Símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus
Nos
reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que
é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o
pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do
amor de Deus, por isso : “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado,
escândalo para os judeus, loucura para os pagãos” (I Cor 1,23).
Esta
festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas
construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa
Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em
que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A
dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz
foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi
roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio.
Graças
a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro
cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos:“Do Rei
avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o
autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe
vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore
esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna
só tu foste achada”. “Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!”
Santa Cruz, sede a nossa salvação!
Santa Cruz
A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio
que trouxe a salvação à humanidade. Assim sendo, a Igreja há muito tempo
passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da
árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a
serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo,
incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)
No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que
reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do
seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para
livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita,
ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de
madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo
aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm
21,8-9)
Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore,
pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no
lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira,
encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a
morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do
paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do
Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares
de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de
Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti
redimidos, te cantamos louvor!”
A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze,
mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o
sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e
bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo,
agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a
derramar sobre nós.
Santa Cruz, sede a nossa salvação!
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