São Remígio ou Rémy
Rémy ou Remígio, como dizemos em português, era um cidadão romano, nascido no ano 440, em Lyon, França. Pertencia a uma tradicional família da nobreza romana, que teve a oportunidade de participar da expansão do Império Romano do Ocidente pela Gália, como era chamado o território francês. Naquela época, a região, que era toda pagã e constantemente assolada por sucessivas invasões dos bárbaros, vinha sendo governada pelo povo franco, mais tarde conhecido como francês. Embora menos evoluídos que os outros povos, eram conhecidos por serem grandes combatentes. Além disso, já haviam prestado serviços militares a Roma no passado.Ao morrer o seu líder, o rei Childerico, em 482, assumiu o trono seu filho Clóvis, com 15 anos de idade. Remígio, como bispo católico que era da diocese de Reims, escreveu-lhe muitas cartas respeitosas e, ao mesmo tempo, dotadas de autoridade: "Vigiai, pois os poderosos não tiram os olhos de ti. Aconselha-te com seus bispos. Divirta-se com os jovens, mas só com os velhos delibere". Apesar de adverti-lo, também demonstrava o reconhecimento de sua soberania e, assim, ganhou a confiança do jovem rei. Tornou-se seu precioso ajudante e conselheiro. Além disso, Remígio também era importante, politicamente, ao reinado de Clóvis, pois trazia consigo o apoio de todos os demais bispos e dos outros grupos de camponeses gálio-romanos já convertidos.
Munido desse apoio, Clóvis venceu a batalha contra os bárbaros visigodos pelo controle de toda a região, dando início à dinastia dos merovíngios. O rei Clóvis, apoiado por sua mulher, Clotilde, que já era uma fervorosa católica, depois canonizada pela Igreja, converteu-se à fé cristã por orientação espiritual de Remígio, sendo por este batizado. Na oportunidade, toda a Corte se converteu e recebeu o mesmo sacramento ao lado do seu soberano, que, instruído na doutrina cristã pelo bispo Remígio, institui-a de vez nos seus domínios.
Foram muitos os atos deste rei convertido que revelaram sua religiosidade autêntica, dotada da caridade cristã. Porém o mérito deve ser dado ao bispo Remígio, pois foi o resultado do seu árduo e ininterrupto trabalho de evangelização que fortaleceu os alicerces do catolicismo no território francês. O bispo Remígio de Reims ensinou não apenas aos reis e príncipes, mas também aos camponeses e a todos os súditos do novo reinado.
Depois de sua morte, em 13 de janeiro de 533, na sua sede episcopal de Reims, Remígio foi aclamado pela população como santo. Venerado ao longo dos séculos, o seu vigoroso culto foi autorizado pela Igreja, que manteve o dia 1° de outubro como a data oficial para a sua festa litúrgica.
São Remígio, rogai por nós!
A
“santa do sorriso”, que “se havia oferecido ao Menino Jesus para ser
seu brinquedo, uma bolinha de nenhum valor, que pudesse ser jogada ao
chão, empurrada com o pé, deixada a um canto”, foi tomada ao pé da
letra. E não teríamos jamais sabido quantos sofrimentos se esconderam
por trás daquela calma e composta tristeza se ela mesma, por obediência,
não tivesse confiado a seus cadernos aquela incomparável "História de
uma alma", que desvelou essa extraordinária força interior.
Marie
Françoise Thérèse Martin, jovem de transparente beleza, órfã de mãe aos
4 anos, criada em Lisieux, ao lado de um pai afetuoso e bom, aos 15
anos pôde ingressar, graças a um indulto especial, no Carmelo de
Lisieux, onde já duas irmãs a haviam precedido e a terceira haveria de
segui-las.
Percorreu a grandes passos o caminho rumo à santidade,
“lançando a Jesus as flores dos pequenos sacrifícios”, que não eram
pequenos, como não foi fácil a ascese sob o signo da “infância
espiritual” — ditada não pela tendência toda feminina de fazer uso de
diminutivos e de palavras carinhosas, mas por uma autêntica e robusta
espiritualidade, em sintonia com a advertência evangélica de “tornar-se
pequenos como as crianças”.
Nos nove anos de vida claustral,
Teresa deixou uma marca profunda, oferecendo ao mundo cristão a
surpreendente imagem de uma jovem freira que, embora relegada à estrita
clausura do Carmelo, viveu imersa na vida eclesial. Isso a ponto de, em
1927, dois anos depois da canonização, ser proclamada padroeira das
Missões, junto com são Francisco Xavier, e, em 1944, copadroeira da
França ao lado da guerreira santa Joana d’Arc.
A
santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de
1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua
vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos
nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus,
seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa:
quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da
santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no
Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão
XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em
Deus.
Todos
os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela
salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino
Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a
um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de
amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância
espiritual.
O
mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária
“desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos
deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e,
como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não
conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos
da terra.
Teresa de Lisieux queria ser tudo: guerreira, missionária, apóstolo. Depois teve a intuição: o amor! “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor.” Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-o. Deus meu,…amo-Vos!”
Após
sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas,
de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a
canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões
Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o
Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada
Face doutora da Igreja.
Pio X não hesitou em defini-la “a maior santa dos tempos modernos”. Em
19 de outubro de 1997, João Paulo II declarou-a Doutora da Igreja, a
terceira mulher a receber esta homenagem, depois de Catarina de Sena e
Teresa de Ávila.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!
Oração:
Referências: Vatican News
“História de uma alma” – Santa Teresinha
“De mãos vazias” – Conrado de Meester
Nenhum comentário:
Postar um comentário