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domingo, 22 de março de 2009

Beata Alexandrina de Balasar - O SANGUE DO CORDEIRO - I/A

continuação...

Uma vez mais, depois tantas outras, a Alexandrina oferece-se a Jesus, oferece-se sem reservas:
Ela só deseja que em tudo a Vontade de Jesus se faça nela.

Jesus sabe que, se a vontade da Alexandrina é inquebrantável, as suas forças, mesmo se heróicas, não suportariam, como Ele mesmo o disse, “o sentimento e a visão total das ofensas feitas”, o que O leva a dar-lhe regularmente o alimento que a fortalece, que lhe dá vida à alma e ao corpo: a gota do Seu Divino Sangue.

― « És vítima, Minha filha; na escuridão vivem as almas pecadoras; longe estão elas, e muito longe, do Meu Divino Coração.
Longe, porque Me expulsaram; longe, porque Me perseguiram; longe, porque cruelmente Me crucificaram.
Vem receber a gota do Meu divino Sangue ».

Não podemos deixar de sorrir, respeitosamente, ao lermos a reacção da Alexandrina à chegada da gota do Sangue de Jesus.
As suas palavras, duma rara inocência e ingenuidade, são maravilhosas, e provam quanto ela era humilde, simples, honesta, e muito “familiarizada” com Jesus:

― « Ó Jesus, ó Jesus, ao unirdes ao meu o Vosso Divino Coração, parece que a gotinha do Sangue caiu fora, e não em mim ».

Não sabemos, claro está, se Jesus sorriu a esta pergunta inquieta da Alexandrina, mas Ele respondeu-lhe, explicando-lhe porque razão ela teve essa mesma sensação:
― « Não caiu, não, Minha filha, porque [o Meu Sangue] é a tua vida, é o teu alimento.
Sabes o que quer significar?
Sem o teu sofrimento, sem a tua imolação contínua, essa gota de Sangue era inútil para muitas, muitas almas.

« Essa gota, que significa todo o Meu Sangue derramado no Calvário, sem a tua imolação seria a perda de milhões e milhões de almas.
Tem coragem, fica na Cruz. Acode, acode ao mundo perdido, ao mundo desvairado.
Apaga com a tua dor o incêndio das paixões.

Coragem, coragem, que o Senhor é contigo! »

Quinze dias mais tarde, depois dela ter “vivido” a Paixão dolorosa, Jesus volta a confortá-la, volta a dar-lhe a gota do Seu Divino e Preciosíssimo Sangue, que “é Vida Divina, que é Graça Divina”, e diz-lhe:

― « Vem, vem então receber a gota do Meu Divino Sangue.
O Coração Divino de Jesus, unido ao da Sua vítima, formou um só Coração.
A gotinha do sangue correu. Levou para ti a Vida, a Vida Divina, a Graça Divina, o Amor Divino.
És forte, nada temas; tens contigo a Força Divina.
Onde
está o Poder Supremo, está a vitória e o triunfo de todas as coisas

Vítima pelos Sacerdotes


No dia seguinte, primeiro Sábado, Jesus faz à Sua vítima uma confidência dolorosa. Ela diz respeito às Almas consagradas, e sobretudo aos Sacerdotes, “os Seus representantes sobre a Terra”:

― « Os pecadores ferem-Me muitíssimo, mas os desertados aos milhares, milhares de almas consagradas, a Mim, ah, essas ferem-me muito mais ainda!
Nunca se pode esperar coisa boa dos grandes inimigos, mas quando as afrontas vêm dos amigos, as ofensas mais cruéis e dores mais pungentes, ah, então o coração sangra, sangra, não pode deixar de sangrar!

« E tu, que és a Minha vítima mais amada, não podes deixar de sofrer Comigo. Dá-Me a dor, dá-Me a dor.
Minha filha, és vítima do mundo, do mundo inteiro, mas és mais, muito mais, dos sacerdotes, que, às dezenas, às centenas, aos milhares, renovam a m
inha Sagrada Paixão »

Todos somos pecadores e todos cometemos faltas; todos beneficiamos da Misericórdia Divina.
Se o Senhor sente pelos Sacerdotes uma dor mais profunda, podemos facilmente compreendê-lo, visto que foi a eles que Ele deu o poder de “representação”, o poder de transformar o pão no Corpo de Cristo, e o vinho no Seu divino Sangue; mas não deixam por isso de ser homens, sujeitos às mesmas tentações, às mesmas faltas que cada um de nós.

Não devemos, pois, julgá-los, porque, pela medida que os julgarmos, seremos também julgados.
Não devemos nunca esquecer que a Misericórdia Divina é infinitamente maior do que o maior pecado, e que o arrependimento sincero atrai essa Misericórdia
, como um ímã atrai o metal.


“Tu és cofre riquíssimo”

e está a Vida Divina, está a verdadeira Vida.
Onde está o Poder Supremo, está a vitória e o triunfo de todas as coisas »

Vinte dias depois, numa sexta-feira, e depois de ter vivido a Paixão, Alexandrina recebe a visita de Jesus, e ouve d’Ele estas palavras deliciosas, antes de receber a gota do Sangue Divino:

― « Tu és, Minha filha, mais que um depósito, tu és cofre riquíssimo, tu és tabernáculo do Rei do Céu.
É por ti que as almas são enriquecidas, é por ti que elas recebem a sua felicidade.

« Dei-te tudo, para que tudo lhes dês. Dá-Me, dá-Me a tua reparação.
É com ela, com os méritos da Minha Bendita Mãe, e da minha Santa Paixão, que Eu sustento o braço do Meu Eterno Pai.
Ele pende, pende, esmaga, quer cair sobre a terra culpada.
O mundo, pobre mundo!
O Portugal ingrato, ingrato e cruel!

« Vem, vem, Minha filha, recebe a gota do Meu Divino Sangue.
Uniu-se, uniu-se nas Minhas veias, o Sangue que trouxe do ventre da Minha Mãe.
O Sangue que te dá a vida, o Alimento que te faz viver.
É a força, é a vitória da tua cruz”.

― « Ó Jesus, com a gotinha do Vosso Sangue desapareceu a dor, desapareceu a noite.
Tem luz, tem vida, sente agora o meu coração.
Muito obrigada, Jesus. Estou mais forte! »
[6]

Mas logo o Senhor previne-a que depressa virá a noite, o sofrimento, a reparação, porque o mundo continua sem luz, continua nas trevas.
Alexandrina tem que continuar a sua Missão reparadora e redentora.

― « Foi para isso, filha querida, foi para que ficasses mais forte, que to dei.
Fica na Cruz. A dor vem já. A noite aparece.
Os crimes do mundo fazem a noite, roubam a luz ao Sol, o brilho às estrelas.
Fica na cruz, dá-Me a tua reparação. Dá-ma, dá-ma sempre, por bem pouco tempo ma darás.
Do Céu, continuarás a tua Missão, a missão para que foste escolhida, para que foste criada.
Fica na Cruz; pede sempre oração, penitência e emenda de vida.
Fica na cruz. Coragem! »

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