Santo Deodato Deusdedit
(+ 618)
Em
Roma, o Papa não era somente o Bispo e o Pai espiritual, mas também o
guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem
Romano
de nascimento, papa desde 615, foi para Roma um bom pastor e também o
guia civil, o juiz e o mantenedor da ordem. Hábil mediador, defendeu a
sé apostólica das pretensões de Constantinopla e das repetidas
investidas dos bárbaros.
Pacificou as disputas entre o clero
secular e o regular, introduziu, para todo sacerdote, a faculdade de
poder celebrar duas missas nos dias festivos; estabeleceu que fossem
distribuídas esmolas aos pobres à morte de cada pontífice. Distinguiu-se
em vida pela grande caridade, sobretudo quando uma grave epidemia de
peste castigou Roma durante o seu pontificado – agravada pelo terremoto
que deu o golpe de misericórdia contra os foros romanos, já devastados
pelas invasões bárbaras e pela incúria do povo.
Santo Adeodato Deusdedit, rogai por nós!
Bispo beneditino (1066-1115)
Os
pais de Godofredo rezaram muito para que Deus lhes desse um herdeiro.
Até que, em 1066, ele nasceu no castelo da família em Soissons, onde foi
batizado com um nome que já apontava a direção que seguiria. Godofredo
quer dizer paz de Deus, e foi o que este francês espalhou por onde
passou durante toda a vida.
Com cinco anos, foi entregue para ser
educado pelos monges beneditinos e do convívio com a religiosidade
nunca mais se afastou. Quando a educação se completou, foi para o
Convento de São Quintino e ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos
de idade.
A sua integridade de caráter, profundidade nos
conhecimentos dos assuntos da fé, bem como a visão social que
demonstrava, logo chamaram a atenção dos superiores. Tanto que foi
nomeado abade do Convento de Nogent, com a delicada missão de
restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do
ideal da vida cristã. Em poucos anos a comunidade mudou completamente,
tornando-se um centro que atraía religiosos de outras localidades que
ali passaram a buscar orientação e conselhos de Godofredo.
Quando
os monges de um convento famoso, rico e poderoso o convidaram para ser
o abade, ele recusou. O que desejava era viver no seguimento de
Cristo, dedicando-se à caridade e trabalhando no amparo e proteção aos
pobres e doentes, e não o poder ou a ostentação. Era comum ver os
mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os
necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo
e o clero a eleger Godofredo bispo de Amiens, mas ele só aceitou a
diocese depois de receber ordem escrita do próprio papa.
Outra
missão difícil para Godofredo. Lá, os ricos e poderosos preferiam a vida
de muitos vícios, prazeres e luxos, sem nenhuma virtude e ligação com
os ensinamentos cristãos. Começou empregando toda a força e eloquência
de sua pregação contra esses abusos denunciando-os do próprio púlpito. O
que quase lhe causou a morte num atentado encomendado. Colocaram veneno
em seu vinho, mas o plano foi descoberto antes.
Considerando-se
inapto, renunciou ao cargo e retirou-se para um local ermo. Só que nem
os superiores, nem o povo aceitaram a demissão e Godofredo foi
reconduzido ao cargo. Mas foi por pouco tempo. Durante uma peregrinação à
igreja de São Crispim e São Crispiniano, situada em Soissons, sua
cidade natal, ele adoeceu. Morreu no dia 8 de novembro de 1115, no
convento dedicada aos dois santos padroeiros dos sapateiros, onde foi
enterrado.
São Godofredo, rogai por nós!
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