São Francisco Antônio Fasani
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai,
eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado
e prudente
O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e
lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril
de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez
os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o
chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a
profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação
Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e
diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e
de Ministro Provincial.“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.
São Fasani apresenta-se-nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.
Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.
São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!
São Saturnino – bispo e mártir
Saturnino, bispo de Toulouse, é um dos santos mais populares na França e na Espanha, onde é considerado o protetor das corridas (não se diz, porém, se protege o toureiro, o touro ou o povo que assiste). A Paixão de Saturnino é além de tudo documento muito importante para o conhecimento da antiga Igreja da Gália. Conforme o autor da paixão, que escreveu entre 430 e 450, Saturnino fixou sua sede em Toulouse em 250, sob o consulado de Décio e Grato. Naquela época, refere o autor, na Gália existiam poucas comunidades cristãs, compostas por um exíguo número de fiéis, enquanto os templos pagãos ferviam de gente que sacrificavam aos deuses.
Saturnino que há pouco tempo tinha
chegado a Toulouse, provavelmente proveniente da África (esse nome é
africano) ou do Oriente, como se lê no Missal Gótico, havia já colhido
os primeiros frutos da sua pregação, ganhando para fé de Cristo bom
número de concidadãos. O santo bispo, para chegar a um pequeno oratório
de sua propriedade, passava todas as manhãs diante do Capitólio, isto é,
do principal templo pagão, dedicado a Júpiter Capitolino, onde os
sacerdotes pagãos ofereciam em sacrifício ao deus pagão um touro para
obter as respostas aos pedidos dos fiéis.
Ao que parece a presença de Saturnino
emudecia os deuses e os sacerdotes culparam disso o bispo cristão, cuja
irreverência teria irritado a susceptibilidade das divindades pagãs. Um
dia o povo cercou ameaçadoramente Saturnino e lhe impôs sacrificar um
touro no altar de Júpiter. O bispo recusou imolar o animal, que pouco
depois seria o instrumento do seu martírio; mais ainda, os pagãos
consideraram provocante ultraje à divindade o fato de Saturnino ter
afirmado que não tinha medo algum dos raios de Júpiter, impotente porque
inexistente. Enfurecidos, pegaram-no e amarraram-no ao pescoço do
touro, aguilhoando depois o animal que fugiu enraivecido escada abaixo
do Capitólio, arrastando atrás o bispo.
Saturnino, com os membros despedaçados,
morreu pouco depois e seu corpo foi abandonado no meio da estrada,
recolhido por duas piedosas mulheres, dando-lhe sepultura em uma fossa
muito profunda. Sobre esse túmulo, um século mais tarde, santo Hilário
construiu uma capela de madeira, que foi logo destruída, e por algum
tempo, perdeu-se até sua lembrança. No século VI o duque Leunebaldo,
reencontrando as relíquias do mártir, fez edificar no lugar a igreja
dedicada a são Saturnino (em francês, Saint-Sernin-du-Taur), que em 1300
assumiu o nome atual de Nossa Senhora do Taur.
São Saturnino, rogai por nós
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