripta da Catedral
O velório do Cardeal Dom José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília, na Catedral Metropolitana de Brasília Nossa Senhora Aparecida. - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A. Press)
Humildade, dedicação e fé. Essas são algumas palavras que os amigos do cardeal Dom José Freire Falcão usaram para descrevê-lo. Com um trabalho de 20 anos à frente da Arquidiocese de Brasília, a morte do líder religioso, no último domingo (26/9), aos 95 anos, deixou saudade nos devotos da capital do país. Em uma cerimônia íntima, restrita ao clero e aos familiares, o corpo de Dom Falcão foi velado às 13h, nessa segunda-feira (27/9), na Catedral Metropolitana de Brasília Nossa Senhora Aparecida. A homenagem ao arcebispo emérito contou com uma missa de corpo presente, celebrada pelo arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, e transmitida ao vivo pelo Facebook da Arquidiocese.
Devido às restrições sanitárias da pandemia, o caixão estava lacrado. O corpo foi sepultado na Cripta da Catedral de Brasília, e, nesta quarta-feira (29/9), das 8h às 14h, o local estará aberto à visitação do público. Dom Falcão foi o terceiro bispo a ser sepultado no local, precedido de Dom José Newton de Almeida Batista, primeiro arcebispo; e Dom Francisco de Paula Vitor, que foi bispo auxiliar de Brasília.
Dom Falcão morreu no último domingo, às 22h40. Ele estava internado, no Hospital Santa Lúcia, da Asa Sul, desde 17 de setembro, como medida preventiva após ser diagnosticado com covid-19. Na madrugada de 24 de setembro, sofreu uma piora no quadro respiratório e renal, e foi intubado. Ele morreu devido às complicações provocadas pela infecção do novo coronavírus. Em nota, a Arquidiocese de Brasília lamentou a partida de Dom Falcão. “Sua ausência é sentida profundamente por toda a Arquidiocese de Brasília, amigos e fiéis.”
Amigo de Dom Falcão, padre Edvaldo Batalha, 57 anos, da Paróquia São João Paulo II, em Águas Claras, destaca que o cardeal era um homem simples e querido. “Uma pessoa muito bondosa com o Clero. Mesmo quando se tornou cardeal, continuou a mesma pessoa trabalhadora, respeitosa e responsável. Ele era muito comprometido com os serviços pastorais e muito bondoso. Era presente na vida dos padres, embora fosse um homem tímido, sempre foi afetuoso”, conta. “Somente o tempo nos encarrega de aceitar o sofrimento, mas ele viveu seus 95 anos e partiu na graça e no amor de Deus, com a certeza de que fez a sua parte, foi um bom pastor para o povo, e agora, foi atender o chamado da vida eterna”, salienta.
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