Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
1º Domingo do Advento
Anúncio do Evangelho (Lc 21,25-28.34-36)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 25“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.
27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
34Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Ficai atentos e orai a todo momento, a fim de conseguirdes escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem»
Hoje, precisamente ao começar um
novo ano litúrgico, fazemos o propósito de renovar o nosso anseio e a
nossa luta pessoal visando a santidade, a própria e a de todos. A
própria Igreja a isso nos convida, recordando-nos no Evangelho de hoje a
necessidade de estar sempre preparados, sempre “enamorados” do Senhor:
«Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados por causa dos
excessos, da embriaguez e das preocupações da vida» (Lc 21,34).
Mas reparemos num detalhe que é importante entre namorados: esta atitude
de alerta - de preparação - não pode ser intermitente, deve antes ser
permanente. Por isso, nos diz o Senhor: «ficai atentos e orai a todo
momento» (Lc 21,36). A todo o momento!: esta é a justa medida do amor. A
fidelidade não se faz na base de um “agora sim, agora não”. É,
portanto, muito conveniente que o nosso ritmo de piedade e de formação
espiritual seja um ritmo habitual (dia a dia e semana a semana). Tomara
que cada dia da nossa vida o vivamos com mentalidade de estreia; tomara
que cada manhã - ao acordar - consigamos dizer: - Hoje volto a nascer -
(obrigado, meu Deus!); hoje volto a receber o Baptismo; hoje volto a
fazer a Primeira Comunhão; hoje volto a me casar-me... Para perseverar
com ar alegre, é necessário “re-estrear-se” e renovar-se.
Nesta vida não temos cidade permanente. Chegará o dia que até «as forças
celestes serão abaladas» (Lc 25,26). Bom motivo para permanecer em
estado de alerta! Mas, neste Advento, a Igreja acrescenta um motivo
muito bonito para a nossa festiva preparação: certamente, um dia os
homens «verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e
glória» (Lc 25,27), mas agora Deus chega à terra com mansidão e
discretamente; em forma de recém-nascido, até ao ponto de «Cristo viu-se
envolto em faixas dentro de um presépio» (São Cirilo de Jerusalém).
Somente um espírito atento descobre neste Menino a magnitude do amor de
Deus e a sua salvação (cf. Sal 84,8).Rev. D.
Antoni
CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Proclamamos a vinda de Cristo, não apenas a Sua primeira vinda, mas também uma segunda. A primeira está marcada pelo signo da paciência enquanto a outra trará o diadema da realeza divina» (S. Cirilo de Jerusalém)
«O Advento, tempo próprio para preparar os nossos corações para receberem o Salvador, ou seja, o único Justo e o único Juiz que pode dar a cada um o que merece. A salvação que se espera em Deus tem igualmente o sabor do amor» (Francisco)
«A vinda do Filho de Deus à Terra é um acontecimento tão grandioso, que Deus quis prepará-lo durante séculos. Ritos e sacrifícios, figuras e símbolos da “primeira Aliança” (Hb 9,15), tudo Deus faz para convergir para Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 522)
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