Santo Abdias
Profeta (século IX a.C.)
Abdias (o seu nome significa “servo do Senhor”) é autor de um breve livro da Bíblia, composto só de 21 versículos, “profeta pequeno pelo número de versículos, não de ideias”, diz dele são Jerônimo. O profeta proferiu duas ameaças contra os descendentes de Esaú, os edomitas, que se aproveitaram da deportação dos israelitas para apossar-se de seus bens. Depois anuncia a restauração de Jerusalém, destinada a acolher o Messias: “A casa de Jacó será de fogo e a casa de Esaú será de palha...”
Santo Abdias, rogai por nós!
Matilde ou Mechtilde — proveniente de uma família principesca, aparentada com a poderosa casa dos Hohenstaufen — teve desde a meninice o desejo de seguir as pegadas da irmã mais velha, Gertrudes, abadessa do mosteiro beneditino de Roderdorf, depois do de Helfta.
Aos 7 anos, pois, a menina foi confiada à irmã para que cuidasse de sua educação. Um bom aprendizado, visto que aos 14 anos Matilde foi admitida entre as noviças, das quais dentro de alguns anos se tornaria a mestra — um encargo confiado a religiosas de comprovada virtude.
Matilde teve entre suas noviças uma jovem destinada a deixar uma grande marca na espiritualidade da Alemanha, a grande santa Gertrudes. Mestra e aluna cresceram juntas, avançando rapidamente na via da perfeição, ambas favorecidas de particulares experiências místicas.
Gertrudes teve o encargo de fixar por escrito as confidências da mestra, aquelas célebres visões de santa Matilde que se lêem no Livro das graças especiais (Liber specialis gratiae). Este é um autêntico vade-mécum da espiritualidade medieval, centrada em Cristo glorioso, mais que em Cristo sofredor, e na devoção ao Sagrado Coração como evidência do incomensurável amor divino pela humanidade redimida.
Santa Matilde de Hackeborn, rogai por nós!
Nascido no dia 1º de setembro de 1835, em Vilna, capital da Lituânia, Rafael de São José era filho do casal André e Josefina, ambos de famílias nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Aos oito anos, ingressou no Instituto para os Nobres, da sua cidade natal, onde seu pai era professor e diretor.
Na juventude, pensando em cursar estudos superiores, o pai sugeriu-lhe que frequentasse a universidade de agronomia, mas ele preferiu estudar engenharia civil. Em 1852, foi para a Rússia, onde ficou durante dois anos, mas não conseguiu vaga na Universidade de Petersburgo. Então, matriculou-se na Escola Militar de Engenharia.
A sua fé durante a vida juvenil decorreu à sombra do Santuário de Nossa Senhora do Carmo. Era um aluno brilhante, mas estudando perdeu a fé. Em 1855, terminado o curso básico, foi admitido para a Academia Militar Superior. Seus dotes morais e sua inteligência realmente eram muito evidenciados Atingiu altos postos na carreira militar, apesar de que não era essa vida que pretendia, mas a Providência Divina o guiava nessa direção.
Em janeiro de 1863, apesar de ter renunciado, foi convidado para o cargo de ministro da Guerra da Lituânia. Assumiu, porque havia estourado a guerra contra a Polônia, para lutar pela liberdade do seu povo e nação. Mas, ao mesmo tempo, também se reconciliou com a fé. Nesse mesmo ano se confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria.
Os lituanos foram os perdedores e ele acabou prisioneiro. Foi deportado para a Sibéria, levando consigo apenas o Evangelho, o livro "Imitação de Cristo" e um crucifixo bento, presente de uma de suas irmãs. Foram dez anos no campo de concentração passados nos trabalhos forçados e rezando com seus companheiros.
Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de Graz, aos quarenta e dois anos de idade, em 1877. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal.
Distinguiu-se no zelo pela unidade da Igreja e no apostolado infatigável do sacramento da reconciliação. Foi trabalhar no Convento de Cezerna, na Polônia, país em que fundou diversas comunidades.
O grande restaurador da Ordem dos Carmelitas na Polônia morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, cidade natal do papa João Paulo II, que o canonizou em 1991. A festa em memória a são Rafael de São José foi indicada para o dia 19 de novembro.
São Rafael de São José, rogai por nós!
Jesuítas mártires (+1628)
Celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé,
amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus
companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo
Na liturgia de hoje lembramos São Roque González e seus companheiros,
Afonso Rodrigues e João de Castilho. Eles são conhecidos como Mártires
das Missões e foram os primeiros evangelizadores da região sul do
Brasil.
Roque González era filho de colonizadores espanhóis e nasceu em
Assunção, no Paraguai em 1576. A boa educação na virtude e na piedade
recebida dos pais o motivou a entrar no seminário e logo foi ordenado
sacerdote. Seu desejo, porém, era trabalhar na formação espiritual dos
índios e, por isso, deixou a sua diocese e ingressou na Companhia de
Jesus, onde vestiu o hábito missionário em 1609. Passou assim a dedicar
sua vida aos indígenas em várias regiões do Paraguai, Argentina e também
no Brasil.
Juntamente com os padres João de Castilho e Afonso Rodrigues, organizou
as missões e reduções entre os índios guaranis. Tinha como objetivo
ensinar os princípios cristãos e defender os indígenas da brutalidade
praticada pelos colonizadores. Nas reduções era possível preservar a
cultura, serem alfabetizados, impedir de serem escravizados e aprender
técnicas de construção, agricultura e cuidado de animais.
O sucesso dessa experiência fez com que os colonizadores, unidos à
índios rebeldes, destruíssem as missões e reduções. Os padres Roque e
Afonso foram mortos na Redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628.
Após celebrar a missa com os índios, padre Roque estava construindo o
campanário na nova capela, quando foi morto. Padre Afonso teria saído em
socorro e também foi atingido. Seus corpos foram arrastados para dentro
da Igrejinha e depois incendiados. Do coração do padre Roque, em meio
às chamas, saía uma voz: "Matastes a quem tanto vos amava e queria.
Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu". Seu
coração então foi atravessado com uma flecha, mas as chamas o
preservaram. Padre João de Castilho foi morto na Redução vizinha de São
Nicolau, dois dias depois, junto com o cacique Guarobai-Guassu, que se
preparava para ser batizado.
Os três missionários foram beatificados em 1943 pelo papa Pio XI e
canonizados em 16 de maio de 1988, pelo papa João Paulo II. A relíquia
do coração do padre Roque González está em Assunção, Paraguai.
Em Caibaté (RS) encontra-se o Santuário do Caaró, local do martírio e
onde são venerados os santos Roque, Afonso e João. É local de
peregrinação desde 1934 e anualmente a tradicional Romaria do Caaró se
realiza no dia 15 de novembro.
São Roque González e Companheiros mártires, rogai por nós!
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