Santo André Avelino
Sacerdote (1520-1608)
Lanceloti Avelino nasceu no ano 1520, em Castelnuovo, uma província que pertencia ao então reino de Nápoles. Os pais, João e Margarida, muito religiosos, criaram o filho dentro dos ensinamentos de Cristo. Na época oportuna, enviaram o pequeno Lanceloti para estudar com o tio, pároco da vizinha Senise. Lá ele começou sua vida religiosa exercitando-se no apostolado catequético dos jovens da cidade. Em 1545, já era um sacerdote.
Dois anos depois, seguiu para a cidade de Nápoles, onde, na universidade, diplomou-se em direito canônico. No exercício da profissão, assistindo a defesa de um sacerdote, decepcionou-se com as artimanhas legais permitidas e, amargurado com a situação, abandonou o processo e a carreira, em 1551.
Prosseguiu o seu apostolado como auxiliar do vigário geral de Nápoles, sendo um exemplo pela humildade, disciplina e dedicação total à caridade, atendendo com amor os pobres e doentes. Só deixou de rezar seis horas por dia quando recebeu a incumbência de vigiar os conventos teatinos, que estavam submetidos à arquidiocese a que pertencia. Além disso, tornou-se evangelizador e confessor de Nápoles e de cidades vizinhas. Mas devido à sua atuação no combate aos abusos dos conventos, sofreu dois atentados, em 1555, dos quais só escapou vivo por milagre.
No ano seguinte, Lanceloti entrou para a Ordem dos Teatinos e, em 1558, vestiu o hábito, tomando o nome de André Avelino. Durante toda a vida, dedicou-se aos pobres, encarcerados e agonizantes, sendo também diretor espiritual. Mas ainda se achava pecador e pedia mais sofrimento a Deus em suas orações.
Morreu no dia 10 de novembro em 1608, acometido por um ataque quando se aproximava do altar para a celebração da missa. Foi canonizado pelo papa Clemente VI. Santo André Avelino é invocado pelos devotos como protetor celestial contra a morte repentina.
Santo André Avelino, rogai por nós!
Papa e doutor da Igreja (+461)
Nascido
provavelmente em Roma, de pais de origem toscana, Leão foi elevado ao
sólio pontifício em 440. No seu longo pontificado realizou a unidade da
Igreja, impedindo usurpações de jurisdição pelo patriarcado de
Constantinopla e vicariato de Arles.
Combateu as heresias dos
pelagianos, dos maniqueus, dos nestorianos e sobretudo dos monofisitas,
com a célebre Carta dogmática endereçada ao patriarca Flaviano de
Constantinopla, na qual expõe a doutrina católica das duas naturezas de
Cristo em uma só pessoa. A carta, lida pelos legados romanos na
assembleia conciliar de Calcedônia (451), forneceu o sentido e as
próprias fórmulas da definição dogmática e marcou época na teologia
católica.
Mas não só por esse ato solene Leão teve — o primeiro
entre os papas — o título de Magno e, em 1754, o de doutor da Igreja.
Ele tinha uma ideia altíssima da própria função. Encarnava a dignidade, o
poder e a solicitude do príncipe dos apóstolos.
Os seus 96
sermões e as 173 cartas chegadas até nós mostram-nos um papa
paternalmente dedicado ao bem espiritual dos fiéis, aos quais se dirige
com uma linguagem sóbria e eficaz. Mesmo não se detendo nos particulares
de uma questão doutrinária, expõe os conteúdos dogmáticos dela com
clareza e precisão, e ao mesmo tempo com um estilo culto e atento a
certa cadência, que torna agradável a sua leitura.
O seu
pontificado corresponde a um dos períodos mais atormentados da história;
assim, ao cuidado espiritual dos fiéis uniu-se uma solicitude pela
salvação de Roma. Quando, na primavera de 452, os hunos transpuseram os
Alpes, Valentiniano III, refugiado em Roma, não encontrou outra solução
senão rogar ao papa que fosse ao encontro de Átila, acampado perto de
Mântua.
Leão foi até ali e convenceu o feroz guerreiro a
retirar-se para a outra margem do Danúbio. A lenda conta que Átila viu
no céu os apóstolos Pedro e Paulo com as espadas desembainhadas em
defesa do pontífice. Este repetiu a mesma tentativa três anos depois com
o bárbaro Genserico, mas com menos sucesso. Os vândalos, oriundos da
África, aportaram na Itália e adentraram a Cidade Eterna. O papa foi o
único a defendê-la e conseguiu que Genserico não a incendiasse nem
matasse os habitantes. Em 14 dias de ocupação contentou-se em saqueá-la.
A história da arte é-lhe grata.
São Leão Magno, rogai por nós!
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